Heart and soul, one will burn...
-> Escola: Amanhã, dia 3, tenho simulado. Só me sinto estimulado a fazê-lo por dois motivos. O primeiro, e mais óbvio, é ganhar nota a mais - por mais que eu ache que o conhecimento de uma pessoa não se resuma a números, a satisfação que é tirar notas boas é inevitável. O segundo, e curiosamente o principal, é pra ser o primeiro colocado. Afinal, eu estou puto da vida, já foram 3 vezes que eu fui segundo colocado, sendo uma na oitava série e duas nesse ano, nos 2 simulados. Ser segundo é muito pior do que ser último, porque você fica puto por ter quase chegado lá. É indescritível a fúria de perder a 1ª colocação de um simulado com 240 alunos por apenas uma questão (em ambas oportunidades, a pessoa que ficou na minha frente acertou APENAS uma a mais que eu). Enquanto eu não vencer não desistirei. Não preciso provar nada pra ninguém, exceto pra mim mesmo. Minha auto-estima agradecerá o 1st place.
-> Música: Desculpem-me pela blasfêmia que é citar no título do post, pela segunda vez consecutiva, um trecho de uma música dos deuses do pós-punk, geralmente chamados de Joy Division. Aliás, nada como passar o fim de semana escutando JD... eu não fico depressivo ouvindo os caras - apenas (bem) mais calmo. Fico menos tenso e os devaneios psicológicos são freqüentes - penso na vida, no poder da música, no futuro... as letras depressivas, os vocais fortes e tristes, a bateria poderosa, os ótimos riffs do baixo, a guitarra furiosa, o teclado melódico... cara, o Joy Division é realmente uma banda sem igual. Mesmo as músicas com o som menos limpo (as do LP Unknown Pleasures, por exemplo, porque a qualidade sonora de alguns singles e do Closer é boa) soam inovadoras e modernas. Se mais pessoas ouvissem essa banda, quem sabe como seria o mundo... claro que a taxa de suicídios iria aumentar, mas pelo menos a inteligência e os sentimentos de cada um seriam mais apurados.
-> Leituras: Falando nisso, comecei a ler "Os Sofrimentos do Jovem Werther", do Goethe. Parece que tem muito a ver com esse jeito mais "emocional" de ser que eu estou adquirindo. Duas ressalvas precisam ser feitas: 1 - Eu não pretendo me suicidar. Afinal, quem sabe eu não possa ser uma esperança para a humanidade? E pra quê perder a vida, se eu não acredito em Deus e valorizo o corpo e a vida ao máximo? 2 - Ainda não encontrei o amor da minha vida, nem estou apaixonado por ninguém. Por isso eu sou muito frio às vezes. E talvez também seja o motivo de eu não entrar totalmente em depressão com as músicas do JD.
-> Ego: Penso em escrever um livro. Nomes provisórios: "Eu", ou "Raciosímio" ou "Apenas Kaio". Ninguém iria lê-lo, mas funcionaria como meu registro escrito para as futuras gerações descobrirem que havia alguém no ano de 2005 que não era uma alma perdida. Ou o contrário, que eu era um louco no meio da sanidade de todos. Haja pretensão...