Auto-desafio
1. Aprender e me acostumar a andar de ônibus. Me sinto até constrangido quando vou e volto do colégio de carro.
2. Visitar parentes pobres e aprender a dar valor na vida. Não, eu não sou cristão, apenas quero pensar bem, mas bem mesmo antes de ficar lamentando minha vida.
3. Ir em uma favela. Mas esse será o último e talvez mais complicado deles.
4. Dar aulas de História e Geografia. Tanto para alunos da minha escola com dificuldades, quanto para qualquer um que quiser.
5. Ler o máximo que puder, para refutar qualquer argumento dos meus opositores, e parar de fingir que concordo com as olavetes que acham que Hitler é de esquerda e que todo cara de esquerda é comunista e reúne as piores qualidades possíveis.
6. Ser sincero e vaidoso (no sentido de pretensão, não no de beleza) sem ser arrogante e hipócrita.
7. Não atropelar a fala dos outros, e ter uma audição mais apurada.
8. Perder menos tempo com inutilidades, como televisão e conversas sobre professores. Afinal, eu não sou uma pequena mente.
9. Não ser sectário em minhas idéias e incentivar o debate político. Por mais estúpida ou boba que seja a idéia da pessoa que discute comigo, eu devo respeitá-la. Mesmo que seja mais um que ache que Cuiabá é ruim sem sequer visitá-la (calma, não quero dizer que o Mainardi é um otário; eu até respeito ele, só o acho intransigente demais, mais do que qualquer stalinista) ou um cristão ultra-fanático.
10. Escrever um livro reunindo meus pensamentos políticos publicados nesse blog ou no Politizados Fórum ou em qualquer local do submundo da internet, digo, firefox.
FRASE DO DIA (e que me guiará pelo resto dela, afinal eu estou pouco me fodendo pra o que ocorrer depois da minha morte): "Pequenas mentes discutem pessoas; mentes medianas discutem eventos; grandes mentes discutem idéias". (Autor anônimo)
28 agosto 2005
Dissidência
E o MST? Um movimento que prega a reforma agrária radical. Eu apóio a reforma, mas parece que os próprios envolvidos no MST não o fazem. Os sem-terra são minoria na sua própria organização - quantos ricos ou oportunistas não entraram nessa só pra descolar uma terrinha, distorcendo assim o projeto inicial e desgastando a imagem dos sem-terra? Agora, o movimento se passa por revolucionário e reformista, mesmo não o sendo.
Karl Marx foi o responsável pela minha iniciação na política mais voltada para ideologias, no início de 2004, quando eu li o Manifesto Comunista. Na época, eu era um "comuna". Mas algumas semanas depois, mudei de idéia, e virei social-democrata, por achar o comunismo radical demais. No final do mesmo ano, virei socialista democrático, e hoje, opto pela dissidência política.
Dissidente é o cara que discorda da opinião geral, do "consenso" de uma doutrina. Exemplos são muitos, desde o Lutero em relação aos católicos até o Orwell em relação ao comunismo soviético. Eu cansei de ficarem me rotulando, de me generalizarem com o resto dos politicamente progressistas. Não é porque eu sou socialista (acho que o único "ismo" que eu, vagamente, me encaixo é o socialismo) que eu sou anti-democrático e acredito no fortalecimento do papel do Estado! Só porque houve ditadura na URSS, na China e no resto dos países considerados comunistas, não significa que eu sou a favor desse regime. Acredito não só em socialismo, mas também em democracia plena e direta. Tanto que essa era minha ideologia. Acho que ainda é. Só que parece que liberdade e socialista são antônimos - ou você apóia um, ou o outro. Engraçado que tanto a esquerda quanto a direita dizem isso. É por isso que eu não sou de nenhuma delas.
Liberdade, igualdade e fraternidade não são, pra mim, apenas um discurso bobinho da Revolução Francesa, sendo que ambos foram traídos rapidamente pela burguesia, que tantos os pregava às massas. Considero-os realizáveis. Claro que o processo para obtê-los não é nada fácil. Talvez, se eu realmente quiser que o mundo tenha os três, vou gastar a minha vida inteira dedicando-me ao projeto. Mas é justamente isso que eu quero. Vou me explicar melhor.
Meu objetivo de vida é desenvolver uma teoria política que priorize o social e atinja o tripé da Revolução Francesa (ou de qualquer movimento progressista) de uma maneira prática. Eu não quero ser outro intelectual de butique que vive destilando belas idéias, mas fica trancafiado em seu apartamento, bebendo vinho e se considero superior em relação às proles. Não, não, não! Eu jamais quero virar um sujeito desses! Quero ser original, quero me desvincular da esquerda tradicional, e criar minha própria doutrina, uma a qual as pessoas, no futuro, possam seguir e que a justiça social seja alcançada. Que não haja mais pobreza, miséria e desigualdade social no mundo. Claro que falar é fácil, fazer é difícil. Pois é, eu sei disso. Por isso estou fora de qualquer meio intelectual que seja excessivamente teórico e pouco prático. Ou então, quando aplicado na vida real, é um desastre total, uma traição sem igual da ideologia que pregava. Vejam a União Soviética, por exemplo.
Alguns podem achar que eu sou apenas outra farsa - um pretensioso que ousa desafiar os grandes pensadores e que, inevitavelmente, falhará. Engraçado (o que eu direi a seguir soará arrogante, e eu não ligo para isso), mas espera: não foi isso que disseram para todos eles quando eles começaram a disseminar suas idéias? Nietzsche, Marx, Maquiavel e tantos outros foram incompreendidos em suas épocas, e anos depois, inspiraram gerações e gerações e viraram eternos na História. Sim, eu acho que posso, quem sabe, me igualar a eles. Mas essa é minha prioridade - a fama nunca foi realmente indispensável para mim. O reconhecimento, sim. Discorde de mim, mas pelo menos me respeite.
Nos próximos posts, vou falar mais sobre o meu "plano". Além disso, eu estou pensando em como tornar o meu pensamento prático. Talvez eu vire professor voluntário ou monte uma ONG. Mas desistir, nunca. Também penso em escrever livros, mas que não exatamente seriam "manuais de ciência política". Poderiam ser historinhas, com uma ideologia "embutida" nele. Algo como aquelas teorias niilistas que o Dostoiévski lançou no Crime e Castigo. Mas sobre a idéia de escrever um livro, eu falarei mais tarde.
27 agosto 2005
Eu por eu mesmo
(A seguir, o meu perfil no Orkut. Aliás, o único motivo que me fez gostar do Orkut foi a possibilidade de fazer o About Me, que é extremamente bacana - funciona como uma auto-biográfica objetiva, e eu pessoalmente adoro falar de mim mesmo, hehe - , e compensa boa parte dos pontos fracos do Orkut, como os problemas do servidor e as comunidades inúteis e absurdas que vemos lá):
ATUALIZADO EM 27/08/2005. E sempre o será assim que eu decidir mudar alguma coisa. Algo contra?
I) Sou extremamente perfeccionista e tenho certeza que exijo demais das pessoas - uma falha minha. E detesto ser superestimado ou subestimado. Apenas me trate do jeito que eu sou.
II) A propósito, visitem meus blogs: www.raciosimio.blogspot.com (é sobre mim) e www.thewhiteriot.blogspot.com (sobre Rock).
III) Nunca namorei nem fiquei. O porquê? Sei lá. Nunca tive vontade. Amor é para os fracos :D (será? Tenho a leve impressão de que eu sou fraco... depois eu conto a estória da minha 1ª e única desilusão amorosa...). Prefiro ser solteiro e livre. Mas se um dia eu encontrar a garota ideal (o que é bem difícil, já que eu sou tímido e chato), posso mudar de idéia.
Obs.: TODO MUNDO DISCORDOU DESSE MEU COMENTÁRIO. Também, questionar o amor é questionar a própria humanidade... mas, como eu disse, eu só digo isso porque não estou apaixonado por ninguém.
IV)Gosto de Rock em geral. Do clássico (Beatles) ao punk (The Clash, Ramones), passando por grunge (Nirvana), alternativo (Pixies, Franz Ferdinand), hard rock (Led Zeppelin), progressivo (Pink Floyd), pós-punk (Smiths, Joy Division) e rock nacional (Legião Urbana, Mutantes e Titãs).
V) Gosto de ler. Li recentemente:
- Crime e Castigo
- Revolução dos Bichos
- Admirável Mundo Novo
- 1984
- A Desobediência Civil
- entre outros, e estou lendo Assim Falou Zaratustea. Prefiro ler do que sair, mas eu deveria ler mais, fico muito tempo na net. Mas, indiretamente, acabo lendo na net... crônicas, hehe.
VI) Minhas 10 músicas favoritas (e que mostram mais ou menos quem eu sou - discurso copiado do Alta Fidelidade, tsc, tsc...) são:
1 - Should I Stay Or Should I Go (The Clash);
2 - I Am The Walrus (Beatles);
3 - Bone Machine (Pixies);
4 - Metal Contra As Nuvens (Legião Urbana);
5 - Smells Like Teen Spirit (Nirvana).
6 - Strawberry Fields Forever (Beatles);
7 - Dancing Days (Led Zeppelin);
8 - Diversão (Titãs);
9 - Blitzkrieg Bop (Ramones);
10 - Love Will Tear Us Apart (Joy Division).
VII) Vivo numa busca constante por algo novo... sinto que não sei 0,0001% do que deveria saber sobre a humanidade.
VIII) Amo e odeio o Orkut. Amo porque encontrei os contatos de vários amigos (as). Odeio porque me faz perder tempo na net, quando eu poderia estar baixando músicas, escrevendo resenhas de discos, ou lendo. Essa porcaria de Orkut vicia! Em quatro dias de uso, eu fiquei obcecado! Que droga!
IX) Leia atenciosamente o meu About Me. Não me adicione se não gostar do meu perfil. Me aceite como eu sou - egomaníaco, chato, estressado, viciado em Rock antigo e política e pretensioso. Se não me curtiu, vai se foder, otário. Seu contato é desprezível para mim. E maquiavélico é a sua avó caquética! Agora, se você achou legal meu perfil, beleza. Ignore as palavras ofensivas das linhas acima, hehe.
X) Na visão política, coloquei "esquerda liberal" porque foi o 'menos longe' da minha teoria política, já que eu sou dissidente de esquerda, um outsider. Não fico me rotulando em ismos, e tenho minhas próprias idéias políticas, não sou um panfletário e seguidor cego de outros - influência de Orwell.
aniversário: 29 de junho
interesses no orkut: amigos
filhos: não
etnia: hispânico/latino
idiomas que falo: Português, Inglês
religião: Ateu
visão política: esquerda-liberal
humor: extrovertido/extravagante, seco/sarcástico, inteligente/sagaz
orientação sexual: heterossexual
estilo: alternativo, casual, contemporâneo
fumo: não
bebo: não
animais de estimação: não gosto de animais de estimação
moro: com meus pais
cidade natal: Goiânia
página da Web: www.raciosimio.blogspot.com
paixões: Política, livros, música, conversar bastante, ficar à toa na net e televisão.
esportes: Nenhum. Sou sedentário, e com orgulho.
atividades: Ler, ouvir música, assistir TV, passar madrugadas na net e conversar por horas a fio.
livros: - 1984 e A Revolução dos Bichos (George Orwell)
- Crime e Castigo (Dostoiévski)
- Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
- Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
- O Manifesto Comunista (Marx
- O Príncipe (Maquiavel)
- Robinson Crusoé (Defoe)
- Dom Quixote (Cervantes)
música: - The Beatles
- Led Zeppelin
- The Clash
- Nirvana
- Titãs
- Pixies
- Franz Ferdinand
- Ramones
- Joy Division
- Legião Urbana
- The Smiths
programas de tv: Seinfeld, Friends, RockGol, Desperate Housewives, Chaves, Cavaleiros do Zodíaco, Pokémon, Dragon Ball, Os Simpsons, Ei Arnold e Os Padrinhos Mágicos.
cinema: Filmes cult como Vida bandida, Quero ser John Malkovich, Laranja mecânica, Alta Fidelidade, Pulp Fiction e Clube da luta e comédias nonsense como Cara, cadê meu carro? e Corra que lá vem a polícia.
cozinhas: Só sei preparar um sanduíche ou uma vitamina.
e-mail: kaio-felipe@hotmail.com
país: Brasil
telefone celular: 96871717
21 agosto 2005
Rock In Sopa - impressões finais
- Packtus: abriu o Rock In Sopa. O som era mais limpo, misturando Pop Rock com Gothic Metal. A galera adorou, principalmente na música “60 Segundos” (muito boa, por sinal) e nos covers “Máscara” (Pitty) e “Bring Me To Life” (Evanescense). - Flores Indecentes: bons refrões, boas performances nos instrumentos e nos vocais. Também empolgou o público com suas canções de Rock mais pesado. - Downers: pelo que eu ouvi, era meio Rock Progressivo. O ponto alto do show foi o cover de “Comfortably Numb” (Pink Floyd), que levou o público à loucura. Os fãs do Pink Floyd até invadiram o palco e dividiram os vocais! - Grieve: me surpreendeu. Nunca curti muito Heavy Metal, mas gostei demais do som deles. Canções bem pesadas e animadas, do tipo que o ouvinte quase torce o pescoço de tanto balançar o pescoço. - Rústica: talvez foram eles a melhor apresentação do Rock In Sopa. Seguindo um Rock mais pop e acessível, mas não menos viciante, tiveram carisma e competência suficientes para dominar a platéia. Curti tanto as músicas próprias quanto a regravação “O Calibre” (Paralamas do Sucesso). - Lake: grunge na veia. Quem curtia um Rock mais sujo e grudento adorou. Guitarras distorcidas, bateria pulsante e bons vocais. Dancei que nem louco. Os roqueiros mais exaltados (entenda bêbados) até fizeram aquele empurra-empurra, típico de shows de Rock (influência dos lendários Sex Pistols...). Já estou a postos para o próximo evento de Rock alternativo que houver em Goiânia. Adeus, Rock mainstream!
Eu cheguei lá às 18h10, desesperado por pensar que estaria atrasado (já que tinha sido anunciado que começaria às 18 horas), mas aconteceu o que era mais provável – atrasou. Para a minha sorte, é claro. Só começou às 19h50. Nesse tempo, chegaram alguns colegas, e o tédio e solidão dos primeiros minutos, quando o Martin Cererê estava quase vazio, passou rápido. Eu pensei que mais gente do Colégio Classe viria, mas vários vieram, para me provar que a escola não é feita só de fãs do Babado Novo, Ivete Sangalo, chicleteiros ou pseudo-roqueiros.
Eu fiquei até às 2h30. Minha mãe, como eu esperava, ficou superpreocupada, achando que eu ia me envolver com maconheiros, ser assaltado ou coisa do gênero. Ledo engano. De drogas lá, só achei cigarro e álcool (cerveja e vodka). Não tomei, é claro, fiquei só na Coca Cola. Não é por caretice não – é que eu tenho uma espécie de prazer em ficar completamente são, em ter pleno domínio dos meus sentidos, enquanto todos se acabam na cerveja ou no tabaco. Acho que eu me sinto... um super-homem (parafraseando Nietzsche...).
Agora, sobre os shows. Dos 15, eu fiquei até a hora do décimo segundo. Não acompanhei todos, por falta de interesse no som de alguns (o Cruznorff, por exemplo, tocava Rock com música eletrônica... não é a minha praia). Vou citar os seis melhores:
19 agosto 2005
3 coisitas
2. Não entendo por que tem gente que é obcecada apenas por notas, e acha que passar de ano basta. Não que eu esteja criticando quem tem essa mentalidade, mas eu pessoalmente não acho que escola é feita pra passar de ano a qualquer custo e se importar apenas com números, e sim aprender pelo menos uma coisa de útil... claro que quase tudo que se aprende lá (principalmente em Exatas) é inútil pra nossa vida. Mas fazer o que, o mundo não teria graça se tudo que víssemos na escola fosse necessário e REALMENTE importante. Fala sério, não é "sensacional" aprender raiz quadrada pra depois descobrir que 99% (o 1% são os professores de Matemática) das pessoas JAMAIS usarão isso na vida de uma maneira prática? Hein?
3. Ainda acho patético o final do Código da Vinci. Não consigo ver nenhuma lógica em colocar "aquele cara" como o vilão. Nem as explicações do "mané que era o maior suspeito e na verdade era bonzinho" adiantaram - foi uma péssima conclusão para um livro que era perfeito até o encontro de Robert e Sophie com o assassino. Será implicância minha ou revolta com razão?
14 agosto 2005
Já orkutou hoje? Doh!
QUAL A GRAÇA DAQUELA MERDA DO ORKUT?
Não vi nada de excepcional ou viciante no Orkut. A única coisa legal (e ainda assim nem tanto, porque eu posso fazer isso em qualquer lugar) é montar o perfil. Adicionar comunidades, adicionar amigos... "oh, que emocionante! Se eu tiver 100 pessoas na minha comunidade, sou popular! Ai, que felicidade!".
Ah, qualé? Eu me cadastrei porque recebi o convite. Adicionei umas comunidades, uns amigos... perdi 3 horas da minha vida com o Orkut. Infelizmente, não poderei recuperá-las. Mas tudo bem, já perdi tempo com coisas piores... dormir, por exemplo. Mas isso não vem ao caso, afinal eu estaria ofendendo a classe dos preguiçosos, assim como estou fazendo uma afronta aos milhões de internautas que orkutam diariamente.
Talvez a geração internet sabe perder tempo com inutilidades como poucas de suas antecessoras (até os hippies e maconheiros tinham coisas mais interessantes a fazer... sexo, secar erva e escutar rock, por exemplo). A de hoje faz sexo virtual, usa energéticos e escuta música eletrônica. E acha Google e Orkut duas divinididades. Estão equivocadas. Primeiro, porque deus não existe :D. Depois, porque são apenas mecanismos de alienação da internet, que só atrapalham a vida dos internautas ociosos. Como eu, você e aquele seu contato no MSN que é enjoado e só te pentelha. Ajudam? Não sei. O Google é bom pra buscar, mas é baseado no tentativa e erro. Quantas vezes, por não ter sido objetivo na busca, você já não achou coisas que não tinham nada a ver com o que você queria? Mas tudo bem, afinal, se não fosse o Google, eu não conheceria 80% dos sites que visito. É uma questão de gratidão. Mas o Orkut é imbecil. Qual a graça de ter 1000 amigos na sua comunidade? Qual a graça de ter um fã? Me diga, faz alguma diferença você participar da comunidade do Repórter Vesgo? NENHUMA, não é mesmo?
Mas "desviciar" alguém dpo Orkut é difícil. Mas quais as alternativas? Pras meninas, flogs (que são tão estúpidos quanto o Orkut). Pros meninos, sites pornô com modelos caseiras nem sempre bonitas.
A solução: desligar o computador e ler um livro. Ou ouvir música. Enfim, qualquer atividade que seja mais produtiva. Eu vou cumprir o que disse e sair do PC. Fui. Faça o mesmo, mas antes comente meu post, nem que seja pra elogiar falsamente ou passar vírus.
Edit: concordo que há algumas coisas legais no Orkut, e você pode conhecer pessoas legais. Mas se for para usá-lo para falar mal dos outros ou entrar em comunidades do tipo "Eu chupo o cotovelo", não dá.
13 agosto 2005
Chronicles and pseudo-philosophies of an outsider
Egocentrismos à parte, esse foi um dos meus melhores inícios de fim de semana. Entre a noite de ontem e a tarde de hoje, eu resolvi começar a ouvir The Smiths e Joy Division. Procurando nomes de músicas do Joy Division no Dying Days (um dos melhores sites de Rock do Brasil, eu recomendo), decidi procurar mp3 de duas bandas que achei no meio do caminho - o Weezer e o New Order. Gostei de ambos, mas não tanto quanto das bandas lideradas por, respectivamente, Morrissey e Ian Curtis.
The Smiths é bacana. Amado e superestimado por muitos (caramba, tem gente que morreu quando eles acabaram! Sem contar os fãs atuais, que endeusaram o conjunto de uma maneira absurdaa), e desprezado por poucos. Eu gostei do som deles, tem muitas músicas bem legais, como "How soon is now?", "This charming man", "The queen is dead" e "I know it's over". No meu pré-julgamento, eles realmente figuram entre as melhores bandas dos anos 80.
Já o Joy Division é uma das bandas mais peculiares que eu já escutei até hoje. Gostei de suas músicas sombrias, profundas e criativas, como "Love will tear us apart" (baixe-a aqui), "Atmosphere", "Transmission" e "She's lost control".
Espero terminar de baixar os discos dessas duas bandas para preparar resenhas para o The White Riot, que precisa de uma variedade roqueira maior. Bem, quando eu tiver vontade volto a postar, mas vou ser menos demorado nas próximas vezes. Aliás, esse blog é quase que uma maneira diferente de eu falar sozinho, já que, até por falta de publicidade e divulgação, só eu o visito. Mas tudo bem, um dia, quem sabe daqui a uns 5 anos, alguém leia isso e ache alguma coisa que preste... enquanto isso, eu continuo com meu monólogo virtual, hehe.
12 agosto 2005
Agora é pra valer
Durante essa noite, eu atualizarei o blog. Assim que estiver completamente livre para escrever pacientemente.
09 agosto 2005
Sem tempo, parte 2: a missão
Frase do dia: "Se uma guerra rebentar entre os animais selvagens e os homens, estou do lado dos ursos." (Henry David Thoreau, autor de A Desobediência Civil)
07 agosto 2005
É verdade!
Mas parece que houve uma pequena melhora da qualidade do humorístico no dia de hoje. As matérias, em geral, estavam boas. Foi divertido ver um mané jogando, a 35 metros de altura, bolas de boliche nas TVs do ferro velho que estavam sintonizadas nos canais concorrentes. As vestimentas de prisioneiros (incluindo o caracterísitico 171) foram um protesto interessante contra o mandato judicial contra o programa. Aliás, o principal momento do Pânico na TV de hoje foram os "esclarecimentos" sobre o assunto. Eles foram proibidos de passarem a matéria do Vesgo e o Silvio pentelhando a Carolina Dieckman com as sandálias, e, além disso, seriam processados se citassem o nome dela. Emílio conseguiu perder um pouco a fama de chato, e explicou bem sobre o assunto. Mesmo admitindo que era uma invasão de privacidade o que eles estavam fazendo, disse que os papparazi também o fazem quando tentam fotografar a qualquer custo celebridades. O argumento é bom, mas não justifica o exagero da atitude do Pânico.
Acho que isso é consequência do fato deles terem atingido o ápice de popularidade. O fenômeno que ocorreu uns 3 ou 4 anos atrás com o Casseta e Planeta está se repetindo com eles: todo mundo, seja no trabalho ou na escola, comentam o programa e os bordões se espalham por todo o Brasil (assim como Bussunda e cia. criaram o "Fala sério" e o Seu Creysson, o Pânico na TV inventou o "Pedala Robinho", o Chifronésio e o Robert). E isso é um alto risco que o humorístico corre: não ser mais tão engraçado e não se cansar de repetir fórmulas. O Casseta é a prova de que isso é possível, já que hoje não passa de piadas prontas sobre as novelas da Globo e a crise política.
Claro que seria exigir demais do programa ser sempre engraçado. Mas há melhores maneiras de ter bom humor do que apelar demais. Se eles queriam ser agressivos e sarcásticos, estão fazendo (quase) tudo errado. Felizmente, há uma atitude louvável no meio de tudo isso: sempre que eles chegam ao ápice da audiência, fazendo algo totalmente anti-comercial. Semanas atrás, leram poemas de Fernando Pessoa. Hoje, passaram cenas de uma apresentação de nado sincronizado (e nas legendas, ensinaram a fazer um doce que eu não me lembro). Tomara que eles consigam ser irônicos e criativos no resto também.
Obs.: Ouvindo Should I Stay or Should I Go, do The Clash, uma das músicas que eu mais gosto. O riff de guitarra é grudento e inesquecível. Clique aqui para baixá-la.
06 agosto 2005
Esses biscoitos me dão sede!
Para quem não conhece essa sitcom, eu explico: é uma série sobre o nada. As situações mais corriqueiras do dia-a-dia são apresentadas num tom humorístico. Os quatro protagonistas são Jerry Seinfeld, um comediante sarcástico e egoísta; Elaine Benes, uma mulher estressada e vingativa; George Constanza, um sujeito mentiroso e com baixa estima; e Cosmo Kramer, um cara excêntrico e totalmente pirado. Juntos, esses quatro aprontam grandes confusões.
A série é um retrato fiel dos anos 90, e representa com perfeição o estilo de vida dos norte-americanos: esnobes, orgulhosos, arrogantes, trapaceiros e cínicos. Eles próprios admitem isso em Seinfeld! Pra começar, o quarteto é um exemplo daqueles amigos que já se conhecem há tempos e, por já terem criado uma amizade duradoura, nem se arriscam a terem mais gente entre os seus contatos. O seriado escancara o conservadorismo dos EUA, com o estereótipo da mulher nervosa e cruel (Elaine), a visão preconceituosa das pessoas fora dos "padrões" estabelecidos (Kramer), o balzaquiano fracassado e encalhado (George) e o metrossexual metido a engraçado (Seinfeld). Isso sem falar na crítica ao desprezo do ianque médio às pessoas "anormais" (como o nazista da sopa, o garoto da bolha e Newman, o carteiro balofo).
Seinfeld traz risos ininterruptos, seja pelos diálogos, seja pelos personagens, seja pelas situações absurdas, mas absolutamente comuns. Também há cenas cuja crítica é tão forte que quem assiste nem ri: fica chocado (exemplo: em um episódio, George tenta roubar livros na livraria, e Jerry, querendo sacanear com o amigo, "deda" ele para os seguranças). Quem quer um humor simples e de fácil compreensão, é melhor procurar A Grande Família ou Três é Demais: as piadas de Seinfeld são inteligentes e irônicas. Claro que quem não gosta de pensar na hora de rir não vai se decepcionar. Kramer e seu jeito espalhafatoso é o principal responsável pelo "humor pastelão" da sitcom.
Curiosamente, as dificuldades dos primeiros momentos para a produção criaram uma das marcas registradas de Seinfeld: a reinvenção do conceito de cenário fixo. A série foi sucesso de público e crítica, ganhando vários prêmios e batendo recordes de audiência (o último episódio, exibido nos Estados Unidos em 13/05/98, foi uma das cinco maiores audiência da história da televisão local: 73 milhões de telespectadores!). No Brasil, Seinfeld também goza de grande popularidade, e, freqüentemente, é campeão de audiência nos horários em que é exibido (de 2ª a 6ª, às 9h30, 13h30 e 16h30, na Sony). Quem quiser assistir, vai descobrir o porquê de tantos elogios. Não se preocupe: o seriado é pouco linear, ou seja, você não precisa assistir desde o começo para entender um episódio isolado, até porque não há um roteiro certinho e com início e fim definidos (como em Friends) - um dia nunca é igual ao outro em Seinfeld, apesar da rotineira vida dos quatro personagens principais.
Obs.: não perca a maratona temática que está ocorrendo em todos os sábados de Agosto, das 16h às 22h. No de hoje, o mundo do trabalho foi abordado; dia 13, será sobre relacionamentos; dia 20, é sobre personagens bizarros (IMPERDÍVEL! Hehe); e no último sábado do mês, serão passados os dez melhores capítulos dessa fantástica sitcom.
05 agosto 2005
Bondade e notas
Detesto ser bonzinho. É sério. Mas, infelizmente, acabo praticando o bem. Seria eu uma boa pessoa? Não sei ao certo. Hoje, na escola, eu tinha a chance perfeita para ferrar o pessoal que não cala a boca em nenhuma aula e não tem vergonha disso - sim, aqueles alunos (e alunas) bagunceiros tão freqüentes numa sala de Primeiro Ano. Já estava anotando os nomes para passar para a coordenação, já que sou o representante da turma. Foi quando olhei para a cara de um dos sujeitos que estavam tumultuando a aula. Vi uma expressão que me deixou incomodado. Será que eu seria capaz de ser o responsável por acabar com o ano letivo da pessoa, que provavelmente levaria uma advertência ou suspensão? Teria eu coragem de fazer o tal aluno ser punido pelos pais depois que esses soubessem da indisciplina do filho?
"Será que, no fundo, eu sou uma pessoa boa?"
Outro indício foi nesse ano, pelo fato de, em todos os dias, após a última aula, eu me responsabilizar por arrumar e limpar a sala. Já percebi que muitos tratam minha atitude como mais um motivo para me chamarem de "cara politicamente correto", o "certinho" da turma. O fato de ser o queridinho dos professores também pesa.
Eu, bom exemplo? Duvido. Mas parece que estou cada vez mais próximo do rótulo de bom cristão, mesmo sendo um ateu convicto. Seria influência da minha ideologia esquerdista essas boas ações que pratico? Ou apenas exceções ao comportamento não tão bom que pratico fora de escola? Enfim, nunca saberei. Mas eu gostaria de não ser bom. Preferiria ser neutro, nem ser Yin, nem Yang. Até porque odeio maniqueísmos. Mas essa minha boa fama já se espalhou. Argh.
Mas será que ser cruel resolveria as coisas? Ou mudaria radicalmente meu rótulo para "mais um aborrecente que não dá valor à vida"? São questões demais e respostas de menos. Vou continuar lendo Nietzsche para buscar algo que, talvez, me dê a solução para essas contradições.
Mudando de assunto, será que eu subestimo minhas notas? Eu acho tão estranhos as pessoas acharem sensacional um boletim cuja pior nota é 85 e com seis notas 100, ou o fato de eu ter sido 2º colocado no simulado de 1º ano. Qual a diferença que faz o relatório de notas ou uma classificação num simulado? (pessoalmente, eu achei até fraco o meu desempenho, podia ter ido bem melhor) Será que números valem mais que pessoas? É um absurdo para mim constatar que se é mais valorizado quando se tem boas notas. O sujeito com mau desempenho nas avaliações é mau visto por todos, e isso serve até como pretexto para o professor perseguí-lo. Já vi isso em várias situações. Discordo totalmente dessa atitude de valorizar mais as notas do que o aluno em si. Claro que um bom resultado no vestibular será necessário para aqueles que querem ir para a faculdade e tentarem ser alguma coisa. Mas o conceito da sociedade do que é formação, do que é aluno bom e aluno ruim é completamente contestável. Não é papel da escola pregar que tirar uma nota boa a qualquer custo (seja decorando ou colando) é melhor do que entender de verdade os conteúdos e ter um resultado não tão bom nas provas.
Ah, aproveitem e visitem (e se cadastrem) no meu fórum definitivo: o Bone Machine.
04 agosto 2005
"Viver é repelir constantemente para longe de si aquilo que deseja morrer"
02 agosto 2005
Sem tempo
Ah, eu finalmente comprei um livro de Nietzsche, um dos filósofos mais populares da história. O cara deve ser foda, afinal, tanto direitistas, quanto esquerdistas, quanto neutros admiram ele. Além disso, os (talvez únicos) desafetos dele são os cristãos, afinal Nietzsche é ateu e odeia a Igreja. Só que, ao contrário dos ateus de boutique que tanto vemos por aí, ele (segundo o que me disseram, afinal eu vou começar amanhã a ler o A Gaia Ciência, obra dele que eu comprei) tinha argumentos convincentes e fortes. Enfim, eu vou ler e tirar minhas conclusões.
Obs.: O supermercado Bretas encheu uma caixa com CDs baratos - apenas 6 reais cada. Escavando entre as pilhas de CDs pra ver se acha alguma coisa decente, achei James Brown (get up!), Mutantes (já tenho o que achei lá) e um monte de lixo formado por pagodeiros, sertanejos e pop de baixa qualidade. Até que eu achei um CD de uma banda bacana dos anos 80: o RPM. Sim, os caras que fizeram "Louras geladas", "Olhar 43" (destruída pela regravação do KLB recentemente), "Rádio pirata" (minha favorita), "Revoluções por minuto" (com aquele solo de piano sensacional) e "A cruz e a espada" (a mais famosa, por causa daquele remake com o dueto Paulo Ricardo e Renato Russo). É uma coletânea muito boa, que cobre as 16 melhores dos caras, maaaas.... faltou uma muito boa, "Juvenília". Mas não faz mal , o resultado foi satisfatório. Sem contar o precinho camarada, hehe... (podem me achar brega por curtir RPM, mas antes eles que CPM 22 e Detonautas...)
01 agosto 2005
Lavagem cerebral
Enfim, "Além do Cidadão Kane" trata sobre o monopólio da Rede Globo sobre o Brasil, em todos os aspectos, desde a política até os programas infantis. Fica realmente provado que Roberto Marinho fazia jus à fama de monopolista e 4º poder (para os leigos, esse é o motivo da comparação com o Cidadão Kane, protagonista de um filme clássico sobre um empresário que era o rei da mídia nos EUA). As revelações são impressionantes. Eu já sabia de várias "realizações" da Globo, como eleger e derrubar um presidente (o Collorido), ignorar as Diretas Já, passar informações tendenciosas nos seus noticiários (sempre favorecendo um setor. Ex.: metalúrgicos "desordeiros" e empresários "com boa conduta", ou militares "nacionalistas e heróicos" e oposição "comunista e irracional"), tentou fraudar as eleições de 82 no Rio (vencidas pelo Brizola), entre outros fatos.
Mas ver aquilo no documentário foi chocante. Até coisas teoricamente ingênuas, como o programa da Xuxa, passam uma mensagem conformista e paternalista. A Globo fomenta a desigualdade social, colocando os pobres para assistir suas novelas alienantes e seus noticiários conservadores e governistas. Além disso, há algumas surpresas na 1h33 min de duração do mesmo, como ver Lula detonando a emissora de Roberto Marinho e com um discurso radical e honesto aos seus (velhos) ideais. É impossível considerar aquele Lula sendo a mesma pessoa que hoje se mostra fraca, covarde e sem poder de decisão.
Claro que algumas ressalvas ao (excelente) documentário devem ser feitas. A BBC (maior emissora da Inglaterra) não fez o "Além do Cidadão Kane" visando a verdade e a ética. Pelo contrário - sabendo ela que a Globo pretendia expandir seu império de comunicações para a Europa, logo tratou de esculachar com a "Vênus Platinada", chamando adversários dela (como Chico Buarque e Leonel Brizola) para criticá-la. Entretanto, o documentário, aos brasileiros, soa como um relato impressionante e realista sobre essa emissora que tanto nos manipula e hipnotiza. Muitos tentam boicotar a Globo em resposta a essa verdadeira lavagem cerebral. Eu mesmo já tentei isso. Mas parece irrealizável. Ela já controlou nossas mentes, é impossível se livrar das garras dela. Por mais que o Jornal Nacional seja mentiroso e parcial, que as novelas exibidas (especialmente "América") sejam fracas e imbecis, que "Malhação" seja um programa idiota (e que aliena os jovens a serem retardados que nem o Cabeção e a Myuki), entre outros exemplos, você SEMPRE vai assistir Globo. Por inércia. É aquela coisa de ligar a televisão e sempre se lembrar do número do canal da TV Globo. E botar nele. Você pode nem assistir, mas a TV continua ligada. Você dá audiência pra ela e mantém o sistema. Mantém a ordem, o regime reacionário e conformista que domina o Brasil. Parabéns. Plim-plim pra você.
Aí alguém pode me dizer: "mas as outras emissoras da TV aberta não são boas." (afinal, TV por assinatura é acessível só para uma minoria) Bem, vamos analisá-las. A Cultura é excelente, tem programas geniais sobre música e política. Só que ninguém assiste, justamente por ser um canal inteligente demais, enquanto 99% dos telespectadores são burros. A Record não passa de um bando de evangélicos xaropes, capitalistas selvagens e é de assustar qualquer um com suas sessões de descarrego e histórias absurdas de milagres mais absurdos ainda. A Band é fraca em tudo. Até esportes, que era um ponto forte dela, parece coisa amadora. O SBT se resume a Silvio Santos e suas idéias excêntricas. Algumas atrações são boas, mas o geral é ruim. E a Rede TV? Pânico e nada mais (a não ser que você goste do ridículo Superpop...).
Ou seja - a Globo, além de monopolista, é a opção mais agradável para o telespectador médio. Infelizmente. Faça como aquela propaganda da MTV. DESLIGUE A TV E VÁ LER UM LIVRO. Se você for analfabeto, então vá ouvir música, que também é uma boa opção.
Ouvindo um clássico do Pixies, Where Is My Mind. Recomendo a música. Se quiser baixá-la, clique aqui.