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Kaio

 

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30 abril 2009

Pacote de Abril

Chega ao fim um dos melhores meses da minha vida. Abril de 2009 foi realmente especial por vários motivos, e não custa nada fazer um top 5 deles.

5 - Atividades paralelas, como a SINUS 2009 e a campanha eleitoral para o pleito do DCE/RD, que me ajudaram a ser mais sociável.
4 - Desenvolvimento acadêmico, graças a matérias interessantes e iniciativas de tentar criar uma pesquisa.
3 - Ótimas festas, desde o Móveis Convida até a Celebrar Brasília.
2 - Primeira vez que me apaixonei para valer por uma garota desde 2005.
1 - Uma nova atitude diante da vida: mais transigente, pragmática e extrovertida.

Nem preciso falar muito sobre cada um deles. É só ler os posts abaixo para 'further information'.

No mais, meus últimos três dias foram especialmente legais.
A terça 28, por causa das aulas (HSPG foi um escracho só, TRI teve debates curiosos), a reunião da chapa 4, o reencontro com o "código" (não a via há 13 dias, e aproveitei para entregar o CD) e, à noite, o show em que fui com uma colega minha - e teve McDonald's na volta!
Ontem, 29 de Abril, em razão da aula de TPC sobre Movimentos Sociais (que é uma linha teórica menos chata do que eu imaginava), PPSE sobre partidos no Império, o debate entre as chapas (boa ocasião para diferenciar as propostas e estilos de cada uma delas), conversas incríveis... Ah, e paguei a inscrição no Politéia (agora, é torcer para ter saído com o DEM na comissão de Reforma Política).
E hoje, 30/04, porque teve Cinema Político (assisti a um filme bem esquisito, "Madeinusa"), novas medidas para ser um monitor de TPM melhor, papos hilários e um clima de 'ufa, a semana acabou!'.

Acho que vou parar por aqui. Estou bem cansado, e amanhã tem COPOL - e, talvez, Landscape ou Galleria à noite. Além disso, terei uma nova ocasião para falar com ela (d'you know what I mean?), desta vez mais abertamente. Ou seja, três eventos importantes já no debut de Maio, hein?

27 abril 2009

Caos mental hiperbólico

Não se assuste com o título pomposo do texto; I'm fine. Só queria exagerar algo que, de fato, está acontecendo na minha cabeça durante os últimos dias.

Amanhã faz 1 mês desde o início do meu 'gostar'. Eu nem precisava fazer drama sobre isso, mas, sei lá, adoro datas comemorativas, mesmo quando elas refletem malogros. 12 dias sem vê-la, oh yeah. Porém, continuo naquele estágio 'nem tão mal quanto poderia estar'. Felizmente, não me apaixonei em uma época down da minha vida, como ocorreu em 2005. Por isso, posso contrabalancear este insucesso com várias outras variáveis positivas.

Uma delas, é claro, é a vida social. Estou me arriscando mais, seja no sentido de conversar com as pessoas, como também nas saídas noturnas. Sábado, por exemplo, fui na Celebrar Brasília 2009, uma festa ao ar livre com música eletrônica pela noite inteira. Fui sozinho, a despeito de ter ligado para vários(as) amigos(as) procurando alguém para ir comigo. Porém, dei a sorte de encontrar um colega por lá, então não fiquei 'on my own' na festa.
O único problema da Celebrar foi o caráter friedmaniano ("There ain't no such thing as a free lunch") da mesma: embora anunciada como 'entrada franca' em tudo que é lugar, era preciso retirar ingresso na Chili Beans + doar um livro infantil. Achei facilmente o 2º item, mas os ingressos já haviam se esgotado. Resultado: tive que comprar de cambistas. 7 reais saiu até barato, pois vi gente pagando de 15 pra cima.
A trilha sonora estava ótima. Electro "ortodoxa", por assim dizer, em uma mistura de techno, drum 'n' bass e pitadas de outros estilos. Dancei bastante, basicamente por dois motivos:
1. I love to dance, doh.
2. Única diversão física/mundana disponível. Afinal, já que não bebo, fumo, fico ou namoro, o que me resta senão dançar?

Só fui embora umas 4 da manhã, a propósito. Resultado, acordei com o corpo moído no domingo, mas ainda deu para assistir à F1, almoçar pizza, cochilar, passar horas na internet e fazer meu fichamento de TPC (a propósito, gostei de Putnam e seu neotocquevilianismo).
Hoje, no entanto, acordei com uma obrigação que poderia muito bem ferrar com meu planejamento: terminar a prova de PB1. Acordei às 4h30, e concluí a prova às 7h40. Salvei o arquivo no pen-drive, saí correndo para a universidade e cheguei a tempo pra responder à chamada do professor e imprimir o trabalho. Modéstia à parte, mas acredito que ele ficou interessante. Qualquer dia desses posto o texto na íntegra por aqui.

No mais, tive um dia bacana. Aulas interessantes de TPC e Partidos (o que não é novidade, obviamente), encontros políticos - estou ficando mais por dentro do processo das eleições para o DCE e RD (b.t.w., para os unbistas que estiverem lendo isto: votem na Chapa 4, e visitem este blog para mais informações sobre a mesma) - e conversas gaiatas.
Além disso, decidi me inscrever no Politéia, mesmo tendo acabado de sair de uma simulação. Só espero que discutir a Reforma Política como um deputado do DEM (ou do PSDB, se não conseguir vaga pra 1ª opção) seja suficientemente divertido e elucidativo para compensar mais um mês de simulador.

Comecei a ouvir algumas bandas novas, como a inusitada Montage (única maneira de me fazer ouvir funk, pois ele está diluído em letras em inglês e fusão com electroclash e pop) e a cult Fleet Foxes. De quebra, Belle & Sebastian finalmente está se consolidando no meu cânone musical. Tentei gostar deles em 2005 (e vem dessa época minha predileção por canções como "Judy and The Dream of Horses"), mas ainda não era época de curtir 'chamber pop', sabe? Ah, também ando redescobrindo Big Star.

Por último, queria voltar a ler. Pensei que tinha voltado à ativa com "Solaris", mas foi alarme falso. Ainda estou em ressaca literária, e desta vez nem é por preguiça, é por falta de tempo mesmo. Afinal, estou a alocá-lo em leituras obrigatórias, fichamentos, controles, internet, socialização etc. Além do mais, li cerca de 100 livros entre Julho/07 e Dezembro/08, então é hora de tentar consolidar ensinamentos e sacadas que eles me proporcionaram. Au revoir.

24 abril 2009

Funny/Sad Little Frog

Algo não está bem quando você ouve, em sequência, Smiths, Los Hermanos, "Candy Says" (Velvet), "Superstar" (SY), Big Star, Elliott Smith, "Hurt" (Cash) e Portishead. Well, it really isn't.

É aquela coisa: não poder expressar demais os sentimentos, para não parecer um carente patético; mas, por outro lado, não tendo a possibilidade de ficar calado sobre isso, para não perpetuar a auto-repressão de emoções. Resumindo: eis um jogo de 'lose-'lose'.
Já não a vejo há 9 dias, e hoje foi por uma questão de segundos que não a encontrei na sala dela, depois da aula. A única vantagem disso é que pude ir mais focado ("sem distrações") para a prova de Partidos. Escrevi 30 páginas (literalmente), e acho que irei bem.

É um saco isso; passo pelo momento mais feliz e triste dos meus últimos 3, 4 anos. Feliz, porque finalmente estou me livrando da hegemonia do Kaio pseudo-autista e aprendendo a viver; triste, porque um dos pilares dessa mudança é justamente uma paixão (por enquanto) não correspondida. Tudo bem que a garota fez a melhor coisa que me poderia acontecer quando contei para ela (reagir bem e entender), mas isso não elimina a angústia.
Não que eu esteja destruído emocionalmente. Pelo contrário, meus últimos três dias foram tranquilos. Tive aulas boas, conversas interessantes, estou criando um projeto de pesquisa, voltei a considerar a possibilidade de tentar entrar pro PET... Porém, faltava só um detalhe para tudo ficar perfeito. Só que esse 'detalhe' é justamente algo que faz a maior diferença.

Ok, vamos falar um pouco mais do projeto para tirar esse post da fossa. Eis uma transcrição da folha em que eu sintetizei os pontos principais.

- Área temática: Literatura e Política no Século XX.
- Mote: "Como a arte imita a vida e a a vida imita a arte".
- Perguntas-chave: "Por que os egoístas se organizam?" e "Como os egoístas se organizam?"
- Ferramentas analíticas: Crítica Literária, Teoria Política.
Obra em que será focada a análise: "Quem é John Galt?" ("Atlas Shrugged", 1957), de Ayn Rand (1905-1982).
- Bibliografia complementar: "Ação Humana", Ludwig von Mises; "A Virtude do Egoísmo", Ayn Rand; obras de ficção científica/distopia do séc. 20, como "Laranja Mecânica", Anthony Burgess, e "Admirável Mundo Novo", Aldous Huxley; obras de crítica literária, filosofia e teoria política que estudem temáticas como as bases do individualismo moderno, pluralismo e teoria de grupos, o contexto histórico dos EUA nas décadas de 40 e 50, e como os think tanks libertários fazem 'lobbying'.
- Alguns aspectos a serem estudados:
1. Teoria das elites x Pluralismo/grupos de pressão: como atuam libertários e social-democratas em "Quem é John Galt?";
2. Concepções de democracia, liberdade e participação política no livro;
3. Confronto filosófico: egoísmo racional x subjetivismo ético;
4. A relação do indivíduo com a sociedade, e como se opera a mediação cultural;
5. Contexto histórico de Ayn Rand - keynesianismo no pós-guerra, a polarização ideológica, o objetivismo;
6. Influência da obra - sucesso editorial, referências culturais, artistas e intelectuais inspirados, organização política dos "right-wing libertarians";
7. A resposta construtivista. Críticas à visão de mundo apresentada por John Galt;
8. Distopia de um lado, utopia de outro. Conclusões.

21 abril 2009

E agora?

Então, finalmente falei com ela. Foram quase 20 dias enrolando, mas hoje não deu para continuar escondendo. O lado bom é que a revelação, assim como a reação, foram tranquilas, o que tirou boa parte do peso que eu carregava. Sinto-me até menos agitado agora. Ufa!
Agora, é tocar a vida para a frente, sem cair em monomania ou desespero platônico-pedestáltico. Continuar indo a festas, lendo, estudando, socializando etc. Aliás, agora que acabou a SINUS (mais detalhes sobre os últimos dias da mesma no próximo post), voltei à rotina, e já tenho uma tarefinha para amanhã: acordar às 4 e pouco, ler o texto do Lindblom e fazer o fichamento de TPC antes da dead-line (6 da manhã). Boa sorte para mim, e boa noite para vocês.

20 abril 2009

Spirit and feeling. Heart and soul.

Antes, uma quote dos posts que acabei de fazer pelo Twitter:

"Usando minha camiseta do Joy Division, pela 1ª vez desde nov/06. Ato simbólico para representar o fim do Kaio pseudo-autista.
Por quê? Não usar a camiseta (parei como 'promessa' depois do show do New Order) significava consentir com uma ideologia de lobo da estepe.
Logo, voltar a utilizá-la significa que, daqui em diante, "I don't give a damn" pra essas frescuras sistemáticas. "Dance to the radio!"
A propósito, hoje tem a 2ª festa da SINUS, e nessa eu vou mesmo. Espero que seja boa. =)"

Sobre os três primeiros parágrafos: pois é, quebrei aquela sina do JD. Não entendam com isso que passei a gostar menos da banda. Pelo contrário, ainda é uma das 4 de que mais gosto; talvez em #2, atrás apenas de Beatles. O problema é que ficar todos esses anos sem usar a camiseta deles (mesmo em ocasiões em que eu morria de vontade de fazê-lo) soava como submissão ao meu passado calculadamente soturno.
Sejamos mais específicos. A partir de Agosto de 2005, operaram-se várias mudanças na minha mentalidade, desde a política até o gosto musical. Além disso, foi naquela época em que me apaixonei pela última vez por uma garota antes da ocasião contemporânea. Desde então, Joy Division tornou-se a trilha sonora da vida solitária que forjei para mim. Isso foi especialmente sintomático em 2006, ano em que eu só saía pra shows de rock, como os que ocorriam no Martim Cererê. E ainda teve o show do New Order, outra banda sintomática do Kaio que era naquele tempo. Em '07, então, quase não saí, porque foi um ano de 'book worm', assim como 18 d.M., com a diferença de que este, por ser meu 1º ano de faculdade, também me possibilitou expandir minha vida social e noturna.
Eis o ponto. Entre o fim do ano passado (ANPOCS, radicalização ideológica posta em xeque, dúvidas existenciais etc.) e agora, Abril de 2009 (paixão por uma garota, extroversão assumida, combate ao 'way of life' sistemático e neurótico), estou a viver uma fase de transição, em que tenho que escolher entre continuar sendo o Kaio pseudo-autista ou deixar o Kaio 'prafrentex' ter liberdade de expressão.
Tudo indica que, finalmente, farei uma escolha pragmática na minha vida; logo, o meu eu mais dark e anti-social, além de desconstruído, também está sendo decomposto. E, hoje à noite, em um momento super banal (escolher roupa para ir na festa da SINUS), tive uma epifania de araque: "por que não usar a camiseta do Joy Division?" Aí, veio a decisão fatídica: usá-la pela primeira vez em quase 30 meses, enterrando de vez os fantasmas dos quase quatro anos em que sofri de 'excesso de superego'.
Se isso vai dar certo ou não, ainda está incerto. Para início de conversa, ainda há um outro objetivo paralelo (que as coisas dêem certo com a garota do "código"), o que complica essa auto-revolução. Porém, estou confiante, e sei que esta é uma das últimas chances que tenho na minha vida de ser uma pessoa menos frustrada consigo mesma. Então, repito: "dance to the radio!"

19 abril 2009

Auf Achse

Antes de tudo, a continuação da minha 'historinha': não, ainda não pude contar para ela. Como é besteira fazê-lo pela internet, estou esperando para encontrá-la pessoalmente - e, de preferência, em um dia mais tranqüilo.
O problema é que não a vejo há 4 dias (putz, pessoas que estão em "crush" vivem em eterna dilatação do tempo, não é?), e nem sei se ela vai poder sair nos dois dias e meio que restam antes do fim do feriado.
Até que estou conseguindo fingir meus sentimentos, mas agora estou desconfiado de que ela "já sabe", portanto também está, digamos, blefando. Será? O fato é que, embora não esteja mais tão impulsivo, ainda sinto algo forte por ela, e as músicas que me fazem pensar nela não saem da minha cabeça, mesmo quando estou escovando os dentes, esperando um ônibus ou conversando com outras pessoas. Credo, nem me lembrava que estar apaixonado podia me deixar tão monomaníaco.
No teste do OkCupid, por exemplo, mudaram até o tipo de personalidade no qual eu me encaixo. Se antes eu era o "Come-Quieto" (previsível, gentil, sexual, inexperiente), agora sou o "Slow Dancer" (previsível, gentil, romântico, inexperiente). Tudo isso porque passei a ter respostas diferentes para umas 2 ou 3 perguntas decisivas, do tipo "Se você tivesse que escolher entre ficar com o amor da sua vida e mudar de cidade/país para ter o emprego dos seus sonhos, pelo que se decidiria?".

Vamos mudar de tópico. A SINUS 2009 vem sendo bacana, embora não mude minha idéia de que esta será mnha 4ª e última simulação. Ser diretor-assistente e fazer tudo que o cargo permite (moderar com o martelo e o cronômetro, imprimir e xerocar documentos de trabalho, escrever no quadro a lista de oradores...) é uma experiência divertida. Brincar de burocrata é legal, mas, sinceramente, não gostaria de passar o resto da minha vida no setor público e/ou diplomático. Ainda continuo com o propósito de ser um intelecual (lembrando que é no sentido substantivo da palavra, e não no adjetivo): professor, pesquisador e escritor.
Já se foram 4 sessões desde ontem. Na sexta-feira, houve o treinamento de regras e a cerimônia de abertura. O EcoSoc vem demonstrando ser um bom comitê, com poucas pérolas e deslizes e muitos (as) delegados(as) com boa retórica.

Minha TV não está funcionando direito, então tive que assistir ao GP da China pela internet mesmo. Não foi tão ruim assim; tanto é que me utilizarei desse expediente nas próximas vezes em que não puder ver Fórmula 1 pela televisão.
Rubinho rodou no início da prova, e isso lhe custou uma osição para Button, que chegou em terceiro. O 4º lugar de Barrichello não foi de todo ruim, pois o manteve na vice-liderança do campeonato. Porém, lembrem-se o piloto tem agora a maior chance da sua carreira de ser campeão mundial; finalmente, possui ao mesmo tempo um bom carro e nenhum adversário fora-de-série (Schumacher). Logo, ele não pode perder terreno para seu colega de equipe logo nas primeiras etapas, do contrário desperdiçará uma oportunidade única.
No mais, Massa mais uma vez sofreu com os problemas de sua Ferrari, e abandonou quando estava em 3º lugar (ou seja, dez posições a mais do que aquela em que largou). Vettel, com todos os méritos, ganhou a corrida, consolidando-se como um ótimo corredor em condições chuvosas. E Lewis Hamilton, apesar do sexto lugar, fez algumas lambanças que o impediram, quem sabe, de conseguir um pódio.

Tenho duas provas nessa semana que se inicia - Política Brasileira 1 e Partidos. Ainda não estudei diretamente para elas, mas pretendo fazê-lo nos próximos dias (quem sabe ainda hoje).

15 abril 2009

April Skies

I mean, it's getting better. Pelo menos não fico mais surtado, e consigo conversar despretensiosamente.

Amanhã assistirei a "Procura-se Amy" no Cinema Político. Já o vi 2 ou 3 vezes, mas não custa nada curtí-lo novamente. Além de meu favorito do Kevin Smith, este foi também um dos filmes que mais me influenciou nos últimos 3, 4 anos. A mensagem que ele passa, em meio ao tom nerd-escracho, pode ser resumida em algumas frases, quase aforismos:

1. Não importa quem você ama, mas sim como.
2. O passado da pessoa importa? Só até o ponto em que você se torna paranóico(a) em relação a ele, esquecendo-se que as pessoas mudam. No final das contas, só o momento é que importa.
3. Eles(as) não me usaram; fui eu quem os(as) usou. Aquilo não teria acontecido se eu não quisesse. Você pode ter um caminho que vai de A a B, mas eu sou uma pessoa experimental.
4. Amar alguém que você considera a epítome de tudo que se pode procurar em outro ser humano.

1. Essa é tão fundamental para entender a trama que aparece até no cartaz de "Procura-se Amy". E acho que é uma 'quote' autoexplicativa, mas será aprofundada nas três demais.
2. Não é hedonismo falar que a única coisa válida em um relacionamento é o 'agora'. Pelo contrário, é sensatez, nem sempre colocada em prática pelos 'lovers'. Ficar esmiuçando o que pessoa fez 'antes' pode ser dolorido, além de destruir a confiança mútua.
3. Os dois personagens principais, Holden (qualquer semelhança com o protagonista de "O Apanhador no Campo de Centeio" não é mera coincidência) e Alyssa, têm níveis de experiência de vida bem distintos. Porém, isso não deveria ser motivo para ele se sentir inferior (ou mesmo melhor) que ela; o fato de seguirem trajetórias diferentes apenas revela que o amor não exige homogeneidade no sentido da 'bagagem' que cada um traz de sua(s) vivência(s).
4. Holden e Alyssa tiveram aquilo que, tempos atrás, eu chamaria de 'amor storge', por ser uma amizade que gradualmente virou romance. Epítome, porque há um sentido de "you complete me", mas sem (necessariamente) cair no pedestaltismo. Ele tomou a iniciativa da revelação, mas tudo indica que ela sentia o mesmo afeto por Holden.

Mudança de assunto. Embora eu não tenha mais tempo livre para ler coisas aleatórias, estou gostando bastante da maioria das matérias que peguei nesse semestre. Nem os fichamentos e controles me desanimaram. Destaques para Teoria Política Contemporânea e Partidos Políticos e Sistemas Eleitorais.

Caramba, três fins de semana seguidos em que eu saí: 28, CHUCAPOL + 29, cinema; 3, Móveis Convida + 4, Calourada; 11, Balaio. Gostaria de um 4º, a despeito da SINUS, que ocupará boa parte do meu tempo entre os dias 17 (sexta) e 21 (terça). A própria terá duas festas, uma no sábado (Wonderland) e outra na 2ª (Monstros), mas queria fazer outra coisa na Saturday night. Vou ver se combino algo com meus amigos(as).

12 abril 2009

Uma mudança de planos

Vou dar uma de FHC: esqueçam o que eu escrevi. Mais especificamente, o post anterior.
Não que eu tenha desistido da pessoa, mas percebi que a estratégia que vinha adotando era suicida. O ultra-romantismo, justamente por ser intenso, é efêmero e traz seqüelas. Em outras palavras, seria estupidez repetir meu erro de 2005: obsessão pela garota, não-reciprocidade, perda da amizade dela e, 3 semanas depois, morte súbita da paixão.
Isso parece ditado popular, mas "quem muito quer, nada obtém". Portanto, não adianta eu partir com um rompante losermânico pensando que isso vai dar certo. Este foi o grande erro dos nerds e 'inexperientes no amor' durante toda a história da humanidade, e eu não quero entrar (novamente) nesta galeria. Não quero um novo fracasso, e, vinte dias depois, perder todo o 'gostar'.

Portanto, vou continuar lidando com ela como sempre lidei: alguém com quem posso compartilhar risadas e dicas de livros e músicas. Isso não quer dizer mentir ou omitir sentimentos, mas simplesmente não agir de maneira precipitada e unilateral.
Como percebi os erros que cometia? Conversando com uma amiga minha, ontem à noite, que me recomendou largar boa parte dos planos malucos que eu tinha para a revelação; por exemplo, o encarte do CD e o 'desabafo' durante o cara-a-cara. Acho que ela tem razão, pois, se deu errado para mim fazendo do jeito ortodoxo, não custa nada tentar o jeito 'whatever'. É aquela coisa do "não tão a fim": pessoas 'fáceis' demais nunca conseguem o que querem.

Ok, vamos falar agora sobre minha Saturday night. Fui com esta amiga ao Balaio Café, e passamos a noite inteira conversando. Conheço-a desde a 6ª série, e já fomos até meio que 'inimigos' na época do Ens. Fundamental, mas com o tempo deixamos as rixas de lado, rs. A conversa foi bem equilibrada; ela falou muito da vida dela, e eu bastante da minha. E as dicas preciosas que ela me deu sobre relacionamentos me levam a ampliar aquele ditado que bolei mês passado por aqui: "é hora de ser menos Smiths e mais Suede", mas também "menos Werther e mais John Galt, menos Los Hermanos e mais Franz Ferdinand". Ou, melhor ainda, parar de ficar comparando sua vida com bandas e livros, que tal? Afinal, a guerra ao Kaio quixotesco está declarada. Tchau.

09 abril 2009

If She Wants Me

Realmente o "código" mexeu comigo. Ainda não sei como farei este post, mas uma coisa é certa: ele será sobre o tal assunto "você-sabe-o-quê". Há três anos que eu não sentia isso. O episódio de 2006, olhando em retrospectiva, nem merece entrar na estatística, afinal foi muito mais uma idealização pedestáltica (e relâmpago, pois durou só umas 2 semanas e meia) que qualquer outra coisa. Portanto, voltamos ao segundo semestre de 15 d.M., última vez de fato em que eu era cometido por essa... sensação.
Olha, nem sei mais o que fazer e não fazer, como dizer e aceitar a (muito provável) rejeição, muito menos o que será de mim depois da revelação. Porém, já estou passando pela terrível "espera", vontade imensa de falar com a pessoa, mesmo que seja pela internet. Estou gravando um CD para ela justamente para centrar meus esforços em alguma atividade mais, hã, 'produtiva'. Escolhi 15 faixas que sei que ela gosta, mais 4 que eu deduzo que ela possa curtir. Também estou escrevendo uma cartinha bem à la Elizabethtown (filme que tanto eu quanto ela adoramos) para vir como encarte do álbum. Mal posso aguardar pela próxima vez em que a verei (tomara que seja nesse fim de semana), para entregar o CD e aproveitar para, 'cara-a-cara', abrir o jogo para ela.
Sei que este é o momento para a revelação. Já fui sensato o suficiente para não dizer logo de cara (o que seria um desastre certo), erro que cometi tanto em 2000 quanto em 2005. Além disso, conheço-a há 8 meses, mas só passei a vê-la com outros olhos nas últimas duas semanas. É incrível o fato de que saí com ela tantas vezes (livrarias, shows, ajuste de matérias, caminhadas despretensiosas) e não tinha ainda realizado que eu sentia algo forte, que não era mera amizade. Sinal de que tive tempo para "amadurecer" meus sentimentos. Normalmente, eu chamaria isso de 'amor storge', mas percebo cada vez mais que preciso ser menos teórico nesses assuntos ("existe ou não razão nas coisas feitas pelo coração?"). Isso atrapalhou-me muito nas ocasiões passadas, e não quero repetir este erro.
A garota em questão tem tantas características que se encaixam naquilo que eu chamaria de 'ideal' que acho até tolice minha continuar com estas comparações abstratas. Ela é real, e ponto final. Justamente por isso gosto tanto dela: não precisei recorrer à minha imaginação para encontrar uma pessoa tão fantástica que mexesse com meu coração. Fico surpreso por ainda estar equilibrado, mesmo que dividido entre o sentimentalismo e as tentativas (em vão) de racionalizar meu 'gostar'.
Não sei no que tudo isso vai dar, se eu reagirei bem a um "não". Será que vou ficar arrasado, e chorar por uma garota pela 1ª vez em mais de 40 meses? Ou pelo contrário, aceitarei tudo tranqüilamente para pelo menos não perder a amizade dela? Imagino que ela ficará perplexa, mas vai compreender que dei muitas 'dicas' do meu afeto por ela nos últimos dias e semanas. Agora, se for um "sim" (algo remoto e improvável, é claro)... sei lá, vou desmaiar, rs.
Acho que este é um momento decisivo do meu ano. Algo como a chance perfeita para que eu volte a ser humano, com coração e alma, independentemente do que vier a acontecer. A seguir, uma boba analogia ao livro: será que César encontrou a sua Júlia? I don't know...

06 abril 2009

Notas de rodapé

4.3. Eu sei que BBB9 não é arte, mas como televisão é uma forma de expressão de idéias, emoções blá blá blá, acho que não chega a ser um sacrilégio colocá-lo como um dos adendos ao tópico da "vida artística". O fato é que esta edição está sendo uma das melhores da história do programa, e o próprio desfecho corrobora para isso. Estou falando da eliminação de Ana (4º lugar, suck it, Veruca Salt!) e à chegada à final dos três melhores participantes desta edição: Priscila e sua maturidade, Francine e sua extroversão e aquele por quem torço há umas 6 semanas: Maximiliano e seu jeito cerebral. Gostaria de ver o Max como vencedor, mas sei que a Pri cresceu muito em popularidade nos últimos dias, o que tornará esta disputa a mais equilibrada dos últimos tempos (lembrando também que é bem possível que Fran leve mais ou menos 25% dos votos). Então, é expectativa até o último segundo do programa de amanhã.
2.3. Ok, isso começou na sexta, aprofundou-se no sábado e hoje virou uma certeza. 8 meses e só agora que fui "ver com outros olhos". Mas, vocês não vão ficar sabendo o que é, a não ser por um código bobinho: dois últimos versos da segunda faixa do 2º álbum daquela banda brasileira influenciada por Weezer e Smiths que está em recesso. Quando eu ler isso, no futuro (imediato ou remoto, whatever), vou poder identificar se deu certo ou não, se foi em diante ou malogrou. Boa noite, folks.

04 abril 2009

Sacal e banal

Credo, de novo passei quase um mês longe de Racio Símio. E o pior, desta vez nem foi pela falta do que escrever, afinal passei os últimos 30 dias postando quase diariamente no meu Twitter. O problema é que fiquei tão acostumado como o "jogo rápido" do mesmo que deixei de lado postagens mais longas e elaboradas.

Então, tudo vem sendo ótimo nesse início de 3º semestre universitário. A vida social em expansão (cinema, CHUCAPOL, Móveis e hoje haverá a Calourada), a vida pessoal em reflexão (sim, continuo naquele período em que não sei se vale a pena manter o 'old-school' Kaio ou tentar novas abordagens), a vida acadêmica em reestruturação (fichamentos, matérias densas e muitas leituras e debates) e a vida artística em estagnação (conheci bandas novas e descobri bons livros, mas ainda não me organizei o bastante para aproveitá-los).

Vamos falar mais um pouco sobre cada uma das minhas 4 vidas.
1.1. Além do já citado cinema de 7 de março (fui ver "Watchmen" com uma amiga), quinze dias depois fomos em uma sessão dupla, e assistimos a "Gran Torino" e "Pagando bem, que mal tem?". Gostei muito de ambos; o primeiro, pela capacidade de Clint Eastwood em moldar filmes fortes, inteligentes e tocantes, e o segundo em razão do humor típico dos filmes de Kevin Smith: escrachado, boca-suja e sempre com um pingo de 'romantismo nerd'. Realmente, ir mais ao cinema compensa todos esses anos que passei sendo um "cinéfilo esporádico de Telecine".
1.2. Fui ao meu primeiro CHUCAPOL, e a experiência foi legal, porém estranha. Estar sóbrio em meio a dezenas de pessoas ébrias é uma atitude que beneficia a lucidez e consciência, ao mesmo tempo que dá uma sensação de deslocamento, em alguns momentos até de isolamento. Porém, tentei socializar, e até dancei: felizmente, o DJ tocou duas horas de house/techno, antes de prosseguir pelos costumeiros funk/axé/brega. Resultado, diverti-me bastante no dancefloor, rs. Ainda não sei se irei nos próximos churrascos de POL, mas pelo menos agora já sei o que esperar (positiva e negativamente) deles.
1.3. Ontem teve show (de graça!) dos Móveis Coloniais de Acaju, além de três bandas convidadas: os 'headbangers' Black Drawing Chalks, o hardcore cômico do Galinha Preta e o post-rock/instrumental do Macaco Bong. Foi uma ótima noite, dancei muito (mesmo exausto, ainda fiz a 'dança da mosca tonta' até a penúltima faixa do show dos Móveis, a clássica "Seria o Rolex?"). A chuva forte quase estragou o dia, mas me curei do ensopamento após algumas horas de festival. Só fui embora às 4 da manhã, e ainda dei uma passada junto com outros colegas lá no CA, para uma espécie de happy hour. Estava com tanto sono que nem consegui ver o treino de F1, mas tudo bem, a corrida eu não perco!
1.4. Pois é, vou ter que trabalhar na Calourada, tendo em vista que o CAPOL é um dos principais organizadores do evento. Meu turno no bar (ou no caixa, a definição das tarefas ainda não foi feita) vai das 21h às 1h, o que me fará perder os shows do Brown-Há e do Pedra Letícia, mas que não me impedirá de ver O Teatro Mágico ao vivo (a performance deles é a última da noite). Espero que, mesmo com o trabalho, eu possa ter uma boa noite-madrugada de sábado (e, é claro, que dê tempo de ver Fórmula 1 amanhã).

2.1. Como deu para perceber no tópico anterior, nesse ano já me deparei com algumas situações em que poderia ter rompido com a hegemonia do "Kaio sem id e/ou com superego exacerbado". Claro que é naturalmente muito bom poder me divertir de forma abstêmia, limitando-me a refrigerantes e amizades assexuadas. Porém, será o que o mundo fora de minha caverna (aquele em que há álcool, drogas, sexo, relacionamentos) é mesmo melhor que o "conforto sem excessos"? Os próximos 9 meses desse ano ainda hão de me trazer a resposta para essa e outras dúvidas.
2.2. Em compensação, continuo satisfeito com meu estilo de vida. Ando saindo mais do que costumava, e nem por isso deixei de lado as nerdices e os estudos. Não há motivos para ficar tão paranóico em relação a um cenário que passa longe de ser complicado.

3.1. Pois é, tenho que fazer fichamento para TPC (talvez a melhor do semestre), controle de leitura para Partidos (#2, aulas bem dinâmicas) e 'exercício especial' para TRI1 (matéria interessante). HSPG e Lit. Polonesa já não me exigem tanto - a primeira, pela picaretagem; a segunda, por me 'obrigar' a ler sobre a história da literatura na Polônia. Já PB1 às vezes possui um tom de 'sociologia socialista', mas tem seus bons momentos.
3.2. O único problema acadêmico que encontrei nesse 3º semestre de UnB foi a falta de tempo para minhas leituras e planos extracurriculares. Ainda quero fazer aquele grupo de estudos (literatura sci-fi e pensamento político no Século XX), e até já marquei uma data provisória para o primeiro debate (8 de Maio), mas ainda preciso me organizar melhor nesse mês para ter tempo de fazer outras coisas além de estudar para as matérias.

4.1. Meu gosto musical continua sua guinada para o art rock, mas também abrangendo a eletrônica e bandas contemporâneas. Porém, só poderei dar nome as bois assim que puder me dedicar mais à ampliação de meu leque de bandas no WMP e Last.FM.
4.2. Só li seis livros desde o início do ano, uma marca lamentável. Porém, nem vou ficar comentando muito isso, afinal linhas atrás eu mesmo disse que tenho que ser menos neurótico. Portanto, vamos encerrar logo este post. Tenham uma boa tarde.