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Kaio

 

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03 agosto 2019

This ain't no party, this ain't no disco



Hoje é aniversário de 40 anos do meu disco favorito dos Talking Heads: Fear of Music.
A canção mais famosa deste álbum é "Life During Wartime", que combina uma letra apocalíptica ("I got three passports, a couple of visas / You don't even know my real name / (...) I might not ever get home" ) com um arranjo que cruza funk com punk; ao contrário das demais faixas, ela surgiu de uma jam session, o que talvez explique seu ritmo frenético (a propósito, quando tocada ao vivo costumava ser 2 minutos mais longa).
Outra faixa bastante conhecida é a reflexiva e melancólica "Heaven", possivelmente o grande destaque lírico do álbum: "When this kiss is over / It will start again / It will not be any different / It will be exactly the same (...) / Heaven / Heaven is a place / A place where nothing / Nothing ever happens".
"Cities" é uma das mais enérgicas e dançantes ao lado de "I Zimbra", que conta com a participação especial de Robert Fripp (King Crimson) e indica a direção estética à la "world music" que o Talking Heads seguirá no disco seguinte, Remain In Light (1980).
A propósito, Fear of Music é álbum mais post-punk deles, contendo faixas soturnas como "Air" (a minha preferida, por vários motivos: a bateria forte, os teclados e backing vocals arrepiantes e o belo refrão: "What is happening to my skin? / Where is that protection that I needed? / Air can hurt you too / Some people say not to worry about the air / Some people never had experience with air..."), "Drugs" (a faixa mais modificada pelos experimentos sonoros de Brian Eno, a ponto de mudar de nome; inicialmente ela se chamava "Electricity") e "Memories Can't Wait" (destaque para as dramáticas mudanças de ritmo e para os versos "There's a party in my mind / And I hope it never stops").