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Kaio

 

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08 agosto 2024

Breve Balanço Olímpico

Se nos primeiros dias dos Jogos Olímpicos de Verão Paris-2024 o Japão era o algoz do Brasil (vitórias no skate street feminino, no futebol feminino, no judô masculino e feminino etc.), na reta final dos jogos nossa nêmesis passou a ser a delegação dos Estados Unidos, que derrotou os atletas brasileiros no vôlei masculino (3x1 nas quartas-de-final), no basquete masculino (122x87 nas quartas) e no vôlei feminino* (3x2 nas semifinais). 

Torço para que essa série de derrotas seja interrompida justamente em um confronto no qual as brasileiras têm um histórico negativo contra as americanas: na final do futebol feminino. Será que a seleção treinada por Arthur Elias conseguirá o Ouro que escapou nas finais contra os EUA em Atenas-2004 e Pequim-2008?

A propósito, a campanha da seleção feminina de futebol vem sendo a melhor jornada de redenção nessas Olimpíadas. Foram anos e anos de "underachievement": a última semifinal em Olimpíadas havia sido na Rio-2016, e em Copas do Mundo a última vez que o Brasil passou das quartas foi no vice em 2007; isso sem falar na decepcionante queda na 1ª fase na Copa de 2023. Após estrear com uma vitória magra e suada contra a Nigéria, a seleção feminina tomou uma virada dolorosa contra o Japão, com os dois gols das japonesas saindo nos acréscimos, e 2º, por cobertura, sendo especialmente humilhante. Seguiu-se uma derrota por 2x0 para a Espanha, que começou a ser pavimentada no fim do 1º tempo, com a expulsão de Marta após uma entrada imprudente. Nas quartas, pouquíssima gente apostaria no Brasil contra a anfitriã França, mas o que se viu foi outra postura em campo e uma merecida vitória, mesmo com os já folclóricos 19 minutos de acréscimos. Na semi, revanche contra as espanholas: 4x2, fora o baile - e no mínimo 3 gols inacreditavelmente perdidos. Foi a melhor atuação coletiva da seleção feminina desde o 5x1 contra a Suécia em 2016 - ou, se considerarmos apenas mata-matas, desde o 4x0 sobre os EUA na Copa de 2007.

Considerando que as americanas são tetracampeãs tanto do Mundial quanto dos Jogos Olímpicos, o Brasil é o azarão, mas quem sabe as jogadoras possam tirar dessa ausência de favoritismo uma motivação para fazer uma 3ª partida épica seguida?

* Fiquei mais chateado com a derrota no vôlei de quadra feminino do que na eliminação do Palmeiras ontem contra o Flamengo pela Copa do Brasil. Por mais que a seleção dos EUA tenha feito uma ótima partida (destaque para a parte defensiva, que foi fundamental em vários rallies), a equipe brasileira tinha condições de chegar à final, mas oscilou em momentos decisivos só 1º, 3º e 5º sets. Uma pena. Agora é focarem no bronze contra a Turquia.

P.S.: Interessante notar como, das 15 medalhas que o Brasil já conquistou nessas Olimpíadas (no mínimo teremos mais 2, com as finais do futebol e do vôlei de praia femininos), cerca de metade (8 delas) vieram de 2 esportes em que temos tanto talentos individuais quanto uma equipe forte: judô e ginástica olímpica, com 4 medalhas cada. Outras quatro medalhas vieram dos esportes radicais: 2 do skate e 2 do surfe. A propósito, as outras 3 vieram da marcha olímpica, do boxe e do Taekwondo.

 

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