Postando no PC do meu colégio
30 outubro 2005
Bem, o que eu tenho a dizer hoje?
2. Estava pensando com meus botões e percebi algo... eu caí em contradição com minha própria teoria! Até mês passado, eu afirmava no orkut que "amor era para os fracos", que eu era mais feliz sendo solitário. E agora, eu me vejo sentindo algo realmente forte por uma garota. Algo que eu não sentia há 5 anos. Putz, fui derrubado pela minha própria tese. Mas fazer o quê, até Nietzsche já amou...
3. Falando em Nietzsche, estou lendo O Anticristo. O livro é muito foda. As críticas ao cristianismo são contundentes, e praticamente impossíveis de serem rebatidas. Além disso, o jeito que ele escreve é maravilhoso. Só estranhei o fato de ele ter elogiado tanto o budismo... deve ser porque no mesmo não há deuses criadores, frescuras do cristianismo (sim, aquele papo entediante de pecado, piedade, caridade, etc.) e há muita objetividade e racionalidade, e segundo Nietzsche, só as pessoas evoluídas são budistas, enquanto que os fracos optam por serem cristãos. Vixe... tem muito cristãozinho que, se lesse O Anticristo, poderia ficar louco e até entrar em depressão. saklaslçksdlkça. Mas eu prefiro ser ateu. Por enquanto.
4. Entrem na minha comunidade do orkut: Kaio, o Indie Star. Começou o culto ao primeiro líder de massas do século XXI. Ou do cara mais convencido e imbecil do momento, dependendo do que você acha de mim. Enfim, entrem lá e divulguem para seus amigos!
29 outubro 2005
Today
2. No ócio que eu estava hoje de tarde, resolvi assistir Telecine. Assisti dois filmes muito bons:
-> "Era tudo o que eu queria", com Elijah Wood. Eu me identifiquei muito com o filme. Se vocês assistirem, vão descobrir o porquê... hehe. Não vou contar o filme, senão vou ter que dar explicações a certas pessoas, e isso é justamente o que eu menos quero no momento. Só digo que é muito simpático, simples e, por que não dizer, cabeça.
->"Hora de voltar", com Nathalie Portman em atuação irrepreensível e Zach Braff (o JD de Scrubs). O filme é ótimo, é a história de um cara que volta para a sua cidade natal para ver o enterro da mãe, mas acabou ficando uns dias mais a lá, e pôde rever os amigos, arranjar uma namorada, etc. Eu recomendo.
28 outubro 2005
...
Esqueçam o que eu escrevi. Indie Youth is dead.
Deletei o Indie Youth, pois revelava muita coisa sobre mim que não seriam, digamos, interessantes de serem ditas no momento. Mas quando eu achar que não há problema, o IY volta.
Enquanto isso, volto ao meu estilo tradicional de posts, ou seja, falando da minha vida através das experiências mais banais da minha rotina.
25 outubro 2005
Relatório do dia... (estou parecendo burocrata)
2. Os Irmãos Karamazovi é foda demais. Só li 30 páginas hoje (estou na 370), mas pretendo ler mais amanhã. Estou na parte em que o Aliócha começa a ter visões.
3. Hoje eu não vou dormir sem ter gravado uma coletânea. Ou duas. Ei, eu tenho 3 cds virgens esperando para perderem seu... hã... bem... serem queimados. Repertório? Television, The Killers, Keane, Kent, Rammstein, Franz Ferdinand, Placebo, Arcade Fire... há tantas bandas boas que poderiam ser aproveitadas... ainda vou decidir.
4. Decidi pra valer virar um Indie Star. E um líder das massas. Não, eu não sou o novo Hitler. Só quero virar um ídolo dessa geração tão perdida, e fazê-la renascer das cinzas para conhecer literatura clássica e Rock alternativo... aslslkçaslçkaklça... Mas é sério. Cansei de ser anti-social. Vou virar pop. Mudar o visual, influenciar pessoas, ir em festas e shows para fazer uma social, etc. Mas sem perder meu jeito estranho e excêntrico de ser, afinal, uma coisa é mudar o estilo de vida, outro é mudar minha personalidade. Não é?
5. Amanhã eu vou madrugar no colégio. Oba.
EDIT: Nos próximos dias, vou começar minha novelinha virtual... Indie Youth. Aguardem!
24 outubro 2005
I don't want to wait!
Então eu comecei a comemorar: NO MESMO DIA, EU IA VER OS DOIS ÚLTIMOS EPISÓDIOS DA SÉRIE!
Não consigo explicar bem pros leigos o que é Dawson's Creek (a trama é tão complicada que eu não conseguiria fazê-lo aqui), mas posso resumir basicamente: "é a história de um triângulo amoroso mal-resolvido, e entre os personagens também temos um gay e uma doidinha".
O episódio foi muito bem feito, e convincente. A doidinha (Jen) morre no final (tadinha...): ela tinha um problema de coagulação sangüínea, e tomava remédio que nem doida (sacaram o trocadilho? Hein? klçaklakçlaklçaklç). Morreu, e deixou sua filha pro gay, que era padrinho. Aliás, a "fag" da série arranjou um namoradinho - um policial da cidade dele. Oh, love is so beautiful... Falando em amor, o mais improvável aconteceu: Joey, a indecisa, escolheu Pacey (o engraçadinho) como seu companheiro para o resto de sua vida - sim, aquela coisa Love U 4EVer... de maneira mais intensa e romântica, já que Dawson's Creek é uma das séries mais cute dos últimos anos. Dawson virou cineasta e produtor de séries adolescentes, e fica sem Joey, sua melhor amiga desde a infância e companheira de sessões de sábado na casa dele, aonde assistiam filmes cult.
O cara bem-humorado venceu o amigo de longa data... será que na vida real isso vale? Eu mesmo fiquei perplexo com o final, mas acho que entendi a sacada do autor - melhor amigo desde a infância é uma coisa, amor da vida é outra. Será que Dawson e Joey eram tão ligados um ao outro, tão almas gêmeas, que um amor entre ambos seria impossível?
Mas não fiquei desapontado. Na série, Pacey e Joey sempre demostraram uma queda um pelo outro. Ela sempre gostou do jeito cafajeste e palhaço dele. Além disso, ambos viviam brigando até a adolescência. Nisso o autor deu uma nova sacada, bem inspirada em ditos populares - Só se ama a quem se fere.
Fica a lição de Dawson's Creek. Será que alguém já passou por isso? Seria esse o jeito de resolver um Bizarre Love Triangle? (Everytime I see you falling, I get down on my knees and pray... ah, New Order é perfeito pra qualquer hora. Mas o cover do Frente! também é lindo.).
23 outubro 2005
Minha evolução político-musical
- Julho de 2003: fanático por Legião Urbana. Curtia um pouco Geografia e História. Mas meu hobbie na época era games. O dia inteiro postando em fóruns sobre videogames.
- Setembro de 2003: minha professora de História me indica uns livros didáticos bacanas. Meu interesse por Humanas cresce. Eu ouço pela primeira vez Beatles, na rádio Terra. Minha vida começa pra valer.
- Dezembro de 2003: opa, Beatles é bom pra caramba! E estudar História e Geografia também! Estou viciado! Danem-se os games! O Príncipe de Maquiavel é um livro foda.
- Fevereiro de 2004: li o Manifesto Comunista e virei comuna. Gravei coletâneas dos Beatles e comprei o "1".
- Março de 2004: desisti do comunismo, e virei social-democrata e paga-pau da Escandinávia. Só penso em Beatles.
- Junho de 2004: começo a ouvir Mutantes. Ainda crédulo na SD e no capitalismo de esquerda.
- Agosto de 2004: gosto musical resumido a Titãs, Rolling Stones, Legião Urbana, Mutantes, Nirvana e, claro, Beatles. Começo a freqüentar o Politizados Fórum.
- Outubro de 2004: simulado de júri socialismo vs. capitalismo. Rompo definitivamente com o marxismo. Mas viro socialista democrático. Passo o dia inteiro postando no fórum de política.
- Dezembro de 2004: as brigas no fórum por discordância política começam a aumentar. Começo a ouvir pra valer Led Zeppelin e Pink Floyd (antes disso, só ouvia as clássicas). Começo a me interessar pelo punk rock, ao ouvir Ramones e The Clash.
- Fevereiro de 2005: as discussões no fórum passam do limite e eu o abandono. Ainda socialista democrático. Eu também comecei a introdução no Rock alternativo, com Pixies.
- Maio de 2005: meu interesse por Indie Rock se expande. Começo a ouvir Velvet Undergound, Strokes, Franz Ferdinand, Blur... Além disso, quanto à política, meus preconceitos com a direita permanecem.
- Junho de 2005: li Admirável Mundo Novo. Revolution in the thought. Aumentou meu interesse por alguns clássicos, como Queen e David Bowie.
- Agosto de 2005: o mês que radicalizou a mudança. Me introduzo no Indie, indo no Martim Cererê pela primeira vez, e no pós-punk - Interpol, Joy Division e Smiths. Na política, leio Crime e Castigo e 1984, e fico perplexo e a um palmo da transformação.
- Setembro de 2005: discussões com a direita e o centro me levando a abandonar a esquerda, problemas pessoais, crise de identidade, a paixão pelo pós-punk... Kaio's changing.
- Outubro de 2005: o novo Kaio está se consolidando. Gosto musical mais variado e amplo, visão política inicialmente tende para o libertarianismo, mas depois vira "depende" (coloco tudo no mesmo saco: socialismo, capitalismo, anarquismo, liberalismo, social democracia - e formo uma ideologia), maior sociabilidade (entenda: mais amigos e amigas), começo a virar popular no colégio após meses sendo anti-social, fico mais egocêntrico mas sem perder a ironia e o sarcasmo... é, parece que estou no caminho certo. O futuro? Não sei. Mas tenho grandes expectativas. Fiz uma auto-revolução nas últimas semanas. Se minha vida já tinha se tornado bem mais intensa há 2 anos, ela disparou nos últimos 2 meses. Que bom. Perdi muito tempo até os 13 anos com videogames e preocupação com notas, e quero recuperar o que perdi vivendo de uma nova maneira.
Everybody's changing, and I don't feel the same... (sim, estou ouvindo Keane... valeu pela dica, L.).
22 outubro 2005
Estou com medo do meu blog ficar repetitivo...
Pois bem, vamos começar as mudanças com um assunto polêmico: homossexualismo.
Eu fiquei chocado com a homofobia dos meus colegas de classe na aula de ontem. Era aula de Texto. O professor da tal aula, além de um cara extremamente bacana e um dos cara mais populares de Goiânia, é conhecido por ser um cinéfilo, e curte muito cinema indie. Ele passou pra sala o filme "Regras da Atração", a fim de que os alunos entendessem como construir o perfil psicológico de um personagem numa narrativa mais com ações, e menos com descrição. Ele passou um trecho em que o personagem, Adam, toma ectasy e beija um cara, que não é gay, e esse sujeito empurra ele, furioso. Adam mostra claramente que era um pós-adolescente perturbado e um típico indie: fumando um cigarrinho, rostinho de Emo, até pelas roupas e o jeito de agir, incluindo o fato de ele estar meio deslocado numa típica festa "de fraternidades", comprovam isso.
Não foi bem isso que meus colegas viam. Preconceituosos, quando o professor questionou-os o que eles perceberam sobre os personagens, só diziam uma resposta. "Ele é viado". Eu tentei dar uma resposta diferente, mas fui abafado pelas falas homofóbicas deles. Uma cena lamentável. Ele próprio parece que sofre um pouco de preconceito, e as acusações de que ele é bissexual são freqüente entre os alunos fofoqueiros e pretensamente moralistas. Uma lástima.
Eu sou heterossexual, mas não é por isso que eu devo ser preconceituoso com quem é gay. Pelo contrário, eu até os defendo várias vezes. Claro que essa minha postura é malvista - minha própria mãe tem lá suas desconfianças quanto à minha sexualidade.
Mas, falando sério, não sei o motivo da discriminação, principalmente por parte dos homens, em relação aos homossexuais. Conheço muitos que são extremamente inteligentes, tem um ótimo gosto musical e lêem livros sensacionais, e proporcionam ótimas conversas, justamente por terem mais cérebro que muita gente.
Talvez a culpa da homofobia da sociedade sejam os malditos clichês e estereótipos. Sempre os grupos mais radicais de qualquer setor são generalizados com o todo. Exemplos? Temos vários.
- Graças aos extremistas, muita gente considera todo esquerdista um comunista bitolado, louco e utópico e todo direitista um reacionário desgraçado e inescrupuloso.
- Todas as feministas são vistas como mulheres mal-amadas e lésbicas.
- Os gays são generalizados como bichas loucas, depravadas, libertinas e repugnantes.
- Os roqueiros, independente de serem indies, pós-punk, progressivos ou mesmo clássicos, são tachados por muita gente de metaleiros, fãs do Charlie Brown Jr, adoradores do capeta e anti-sociais.
- Todo aluno que tira notas boas é visto como um CDF louco que só estuda o dia inteiro e seus únicos amigos são do Clube de Matemática.
Enfim, eu sou contra qualquer preconceito. Eu sei que é impossível uma pessoa ser totalmente livre disso - eu mesmo tenho os mesmos (odeio pseudo-intelectuais, pseudo-roqueiros, garotas delicadinhas demais e playboyzinhos). Mas há alguns muito desnecessários da parte das pessoas. Parece que o tal falso moralismo não vai acabar tão cedo.
Se alguém na face da terra entende de política...
Eu vi tantas semelhanças entre ambos lados que acabei ficando confuso. Anarquismo e capitalismo liberal, tão parecidos?
Adoraria se alguém me explicasse o que diferencia um do outro.
Por enquanto, eu ESTOU libertário ao extremo. Mas sem panfletarismos. Meu carinha do South Park tem o "A" de anarquismo só pra fazer graça mesmo.
20 outubro 2005
Com vocês, após dias atualizando meu perfil no Orkut...
O meu perfil do dia. Ou da hora. Ou do minuto, sei lá!
quem sou eu: Kaio, 15 anos. Tão novo que nem votar NULO eu posso.
Tenho dupla personalidade. A qualquer hora, posso me descontrolar emocionalmente e surtar. Be aware.
Não, eu não tenho esquizofrenia ou coisas do gênero. Sou simplesmente louco. Algo contra?
Sou perfeccionista e muito exigente com as pessoas.
E detesto ser superestimado ou subestimado. Apenas me trate como eu sou.
E quem está na minha lista de amigos do Orkut É REALMENTE AMIGO (A) MEU, não é outro (a) babaca que eu adicionei só pra aumentar minha contagem, como muita gente faz.
Detesto pessoas que falam, falam, falam, mas não dizem nada. E amo os seres inteligentes, amigáveis e que têm paciência comigo e meu temperamento forte =D.
Sou carente. Mas meu amor por mim mesmo já é suficiente. (Haja egocentrismo!)
Contudo, apesar desse egoísmo todo, eu adoro conversar. Seja pela internet ou na vida real.
Sou ateu, cético e odeio papos religiosos. Eu nunca tive nem entendi o porquê de ter fé...
Nunca namorei nem fiquei. O porquê? Sei lá. Nunca tive vontade. Culpa da minha desilusão amorosa na pré-adolescência...
Hoje prefiro a solidão. Mas tudo pode mudar, quem sabe um dia...
Adoro ler. Dê uma olhada na parte sobre livros do meu perfil.
Gasto boa parte do tempo na net lendo crônicas e textos de blogueiros.
Vivo numa busca constante por algo novo... sinto que não sei 0,0001% do que deveria saber sobre a humanidade.
Mudei novamente minha visão política. Coloquei "libertário ao extremo" porque foi o 'menos longe' da minha teoria política, já que eu sou dissidente de centro-esquerda (quanto à economia), um outsider. Tenho minhas próprias idéias políticas, e não sou um panfletário sectário de outros - influência de Orwell e Thoreau. Além disso, esse referendo provou minhas tendências à desobediência civil e ao individualismo. Meu anarquismo é pacífico e egocêntrico.
Gosto de Rock em geral: pós-punk, progressivo, hard rock, indie, punk, clássico... Dê uma olhada na parte sobre música do meu perfil. =D
Minhas 10 músicas favoritas (e que mostram mais ou menos quem eu sou - discurso copiado do Alta Fidelidade, tsc, tsc...) são:
- I Am The Walrus (Beatles);
- Bone Machine (Pixies);
- Should I Stay Or Should I Go (The Clash);
- Imagine (John Lennon);
- Metal Contra As Nuvens (Legião Urbana);
- Smells Like Teen Spirit (Nirvana);
- Strawberry Fields Forever (Beatles);
- Love Will Tear Us Apart (Joy Division);
- Another Brick In The Wall (Pink Floyd);
- Song 2 (Blur). relacionamento: solteiro(a) aniversário: June 29 interesses no orkut: amigos filhos: não etnia: multiétnico idiomas que falo: Português, Inglês religião: Ateu visão política: libertário ao extremo humor: seco/sarcástico, inteligente/sagaz orientação sexual: heterossexual estilo: alternativo, contemporâneo fumo: não bebo: não animais de estimação: não gosto de animais de estimação moro: com meus pais cidade natal: Goiânia página da Web: http://www.raciosimio.blogspot.com/ interesses - editar
paixões: Política, livros, música, conversar com pessoas legais e ócio. esportes: Adoro assistir Fórmula 1 e jogo do Palmeiras, mas praticar esporte... não. Prefiro ser sedentário! atividades: Ler, ouvir música, discutir política, me isolar do mundo, atualizar perfil no Orkut, encher o saco dos professores, etc. livros: - 1984 (Orwell)
- A Revolução dos Bichos (Orwell)
- Crime e Castigo (Dostoiévski)
- Os Irmãos Karamazovi (Dostoiévski)
- Admirável Mundo Novo (Huxley)
- Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
- O Príncipe (Maquiavel)
- A Desobediência Civil (Thoreau)
- Dom Quixote (Cervantes)
- A Metamorfose (Kafka)
- Werther (Goethe)
- O Senhor dos Anéis (Tolkien) música: - Beatles (minha preferida)
- Pixies, Nirvana
- Joy Division, New Order, The Smiths
- Pink Floyd, Led Zeppelin
- The Clash, Ramones
- Titãs, Legião Urbana
- Mutantes, Velvet Underground
- Franz Ferdinand, White Stripes
- Stone Roses, Blur
- Interpol, Placebo
- The Hives, The Vines, Strokes
- Keane, Kent, Smashing Pumpkins
- The Cure, Sonic Youth
- Queen, David Bowie
- Bauhaus, Iggy Pop programas de tv: Seinfeld, Desperate Housewives, Chaves, Cavaleiros do Zodíaco, Pokémon, Dragon Ball Z, Os Simpsons e South Park. cinema: Vida bandida, Quero ser John Malkovich, Laranja mecânica, Alta Fidelidade, Pulp Fiction, Clube da luta, Escola do Rock, Team America, Segundas Intenções, Cavaleiros do Zodíaco - A Batalha de Abel... cozinhas: Pizza, chocolate, massas, fast food...
Sem paciência pra escrever, portanto...
... letra de música pra não deixar o dia em branco. Com vocês, Revolution, dos Beatles.
You say you want a revolution / Well you know / We all want to change the world
You tell me that it's evolution / Well you know / We all want to change the world
But when you talk about destruction / Don't you know you can count me out
Don't you know it's gonna be / Alright (x3)
You say you got a real solution / Well you know / We'd all love to see the plan
You ask me for a contribution / Well you know / We're all doing what we can
But if you want money for people with minds that hate / All I can tell you is brother you have to wait
Don't you know it's gonna be / Alright (x3)
You say you'll change the constitution / Well you know / We'd all love to change your head
You tell me it's the institution / Well you know / You'd better free your mind instead
But if you go carrying pictures of Chairman Mao / You ain't going to make it with anyone anyhow
Don't you know it's gonna be / Alright (x3)
Oh, Alright!
Alright, alright, alright, alright, alright, alright...
19 outubro 2005
O senhor das rimas sem graça
Várias maneiras de votar nulo:
Vote 3, vote talvez.
Vote 4, se não quiser pagar o pato.
Vote 5, ou na cabeça levará uma bala de zinco.
Vote 6, da mentira e da hipocrisia você não é freguês.
Vote 7, mesmo que a propaganda te aperte.
Vote 8, aos papagaios do SIM e do NÃO dê um biscoito.
Vote 9, afinal nada vai terminar em "peace and love".
Vote 10, já que o Estado não é o senhor dos anéis.
Desculpem-me pelas rimas pouco inspiradas. Não sei se vocês sabem, mas meu ponto fraco quanto a produção de texto são os poemas e rimas... snif.
Se eu achar uma maneira melhor de estimular as pessoas a votarem NULO, eu posto aqui...
Ah, lembrei de uma coisa. Direto do meu profile no Orkut para o blog:
Mudei novamente minha visão política. Coloquei "libertário ao extremo" porque foi o 'menos longe' da minha teoria política, já que eu sou dissidente de centro-esquerda, um outsider.
Tenho minhas próprias idéias políticas, e não sou um panfletário sectário de outros - influência de Orwell e Thoreau. Além disso, esse referendo provou minhas tendências à desobediência civil e ao individualismo. Meu anarquismo é pacífico e egocêntrico.
17 outubro 2005
Insônia
Mas tudo bem, fica claro que eu ODEIO dormir, tenho insônia e não me arrependo. Sem ser filosófico, mas... cara, minha vida já é curta. Por que eu vou perder tempo dormindo? Há tantas coisas que eu posso fazer em vez de dormir...
Ler, escutar música, passar madrugadas a fio na internet, conversar com alguma pessoa legal, ver TV... não vejo necessidade de apagar os olhos e tirar uma soneca.
Outro motivo pra isso é que eu tenho uma tendência a ser hiperativo. Nem que seja pra ficar no ócio, eu adoro ficar acordado. Na escola, quando eu não tenho nada pra fazer, fico andando de um canto pro outro, à toa. Mas isso é até legal. Não vejo isso como um problema ou doença.
Bem, no mais, meu dia foi comum. Droga de rotina. Preciso arrumar logo o fone de ouvido do meu disc-man, com ele o tédio é menor... afinal, pelo menos tem fundo musical.
16 outubro 2005
Oh, no!
Ah, quer saber? Não vou falar nada. Tenho coisas mais inúteis pra fazer na net. Por exemplo, vagabundear no Orkut ou encher o saco do pessoal no chat do UOL.
Aliás, estou variando muito meu gosto musical. Olhem só o tanto de banda que eu mandei baixar só entre ontem e hoje: Dire Straits, Arcade Fire, Bright Eyes, Kent, Keane, Blondie, Pearl Jam, Iggy Pop, Dream Theather, Editors, Hüsker Dü, Hole, Jesus And Mary Chain, Temptations, Bauhaus, Belle and Sebastian, Siouxsie and the Banshees, Radiohead, Libertines, Weezer, Alice in Chains, Raul Seixas, Yeah Yeah Yeahs e The Hives.
Isso sem falar nas músicas que eu peguei de bandas que eu já conheço (e curto), como Strokes, Velvet Underground, Joy Division, Beatles, Ramones, Interpol, Blur, Echo and the Bunnymen...
Percebi que vou ter que aumentar minha lista na parte de música do Orkut...
Obs.: quem tiver um pouco de Q.I. (ao contrário de mim) perceberá que meu assunto-coringa no blog é música. Sempre que eu estou "sem pauta", falo de Rock e coisas relacionadas a isso. Calma, um dia vou acabar com esse obsessão por um só tema. Aliás, dois, já que o principal SOU EU.
15 outubro 2005
O mundo está perdido...
A propósito, a campanha VOTE NULO no referendo já começou. Não se renda ao fascismo do NÃO ou à utopia do SIM. Desobedeça civilmente o Estado, e anule seu voto dia 23!
Obs.: se você é uma toupeira e ainda não sabe como anular o voto, é bem simples: é só apertar qualquer número na urna eletrônica que não seja o 1 ou o 2, e confirme! Mas eu me sinto no direito de escolher o número 3 como o da campanha, portanto... (VEJA QUE O DISCURSO É O MAIS SIMPLES POSSÍVEL, A FIM DE ATINGIR TODAS AS CAMADAS SOCIAIS)
CONTRA OS BANDIDOS, OS POLÍTICOS, OS DITADORES E A MENTIRA!
ENFIM, CONTRA TUDO! SEJA DESOBEDIENTE CIVIL!
É o Racio Símio se envolvendo na política nacional! Oh, yeah!
"É porque eu tenho opinião própria"
A Isadora pediu pra falar, e disse "Eu acho que você está errado, Kaio. Eu voto no NÃO, mas não é por causa da Veja. É porque eu tenho opinião própria...". Hahahahaha. Claro que na hora eu preferi ser irônico do que rir da cara dela, e disse que "Só se você for minoria, já que a grande maioria dos alunos que dizem que votam no NÃO são alienados pela Veja e a propaganda. Não o alienado no sentido comunista, mas no sentido real da palavra mesmo."
Ah, por favor, tenha dó! Ainda bem que ela fica calada boa parte do dia. Só que, esporadicamente, ela resolve mostrar quão categóricos são seus argumentos, e só dá rata. Pena eu não tenho dó. Tenho raiva. E vou além na minha arrogância: não pago 500 reais por mês pra estudar num colégio com pessoas tão retardadas! Tá certo que eu não sou perfeito, mas nada em excesso é bom. Inclusive burrice. Que ela tivesse ficado calada. Eu pelo menos a respeitaria. Mas parece que pessoas como ela, o Bono do U2 quando faz pregações políticas e a nossa querida filósofa Marilena Chauí (sim, aquela do "PT é o grande responsável pela democracia brasileira") não conseguem ficar em silêncio e sempre fazem e farão fiascos enormes. É a vida...
Resumindo, vou reinterpretar as olavetes: "O melhor argumento contra os pseudo-intelectuais é deixar um deles falar."
Ainda falando do maldito referendo, mudei de idéia. Eu agora apóio o voto NULO (claro, se pudesse votar, mas não é o caso, pois não passo de um pirralho de 15 anos) Motivos?
1 - Não acredito em maniqueísmos. Entre SIM ou NÃO, escolho o TALVEZ. Como não tem ele, prefiro anular.
2 - A propaganda do NÃO me encheu. É intelectualizada demais. Eles juram que o Brasil é um país de pessoas com consciência política. Provam nisso o quanto são elitistas.
3 - Pensando bem, se o SIM ganhar, não vai fazer muita diferença. Afinal, os criminosos não precisam de armas de fogo para matarem uma pessoa. Um cacetete ou uma faca já basta. É hipocrisia achar que proibindo as armas não haverão outras maneiras de matar.
4 - Sempre fui do contra. Se até a Veja e os acéfalos dos meus colegas de classe apoiam o NÃO, perdeu a graça.
5 - O SIM, como se sabe, não tem argumento, é imbecil e não passa de puro idealismo, mas...
6 - ...O NÃO está perdendo a chance de ganhar do SIM de duas maneiras: 1 - esmagando de uma vez por todas aquela conversa pra boi dormir, 2 - Usando a lavagem cerebral no eleitor, algo como "Vote 1, senão os bandidos te pegam!". Eles ganhariam na hora! Manipulação sempre ganha, e sempre ganhará eleição! O povo tá pouco se fodendo pra todo aquele discurso crítico e inteligente. Ele quer é algo pra decorar no dia 23, pra fazê-lo acreditar por A+B, da maneira mais simples possível, em um dos lados. E é por isso que o SIM vai ganhar. Infelizmente.
7 - Se a esquerda comunista e o governo estão do lado do SIM, e se a direita e a classe média alienada pelos "formadores de opinião" estão do lado do NÃO, eu não me encaixo em nenhum dos dois.
8 - OK, tem toda aquela história do comércio clandestino... mas ele já é grande hoje. Independente de quem ganhar, seja o SIM ou o NÃO, ele vai continuar aumentando.
9 - Estou muito dividido. Sou idealista como o pessoal do SIM (acredito em um país justo e desarmado) e realista como o pessoal do NÃO (sei que a realidade não permite que desarmar a população melhore a situação).
10 - O referendo já é uma maneira do governo desviar as atenções da crise. Ninguém deve ser obrigado a optar por um lado, como eu disse em 1. Votar nulo é, além de tudo, uma desobediência civil e defesa do voto facultativo.
Olhem só o nível do Rock nacional...
Los Hermanos é pretensioso e me cheira a pseudo-intelectualismo. CPM 22 é a merda das merdas, emocore patético e cansativo. Charlie Brown Jr, então, é uma banda cheia de contradições e um som bem repetitivo e medíocre. O Rappa não tem nada de especial, não passa de uma tentativa malograda de misturar a música da periferia com o Rock.
Depois me perguntam o porquê de eu preferir Rock estrangeiro e clássico...
(Pesquisa retirada do iBEST)
Atualmente, qual a melhor banda de rock brasileira?
33% . CPM 22 29% . O Rappa 25% . Charlie Brown Jr. 13% . Los Hermanos
12 outubro 2005
Hoje é meu dia! Ou não?
11 outubro 2005
Kaio, você é meu ídolo!
Eu quero ter fãs e seguidores. Vou montar uma igreja. Ou uma ideologia política. Se você for me chamar de louco, pense bem. Jesus, Marx, Ghandi e tantos outros, como o Nietzsche, fizeram isso. Eram caras inteligentíssimos, anos à frente de suas épocas, não tinham a intenção clara de virarem líderes de uma seita política e/ou religiosa (exceto o Nietzsche, é claro), mas seus discípulos foram tão ortodoxos e "ovelhinhas" que distorceram suas idéias ao ponto de fazê-las parecer axiomas. É por isso que eu sou ateu, anti-marxismo e prefiro ser feliz do que obter a paz mundial.
1 - Dostoiévski é foda. Um puta escritor. Acho que só o Orwell vence ele.
2 - Gostei do Ivã Karamazovi. Ateu, dissimulado, malandro, escreve artigos polêmicos...
3 - Realmente, religião é para os fracos. Estou com pena do Aliócha em acreditar naqueles padres imbecis e no ancião metido a profeta.
4 - Cara, o Fiódor (o Karamazovi pai) é demais. Sacana. Mesmo tendo consciência de que ia atrapalhar o almoço, foi lá encher o saco do pessoal. Genial.
09 outubro 2005
Ask me, ask me, ask me...
Comprei em um sebo o volume único do Senhor dos Anéis. Custou apenas 40 reais - muito pouco, levando em conta o tamanho do livro e que ele estava semi-novo (obs.: eu já tinha o livro volume único, mas ele estava tão amassado e gasto que nem dava pra ler... vou dar ele pro meu primo que curte SdA ou vou doar pra biblioteca da escola). No "chopis centis", sessenta reais foram utilizados para que eu comprasse O Anticristo, do Nietzsche (enquanto eu não consigo encerrar a leitura do Zaratustra, vou tentar este livro); Os Irmãos Karamazovi, do Dostoiévski (uma bagatela, a edição de bolso da Martin Claret é só 19 reais - quase nada, levando em conta que o livro é de um dos melhores escritores de todos os tempos e que tem mais de 700 páginas; o bom foi que a edição que eu comprei é a nova, com a tradução revisada, fato comprovado pelo "i" adicionado ao Karamazov da edição antiga) e um CD dos Smiths: Singles.
Eu queria mesmo é um CD do Pixies ou do Joy Division, mas não achei nenhum (dos Pixies tinha o Complete B-Sides, mas eu queria mesmo é o Surfer Rosa ou a coletânea). Foi quando eu achei a antologia dos Smiths por 30 reais. Pensei bem e comprei, levando em conta que: 1 - Dezoito clássicos dessa banda, sendo que as únicas boas que faltaram foram "Asleep", que foi o lado B do single de "The Boy With The Thorn In His Side"; e duas faixas do disco The Queen Is Dead - a faixa-título e "I Know It's Over"; 2 - Custo-benefício alto, levando em conta que é uma das melhores bandas da década de 80; 3 - Já imaginou um CD que compilasse grandes canções como "Ask", "The Boy With The Thorn In His Side", "Bigmouth Strikes Again", "There Is A Light That Never Goes Out", "Sheila Take A Bow", "Panic, "How Soon Is Now", "This Charming Man", entre outras? ; 4 - Até meu pai, que gosta de música gospel e sertanejo, gostou do som dos Smiths; 5 - Eu amo pós-punk.
Deixando de lado meus vícios consumistas (como diria a esquerda radical e sectária, é "tudo culpa das elites, do neoliberalismo e do imperialismo ianque")... eu estou começando a rever a idéia de querer ir pro 2º D no ano que vem.
Se você(s) não entendeu(ram), deixe-me explicar: no meu colégio, no segundo ano, os 50 alunos com melhores notas vão para uma sala separada - o 2º D. O objetivo disso é reunir os alunos com mais dedicação aos estudos (em outras palavras, os CDFs) e criar uma competição entre os estudantes, a fim de que os "vencedores" consigam ir para uma "sala especial".
O porquê de eu não querer ir? Motivos (vocês já perceberam que eu adoro fazer listinhas): 1 - Conviver com um monte de toupeiras que acham que estudar é mais importante do que ter amigos, ler e ouvir música; 2 - Ser cobrado por todos a ser mais responsável e esforçado nos estudos (se bem que eu já sou... mas volto a lembrar: NÃO ESTUDO PORRA NENHUMA); 3 - Será que eu preciso estudar em uma sala de "notáveis" e arrogantes para provar que sou alguém? ; 4 - Competição na própria sala - eu ficaria bitolado que nem eles; 5 - Será que eu encontrarei pessoas legais nessa sala, ou os segundos A, B e C concentrarão o pessoal gente fina?
Enfim, estou com minhas dúvidas. Vou continuar tirando boas notas nesse último bimestre, mas tenho o direito de escolher se vou para a sala ou não. Ainda tenho tempo pra decidir. Se bem que eu deveria desencanar, não sou necessariamente o reflexo do meio onde vivo. Não vai ser uma sala de toupeiras que vai mudar minha conduta...
Ei, espera, quem sou eu pra falar de ética? Sou um mau-caráter! Não vou entrar na hipocrisia e no falso moralismo de me considerar politicamente correto!
07 outubro 2005
Hein?
I - Oba, hoje de madrugada tem F1... treinos do GP do Japão. E daí que o espanhol sortudo já ganhou o campeonato? Eu, como viciado em Fórmula 1 desde que era pirralho, me sinto no dever de ver até o final. Até porque o Schumacher perdeu o monopólio, e voltou a ser divertido assistir às corridas, já que toda vez o Montoya ou o Raikkonen se ferram, o Rubinho se fode nos treinos, o Massa decepciona, o alemão paga a língua, o espanhol ri do fato de ser um FDP cagão, entre outras ocorrências pitorescas do "circo da F1" (isso me lembra de uma coisa: sempre que o Galvão está narrando, meus ouvidos agradecem se eu deixar a TV no mudo).
II - Cara, eu não acho em nenhum lugar (bem, pelo menos no bairro do meu colégio... você sabe, tenho preguiça de andar pelo resto da cidade) camisetas do Joy Division, do The Clash ou dos Beatles! Cds do Pixies ou dos Beatles com preços bons, também não! (Tudo acima de 34 pratas) Muito menos acho um disco do JD. Queria comprar um original só pra provar que sou fã mesmo. Mas acho que minha coletânea com as melhores do Ian Curtis e cia. já está bem ampla...
III - ... Falando nisso, vocês vão conferir, a seguir, as tracklists das minhas coletâneas do Pink Floyd (aliás, comprei uma camiseta muito bacana do The Wall... afinal, eu não ia sair da loja sem a camiseta de uma banda foda) e do JD:
Joy Division - CD simples (tirando as duas primeiras, que por serem minhas preferidas abriram o disco, as outras dezessete são mais ou menos por ordem cronológica)
1 - Love Will Tear Us Apart / 2 - Transmission / 3 - Warsaw / 4 - Disorder / 5 - New Dawn Fades / 6 - Day Of The Lords / 7 - She's Lost Control / 8 - Shadowplay / 9 - Isolation / 10 - Passover / 11 - Heart And Soul / 12 - Twenty Four Hours / 13 - Decades / 14 - These Days / 15 - Novelty / 16 - Dead Souls / 17 - The Only Mistake / 18 - Something Must Break / 19 - Atmosphere
Pink Floyd - CD 1 (primeira fase, do Piper Gates At Dawn até o Dark Side Of The Moon - eu priorizei o "disco do prisma", e sacrifiquei o período 67-71 a se resumir a dois quintos do álbum)
1 - Astronomy Domine / 2 - Bike / 3 - Arnold Layne / 4 - Julia's Dream / 5 - One Of These Days / 6 - Echoes / 7 - Speak To Me - Breathe / 8 - On The Run / 9 - Time / 10 - The Great Gig In The Sky / 11 - Money / 12 - Us And Them / 13 - Any Colour You Like / 14 - Brain Damage / 15 - Eclipse
Pink Floyd - CD2 (fase final, do Wish You Were Here ao Division Bell - The Wall preencheu metade do disco. "Welcome To The Machine" e "In The Flesh?" ficaram como menções honrosas...)
1 - Shine On You Crazy Diamond - Part 1-7 / 2 - Wish You Were Here / 3 - Pigs On The Wing - Part 1 / 4 - Sheep / 5 - The Happiest Day Of Our Lives / 6 - Another Brick In The Wall - Part 2 / 7 - Mother / 8 - Hey You / 9 - Comfortably Numb / 10 - Run Like Hell / 11 - The Gunners Dream / 12 - Take It Back / 13 - High Hopes
IV - Fiquei em segundo no simulado. Tirei nove notas 10 e uma nota 9 (Educação Física... argh) no boletim. E o quico? Faz diferença? Quer dizer que eu sou mais inteligente que os outros? Com certeza não. Números não valem mais do que pessoas. Sou muito mais aquele pessoal que nem vai tão bem, mas é um poço de cultura e gente fina. Eu não suporto as toupeiras (pseudo-intelectuais) que estudam que nem doidos pras provas, mas, quando vamos conversar com eles (as), nada de produtivo sai. Felizmente eu não sou assim. Tiro notas boas porque presto atenção na aula e tenho boa memória - não estudo porra nenhuma. Vou muito perder meu tempo decorando fórmulas e teorias... deixo isso pras toupeiras. Eu prefiro ser o lunático anti-social e arrogante que acha ruim não ter sido o 1º no simulado.
04 outubro 2005
Tirem nossas armas, e nossas vidas também!
2. Sou contra o desarmamento. Mandei essa matéria pro jornal do meu colégio. O objetivo era ser didática. Ficou panfletária. Leia a seguir e saiba o porquê:
Muito tem se falado do referendo que teremos em outubro, mas pouca gente entende realmente como é que funciona. De maneira bem sucinta, funcionará mais ou menos assim:
Existem duas formas de consulta popular: os plebiscitos - que consistem em aprovação ou não de questões decisivas para os rumos de uma nação - e os referendos, que são o caso nessa situação, e são basicamente uma votação em que o cidadão escolhe entre aprovar ou rejeitar uma lei proposta pelo Congresso.
Os eleitores, em 23 de outubro, irão às urnas decidir se o comércio de armas deve ou não ser proibido no Brasil. Até o dia 20, propagandas eleitorais gratuitas nos meios de comunicação irão apresentar os dois lados e suas justificativas.
Caso o "sim" vença, o Estatuto do Desarmamento, criado em 2003 visando diminuir a violência e a criminalidade, entrará em vigor. Do contrário, as coisas continuarão como estão, ou seja, com a venda de armas de fogo legalizada.
Se eu pudesse votar, optaria pelo "não". Motivos não faltam. Primeiro, porque é imbecilidade do governo acreditar que proibir o comércio legal vai acabar com o problema. Pelo contrário, ele vai criar mais confusão ainda, já que o mercado negro de armamentos vai se expandir, e os vendedores clandestinos vão enriquecer. Conseqüentemente, a violência vai aumentar mais ainda, e do pior jeito possível – através da ilegalidade.
Além disso, é preferível melhorar o nível da polícia militar, devido à total incompetência da mesma quanto ao problema da criminalidade (já que ela é freqüentemente corrompida e joga do lado dos traficantes) e da Justiça como um todo, levando em conta a burocracia da mesma e da opção imbecil de remediar e tomar decisões para o momento do que prevenir isso e melhorar a longo prazo. Talvez seja possível ver o referendo como uma maneira do governo escapar dessas obrigações dele...
Não adianta fazermos nossa parte, ao ficarmos desarmados, se nossos governantes são incompetentes, e não tomaram nenhuma medida séria para diminuir o poder paralelo dos traficantes de armas. Pelo contrário, optou pelas "boas intenções" e o excessivo idealismo político, e confiou que diminuiria a violência ao comprar as armas dos cidadãos comuns. Essa medida só nos tornou mais impotentes ainda em relação aos criminosos. A violência continua, e o cidadão comum continua desprotegido.
As estatísticas mentem (afinal, estamos falando do país das pesquisas maquiadas). O número de acidentes domésticos com armas é desprezível, afinal apenas 3,5% dos brasileiros possuem armas em casa, e mesmo assim as taxas de homicídio no Brasil estão entre as maiores do mundo. Não caia na ladainha de que o desarmamento resolveria o problema, já que a tendência seria o agravamento da situação.
Mas não é só por segurança que eu e outros defensores do "não" estamos contra a proibição. É uma questão de preferir ensinar a pescar a dar o peixe. Não adianta assistencialismo: o populismo e a pretensa conduta pacífica do governo só agravarão a situação. Enquanto não se corrigirem os problemas sociais, como a educação, a saúde e a moradia, de uma maneira racional e sem utopias, o brasileiro médio continuará sofrendo com a exclusão social, a submissão ao poder paralelo e a excessiva, porém ineficaz, intervenção estatal.
Não se enganem pela suposta imparcialidade do referendo. Pelas propagandas, já se percebe um descarado favorecimento ao "sim". Pelo jeito, continuaremos sendo manipulados pela mídia quando o assunto é política (se bem que a Veja é contra o desarmamento. Mesmo que tendenciosa em várias situações, a revista, desta vez, mostrou de maneira coerente seu posicionamento)... Mas é dever dos cidadãos que tem acesso à educação, independente de sua posição política, se responsabilizarem por conscientizar os setores menos instruídos e mais manipulados (incluindo setores da classe média que são semi-analfabetos políticos) para que eles tomem as decisões certas e impeçam que a política nacional chegue ao fundo do poço. Chega de estereótipos e ceticismo em relação ao assunto. Sem a participação dos cidadãos, o Brasil realmente jamais mudará, e continuará sendo apenas "o país do futuro".
02 outubro 2005
Heart and soul, one will burn...
-> Escola: Amanhã, dia 3, tenho simulado. Só me sinto estimulado a fazê-lo por dois motivos. O primeiro, e mais óbvio, é ganhar nota a mais - por mais que eu ache que o conhecimento de uma pessoa não se resuma a números, a satisfação que é tirar notas boas é inevitável. O segundo, e curiosamente o principal, é pra ser o primeiro colocado. Afinal, eu estou puto da vida, já foram 3 vezes que eu fui segundo colocado, sendo uma na oitava série e duas nesse ano, nos 2 simulados. Ser segundo é muito pior do que ser último, porque você fica puto por ter quase chegado lá. É indescritível a fúria de perder a 1ª colocação de um simulado com 240 alunos por apenas uma questão (em ambas oportunidades, a pessoa que ficou na minha frente acertou APENAS uma a mais que eu). Enquanto eu não vencer não desistirei. Não preciso provar nada pra ninguém, exceto pra mim mesmo. Minha auto-estima agradecerá o 1st place.
-> Música: Desculpem-me pela blasfêmia que é citar no título do post, pela segunda vez consecutiva, um trecho de uma música dos deuses do pós-punk, geralmente chamados de Joy Division. Aliás, nada como passar o fim de semana escutando JD... eu não fico depressivo ouvindo os caras - apenas (bem) mais calmo. Fico menos tenso e os devaneios psicológicos são freqüentes - penso na vida, no poder da música, no futuro... as letras depressivas, os vocais fortes e tristes, a bateria poderosa, os ótimos riffs do baixo, a guitarra furiosa, o teclado melódico... cara, o Joy Division é realmente uma banda sem igual. Mesmo as músicas com o som menos limpo (as do LP Unknown Pleasures, por exemplo, porque a qualidade sonora de alguns singles e do Closer é boa) soam inovadoras e modernas. Se mais pessoas ouvissem essa banda, quem sabe como seria o mundo... claro que a taxa de suicídios iria aumentar, mas pelo menos a inteligência e os sentimentos de cada um seriam mais apurados.
-> Leituras: Falando nisso, comecei a ler "Os Sofrimentos do Jovem Werther", do Goethe. Parece que tem muito a ver com esse jeito mais "emocional" de ser que eu estou adquirindo. Duas ressalvas precisam ser feitas: 1 - Eu não pretendo me suicidar. Afinal, quem sabe eu não possa ser uma esperança para a humanidade? E pra quê perder a vida, se eu não acredito em Deus e valorizo o corpo e a vida ao máximo? 2 - Ainda não encontrei o amor da minha vida, nem estou apaixonado por ninguém. Por isso eu sou muito frio às vezes. E talvez também seja o motivo de eu não entrar totalmente em depressão com as músicas do JD.
-> Ego: Penso em escrever um livro. Nomes provisórios: "Eu", ou "Raciosímio" ou "Apenas Kaio". Ninguém iria lê-lo, mas funcionaria como meu registro escrito para as futuras gerações descobrirem que havia alguém no ano de 2005 que não era uma alma perdida. Ou o contrário, que eu era um louco no meio da sanidade de todos. Haja pretensão...
01 outubro 2005
Radio, live transmission...
-> Love Will Tear Us Apart
O maior clássico do Joy Division era inevitável na minha lista. Bateria perfeita, vocais magnifícos, letra triste (e que funciona como uma despedida do Ian Curtis), teclados bem melódicos... enfim, uma música que prende o ouvinte até o fade-out. Prova, de uma vez por todas, a importância do Joy Division na música mundial. Afinal, eles foram uma das poucas bandas em que todos os membros tiveram grande importância:
O produtor, Martin Hannet, que inovou com seu jeito de mixar, ao colocar a bateria e o baixo mais altos que a guitarra e os vocais. Bernard Sumner, que melhorou com o tempo na guitarra e virou, após o fim do JD, o líder da (também) grande banda New Order, a primeira de música eletrônica e influência básica para tudo que veio de eletrônico dali pra frente.
Peter Hook, baixista excepcional, responsável por riffs lendários como os de "Shadowplay", "Transmission" e "She's lost control"; Stephen Morris, um dos melhores bateristas de todos os tempos, que se aproveitou do ênfase dado ao seu instrumento e mandou ver, com destaque para as performances em "Isolation", "Love Will Tear Us Apart" e "Ceremony"; e, claro, ele, Ian Curtis, com seu vozeirão, os ataques epiléticos que influenciaram a "dancinha" de vários artistas do pós-punk, como Renato Russo e Morrissey, e seu jeito depressivo e pessimista de ser, que acabou gerando a morte do cara, em 1980, um dia antes da viagem para os EUA, aonde eles fariam a turnê que consagraria a banda.
A influência do Joy Division na música mundial é indiscutível. Até bandas indies de sucesso nos dias de hoje, como o Interpol, não negam a inspiração. E os caras do JD fizeram tudo isso em 3 anos e apenas dois LPs oficiais (sendo o segundo póstumo)... se bem que o New Order continuou a revolução, só que pelo caminho da música eletrônica.
And love, love will tear us apart again...