Spirit and feeling. Heart and soul.
"Usando minha camiseta do Joy Division, pela 1ª vez desde nov/06. Ato simbólico para representar o fim do Kaio pseudo-autista.
Por quê? Não usar a camiseta (parei como 'promessa' depois do show do New Order) significava consentir com uma ideologia de lobo da estepe.
Logo, voltar a utilizá-la significa que, daqui em diante, "I don't give a damn" pra essas frescuras sistemáticas. "Dance to the radio!"
A propósito, hoje tem a 2ª festa da SINUS, e nessa eu vou mesmo. Espero que seja boa. =)"
Sobre os três primeiros parágrafos: pois é, quebrei aquela sina do JD. Não entendam com isso que passei a gostar menos da banda. Pelo contrário, ainda é uma das 4 de que mais gosto; talvez em #2, atrás apenas de Beatles. O problema é que ficar todos esses anos sem usar a camiseta deles (mesmo em ocasiões em que eu morria de vontade de fazê-lo) soava como submissão ao meu passado calculadamente soturno.
Sejamos mais específicos. A partir de Agosto de 2005, operaram-se várias mudanças na minha mentalidade, desde a política até o gosto musical. Além disso, foi naquela época em que me apaixonei pela última vez por uma garota antes da ocasião contemporânea. Desde então, Joy Division tornou-se a trilha sonora da vida solitária que forjei para mim. Isso foi especialmente sintomático em 2006, ano em que eu só saía pra shows de rock, como os que ocorriam no Martim Cererê. E ainda teve o show do New Order, outra banda sintomática do Kaio que era naquele tempo. Em '07, então, quase não saí, porque foi um ano de 'book worm', assim como 18 d.M., com a diferença de que este, por ser meu 1º ano de faculdade, também me possibilitou expandir minha vida social e noturna.
Eis o ponto. Entre o fim do ano passado (ANPOCS, radicalização ideológica posta em xeque, dúvidas existenciais etc.) e agora, Abril de 2009 (paixão por uma garota, extroversão assumida, combate ao 'way of life' sistemático e neurótico), estou a viver uma fase de transição, em que tenho que escolher entre continuar sendo o Kaio pseudo-autista ou deixar o Kaio 'prafrentex' ter liberdade de expressão.
Tudo indica que, finalmente, farei uma escolha pragmática na minha vida; logo, o meu eu mais dark e anti-social, além de desconstruído, também está sendo decomposto. E, hoje à noite, em um momento super banal (escolher roupa para ir na festa da SINUS), tive uma epifania de araque: "por que não usar a camiseta do Joy Division?" Aí, veio a decisão fatídica: usá-la pela primeira vez em quase 30 meses, enterrando de vez os fantasmas dos quase quatro anos em que sofri de 'excesso de superego'.
Se isso vai dar certo ou não, ainda está incerto. Para início de conversa, ainda há um outro objetivo paralelo (que as coisas dêem certo com a garota do "código"), o que complica essa auto-revolução. Porém, estou confiante, e sei que esta é uma das últimas chances que tenho na minha vida de ser uma pessoa menos frustrada consigo mesma. Então, repito: "dance to the radio!"