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Kaio

 

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29 abril 2006

Incubation

1. Pô, You Tube é legal pra caramba. Nunca mais vou precisar do eMule pra baixar clipes.

2. A mudança de classe, surpreendentemente, fez muito bem para mim. Mesmo estando em uma sala BEM mais bagunçada e barulhenta do que a outra, meu comportamento melhorou sensivelmente - prestei atenção até nas aulas de Física, não tive nenhuma dúvida na matéria de Química e História (provavelmente, vou obter ótimas notas nas provas que fiz ontem), não ouvi discman em nenhuma aula (uau! =D), não amolei nenhum professor e sobrou tempo até para ler Lolita nos intervalos!

3. Falando em Lolita, esse é um livro realmente atípico. Nabokov tem uma técnica narrativa muito boa - ele consegue descrever de uma maneira fascinante o comportamento de um pedófilo, e todas as idiossincrasias, as taras, a auto-indulgência e a loucura mental do protagonista, Humbert - e o pior (ou melhor): você torce para que tudo "dê certo" entre ele e a ninfetinha! Talvez a obra desperte o lado pervertido de todos que a lêem...

4. Preciso de idéias - tenho que escrever 3 textos - dois para o jornal do colégio (quero fazer um sobre a política de cotas nas universidades e outro sobre a história da música eletrônica, do Kraftwerk às trances) e um para a redação que devo entregar semana que vem (sobre as eleições presidenciais e a falta de candidatos de direita). Publicá-los-ei (se algum tecnocrata for comentar no blog, corrija-me se essa mesóclise estiver inadequada) no Raciosímio também.

5. Falando em direita e esquerda, vou dar uma pincelada no tema - já notaram que todos os presidenciáveis, até agora, são de centro-esquerda (seja social-democrata e chuchu como Alckmin e Cristovam Buarque ou populista e paternalista como o Lula e Garotinho) ou extrema-esquerda (Heloísa Helena)? Não que eu ache que precisamos de um governo de direita, mas pelo menos esta deveria marcar presença, ao invés de ficar só na internet, falando de federalismo, acusando a existência de conspirações comunistas ou babando o ovo do Olavo de Carvalho... olha que os vermelhinhos e os babacas patriotas podem ganhar outra eleição... ainda mais se o Brasil ganhar a Copa (e eu espero que não; estou torcendo para Inglaterra, Itália ou Argentina levarem o caneco e derrubarem essa prepotência dos tupiniquins).

6. - Kaio, do que você tem mais medo?
- De mim.

26 abril 2006

I started something I COULD finish

1. Viciado em Smiths. Bem, já o fui em meados do segundo semestre do ano passado, mas voltei por razões que nem eu sei explicar. E nem deveria, já que música é emoção e sensibilidade, racionalizá-la é impossível. Mas de uma coisa eu não duvido - letras são a coisa mais importante. A melodia deve girar em torno da letra, e não o contrário. Quando combinam perfeitamente, o resultado é, no mínimo, satisfatório. E os líderes dos Smiths sabiam fazer isso muito bem - os versos melancólicos e ácidos de Morrissey encaixavam-se perfeitamente com os riffs da guitarra de Johnny Marr.
Minhas favoritas deles são: 1. Death of a Disco Dancer; 2. Bigmouth Strikes Again; 3. Stop me if you think that you've heard this one before; 4. Ask; 5. How Soon Is Now?; 6. This Charming Man; 7. Unhappy Birthday; 8. The Boy with the Thorn in his side; 9. I Know it's over; 10. Sheila take a bow.

2. Kant é bem claro na hora de explicar a diferença entre a razão empírica e a razão pura e entre os juízos sintéticos e os analíticos. As analogias à física e a matemática foram bem interessantes. Estou bem animado com a leitura de sua obra.

3. Comecei a ler o livro mais pedófilo da história - "Lolita". Impressionante, o protagonista se excita só de passar a mão na perna da ninfeta... e o Nabokov consegue descrever cada cena de uma maneira tão envolvente e impressionante que quem lê se sente também um pedófilo... outra coisa - estou certo de que o autor leu muito sobre psicanálise (especialmente Freud), o próprio personagem revela seus complexos e traumas, que acabariam por levá-lo a esses atos, digamos, "impuros". =D

4. Ah, sobre o título do post... é que eu consegui sair da sala dos "50 melhores em notas" do meu colégio. E não foi por notas (longe disso, tirei 100 em Português, Inglês, História e Geografia, entre 90 e 99 em cinco matérias e apenas uma nota abaixo de 90 - Matemática, 82), mas sim por "comportamento inadequado" - entenda-se como isso ouvir discman na frente dos professores, tentar desbloquear sites proibidos no PC do colégio (orkut, MSN, Blogger...), ser subversivo perante as 'autoridades' do colégio, uso excessivo de ironia e sarcasmo, etc. Não, não sou revoltado - volto a repitir isso. Apenas não quero me deixar levar pela soberba e achar que "tudo está perfeito". Preferi ir para uma sala 'pior', mas com seres humanos, do que continuar como robozinho obcecado por estudos. E pretendo continuar a resistência no 3º ano - o que não será difícil, já que o curso que eu quero (Ciência Política) tem concorrência baixa e não exigirá muito esforço de mim.
Estou feliz. Sou o tijolo colorido do muro. Hehehe. Péssima metáfora...

23 abril 2006

Cavaleiros do Zodíaco e o Rock

Retirado de um post inútil que eu fiz dia desses no orkut:

"Os cinco cavaleiros de bronze dariam ótimos roqueiros. Duvidam?
Ikki se assemelha muito aos devotos do black metal - tem pacto com o diabo, é mau e impiedoso (que medo!), mata todos que passam pelo seu caminho e é metido a machão.
Shun é a síntese do emocore - chorão, fresco, já tentou agarrar Hyoga e seu cabelo é verde. Uau! =D
Hyoga parece um indie, por ser metido a intelectual, arrogante, tem uma franjinha e é russo!
Seiya gosta de um pop rock de baladas - chato, se acha o maior herói, é romântico e vive cercado de fãs e pretendentes. Um perfeito Bon Jovi dos animes.
E o Shiryu? Ele é um roqueiro clássico - cabeludo, hedonista, vive sempre ao extremo (e nunca deixou de estar à beira da morte), e já enfrentou um seguidor do Hare Krishna."

21 abril 2006

Considerações kaionistas - parte 2

Pauta do dia - FILOSOFIA DE BOTEQUIM

Comentarei, a seguir, algumas obras que eu estou lendo - sim, adoro ler vários livros ao mesmo tempo, não consigo ficar preso em só um. Afinal, pedantismo é uma das artes mais apreciadas por minha pessoa.

- "Crítica da Razão Pura" (Immanuel Kant): esse alemão é um dos ícones da corrente filósofica "Idéias complicadas, mas que mudaram o mundo". Pensadores tão diferentes como Schopenhauer e Hegel foram influenciados por Kant. E não é para menos - ele consegue desenvolver muitos bem seus argumentos, sempre com muita coesão. Na obra, ele tenta achar um elo entre a razão absoluta (defendida por Descartes, por exemplo) e a razão empírica (maior expoente - John Locke). Boa parte do seu pensamento é sintetizado na seguinte frase: "A razão deve ir ao encontro da natureza, para ser por esta ensinada, é certo, mas não na qualidade de aluno que aceita tudo o que o mestre afirma, mas sim na de juiz investido das suas funções, que obriga as testemunhas a responder aos quesitos que lhes apresenta".

- "A República" (Platão): a Bíblia dos ociosos. Platão prova que o mundo é das pessoas que apreciam o ócio criativo, ou seja, que aproveitam o tempo livre pra discutir filosofia, política, ética, comportamento, leis, entre outros assuntos. O método da ironia de seu mestre Sócrates pode ser controverso, mas serviu para derrubar sofistas (apesar de que eu os admiro, por terem criado o pedantismo). Que venha a sofocracia!

- "O Idiota" (Dostoievski): ainda estou na página 116, mas já percebi alguns fatos notórios - 1. São centenas de personagens, vou demorar anos para decorar o nome e o apelido de todos eles; 2. A história é bem envolvente, tanto quanto a das obras primas do autor, "Crime e Castigo" e "Os Irmãos Karamazov"; 3. Míchkin é um Dom Quixote russo e epilético; 4. A análise psicológica que o autor faz de sua época é impressionante.

- "Lavoura Arcaica" (Raduan Nassar): personagens profundos, ritmo frenético (o autor não usa pontos para encerrar períodos, só vírgulas, o que dá uma sensação de ação contínua, sem pausas), enredo bem bolado, incesto, diálogos matadores... ah, se todos os livros fossem assim, o mundo seria bem melhor.

18 abril 2006

Considerações kaionistas - parte 1

Pauta do dia - A ROBOTIZAÇÃO DOS ALUNOS

Nota-se uma discrepância no sistema educacional privado do Brasil (nossa, que início onipotente! Gostei) - a negação do indivíduo, e o principal motivo para isso é o vestibular. Viramos criaturas que se preocupam excessivamente com números e resultados, e chegou-se a um ponto em que ou nos adequamos a isso, ou estamos fadados a ir pra fila do desemprego.
Viramos monomaníacos por estudar - robôs sem sentimentos, cuja "assistência técnica" são os professores. Só nos importamos com o sucesso profissional, este passou a ser um valor mais importante que a individualidade e a criatividade. Qualquer fuga dessa realidade é mal vista, o maniqueísmo "alunos que passam em vestibulares / alunos que não passam" chegou ao ápice.
Se eu fosse apontar o principal motivo para isso, seriam, muito provavelmente, as próprias escolas particulares. São elas que financiam a permanência dos vestibulares, e burocratizaram a mera passagem do aluno de Ensino Médio para a faculdade. O modelo americano de entrevista com os reitores e testes que são apenas parâmetros (e não a "peneira" que seleciona) é bem mais interessante, mas os tupiniquins preferem continuar com essa tecnocracia, afinal, no século XXI, a técnica superou a principal função da escola: a transmissão de conhecimento.
A globalização é um "capitalismo comunista", pois homogeneizou tudo, ao invés de facilitar a circulação de idéias e informação. Nisso, a esquerda venceu a direita, por incrível que pareça - o coletivo e o suposto 'bem-estar' esmagaram a liberdade de cada um.
Estudamos inúmeras coisas objetivas (e inúteis) na escola: nas ciências humanas, a informação e o senso comum superaram a formação e o bom senso; nas exatas, a teoria é mais valorizada que a prática; e nas biológicas, detalhes e notas de rodapé valem mais do que o pleno entendimento dos estudantes.
Não se preocupem - tudo isso que eu citei é em nome de uma "democracia nefasta", afinal, somos todos uma massa de manobra, meros tijolos no muro. No muro do sistema educacional falido que é o do nosso querido Brasil, a república dos bananas. E quem ousa levantar a voz contra isso? Ninguém, afinal é mais bonito dizer que é punk ou comunista do que realmente levantar-se do sofá e fazer algo pelo mundo. Que sejamos felizes nesse admirável mundo novo do século 21.

16 abril 2006

Seven Years

16 de Abril de 2006. Há sete anos, ocorreu o dia que mudou boa parte da minha vida. Uma epifania, diria eu.
Naquele décimo sexto dia do mês de abril de 99, era uma sexta-feira, aniversário de um amigo meu. Eu estava eufórico, pois seria a primeira festa que eu iria sozinho. Encontrei vários colegas de escola lá, me diverti bastante, comi um monte de doces e salgados, me entupi de Coca Cola e... e... conheci a T. (abreviação do nome dela). Estava muito bem vestida, com um sorriso cativante. Conversamos muito na festa, e eu fiquei fascinado com ela. Percebi que o instinto animal pesou sobre mim, e fiquei encantado com T. Nunca mais fui o mesmo. O garotinho, que dias antes jurava que jamais namoraria, mudou de idéia.
Insisti na amizade com ela. Até decidi fazer basquete para ficar mais tempo com T. Ainda me lembro de algumas datas, como 29/04/99, o dia em que estudamos juntos a classe morfológica dos substantivos. Eu nunca tinha me sentido tão feliz na minha vida. Cheguei a convidá-la para o meu aniversário, mas ela teve que viajar nas férias (29 de junho, naquele ano, já era no recesso escolar); contudo, ela me surpreendeu (positivamente) - ligou para mim no dia do meu 9º aniversário.
Ninguém tinha percebido a minha paixão até um certo dia de agosto daquele ano, quando a professora notou que eu sempre sentava na mesma fila com ela. No início, o pessoal da sala falava em tom de brincadeira que eu gostava da tal garota, mas não demorou muito para perceberem que era algo sério - sim, sério. Não é porque eu ainda era bem jovem que não poderia ter um sentimento "adulto".
Na festa à fantasia de uma colega de classe, passei o tempo inteiro com ela. Um outro menino de minha turma também não desgrudava - eu cheguei a pensar que ele gostava dela, mas era só amizade. O ano acabou, mas eu continuava obcecado por ela. Aliás, por ela e pelos monstrinhos de bolso, como bem definiu minha mãe em certa oportunidade, quando disse "Kaio, você só pensa em Pokémon e T. !"
2000 foi um ano mais complicado. Amadureci muito rápido, e já me considerava um adolescente. Talvez fosse verdade, já que sempre estive á frente dos meus colegas no desenvolvimento intelectual. E a T., também. Aliás, eu e ela éramos os dois melhores nas provas. Acho que ela "ganhava" de mim em Biologia e Português, e eu, em Geografia e História.
Não namorávamos nem nada - era um amor (ou paixão) quase platônico; eu achava que era unilateral, mas, em 2004, uma amiga minha me disse que a T. também gostava um pouco de mim. Mas, no meu caso, era mais do que gostar. Virou quase uma monomania. Toda noite, eu sonhava com ela. Não imaginava meu futuro sem T. E foi justamente por essa disparidade que nada poderia dar certo. Ao contrário do The Sims, você não pode manipular relacionamentos visando igualar a intensidade do amor de cada um dos envolvidos.
Apareceu um concorrente - o rapaz era filho de pessoas famosas, riquinho, esnobe, metido - um verdadeiro cafajeste (não digo isso pelas costas; eu falei isso na cara dele em uma oportunidade. Ganhei um soco no estômago, e ele, uma advertência da coordenadora). Ele parecia ser interessado na T., mas era só por diversão. Tudo ficou mais claro na festa de 10 anos dela, na metade daquele ano, aliás, um dos momentos-chave desse período. Eu me esforçava cada vez mais para conquistá-la - convenci minha mãe a comprar um colar para ela, e fui até amigável com a mãe de T. (eu nunca tive preconceito com "sogras"). Para a surpresa de todos, cantaram o "com-quem-será" duas vezes - uma com o cara interesseiro, e outra comigo. Só que estava claro que só eu que realmente a amava. O tal sujeito, aliás, "ficou" com uma menina na festa, dentro de um carro. Ridículo. No final da festa, ocorreu o contato físico - beijei o rosto dela.
No segundo semestre, meu sofrimento continuou - e ainda havia quem achasse que eu estava sendo cruel com ela ao deixar subentendido que queria ser correspondido. Pessoas que dizem isso não se colocaram no meu lugar. Hoje, eu me vejo quase como um Werther. Aliás, foi ela quem me indicou Legião Urbana, que até hoje é uma das minhas bandas brasileiras prediletas (acho que a primeira que eu ouvi após a dica da T. foi "Pais e filhos").
No final do ano, fiquei sabendo que ela (e 60% da turma), graças a uma 'modinha', iriam estudar de manhã; eu optei por continuar no turno vespertino. Seria uma boa maneira de tentar esquecê-la, e seguir em frente. Mas as conseqüências já eram refletidas na minha personalidade - mais recluso, menos otimista, mais viciado em videogames - a minha paixão por games só acabaria em meados de 2003, quando eu comecei a ouvir Beatles e ler livros sobre história e política.
Encontrei a T. novamente em raríssimas oportunidades. E não perdi a chance de "exorcizar os dêmonios do passado": em 2002, eu estava na biblioteca, e ela também; conversando com meus amigos, falei que não aguentava aquela gaga (sim, T. era gaga, mas eu nem ligava pra isso). Ela ouviu, e veio tirar satisfações comigo. Nem discuti, ouvi tudo com um cara bem cínica. Se a magoei ou não, isso já nem me importava. Por mais irracional que fosse minha atitude, eu precisava fazê-la para tentar esquecer tudo.
Não adiantou muito. Passaram-se os anos, e eu nunca namorei uma garota - cheguei a gostar de uma ou outra, mas era apenas uma atração passageira, de no máximo, 1 ou 2 semanas. O máximo que ocorreu foi por L., entre outubro e novembro de 2005, em que eu voltei a sentir uma paixão impulsiva por alguém. Felizmente, consegui esquecer tudo, virou mera 'nota de rodapé' na minha vida.
O trauma de ter sido desiludido em relação ao amor tão novo ainda me assombra. A garota em si, já nem gosto mais, mas criei uma espécie de restrição a relacionamentos amorosos. Voltei à estaca zero - a idéia de ficar solteiro pelo resto da vida voltou a ser considerada. Não vou fugir dessa realidade, não pretendo enganar a mim mesmo. "Isolation, isolation, isolation..."
Post antecipado na data (já que hoje é dia 15), porque eu não poderei usar o PC amanhã.

10 abril 2006

PI, com orgulho!

Hoje de manhã, durante a aula de Química, escrevi uma letra pra banda. Espero que não tenha ficado uma porcaria completa:

PSEUDO-INTELECTUAL
(Kaio Felipe)

Eu leio Nietzsche, Freud e Kant
Mas, no fundo, sou um pedante
Sou metido a filósofo
Mas pareço um acéfalo
Já tentei escrever um ensaio
Em que provaria que sou um lacaio
Quero que todos me compreendam
Não digam que não me entenderam!

Sou um pseudo-intelectual
Quase um animal irracional
Sou um pseudo-intelectual
Ainda acho que sou o maioral

Juro que curto psicanálise
Mas nem sei o que é prófase
Sonho em ser erudito
Tudo que eu ouço, eu repito
Acho que tudo é decadente
Vou morrer como indigente
Ler livros é minha paixão
E refúgio pra falta de razão!

Sou um pseudo-intelectual
Quase um animal irracional
Sou um pseudo-intelectual
Ainda acho que sou o maioral

09 abril 2006

1, 2, 3, go!

Ah, hoje é o primeiro ensaio da banda da qual faço parte - Catharina e os Lovecats. Eu, como vocalista, letrista e messias, tratarei de cumprir bem o meu papel. Como ainda não temos envergadura moral pra escrevermos letras próprias, optamos por tocar seis covers:
- Gigantic, do Pixies (eu e Catharina cantaremos)
- Transmission, do Joy Division (eu canto)
- Song 2, do Blur (eu canto)
- Quem Sabe, dos Los Hermanos (o guitarrista Gino e Catharina cantarão)
- Boys Don't Cry, do The Cure
(eu a Catharina cantaremos)
- Helter Skelter, dos Beatles (Catharina cantará)
Assim que estivermos com material próprio, iniciaremos a grande missão da banda - romper com toda a estrutura tradicional do Rock. Não haverão barreiras para o nosso trabalho vanguardista! Irmãos, esperem pelo inesperado! Hohohohohoho...

07 abril 2006

Kaionismo?! Sim, Kaionismo!

Já decidi o que vou fazer pra ficar menos entediado - criarei meu próprio pensamento filosófico. Não será uma doutrina política ou religião, porque pra isso, já existem coisas mais infantilóides, como o cristianismo, o islamismo, o marxismo e o liberalismo. Mas nunca, NUNCA alguém se arriscou a criar idéias que não fossem dogmas, mas apenas... idéias. Segui-las ou não, isso cabe a quem apoiar o Kaionismo. Que não haja silêncio - manifestem-se, seja positiva ou negativamente! Falem bem ou falem mal, mas falem de mim!

Não, não é outro surto de arrogância. É uma idéia.
Epa, peraí, idéia?
Eis a primeira das teses kaionistas:
I - NÃO SE IMPORTARÁS EM SER ARROGANTE E PRETENSIOSO, INDEPENDENTE DA SITUAÇÃO.
Meus nobres colegas, vocês ainda devem estar se perguntando: "O que esse moleque pretende dizer com isso"?
Oras, a resposta é muito simples - sejam vocês mesmos. Pouco lhes importa se sua mãe ou seu pai acha que você é muito egoísta. Muito menos, se os seus amigos te consideram um sujeito mesquinho, pão-duro e convencido. E absurdamente menos ainda se você mesmo acha que não passa de um egomaníaco. O que importa é que VOCÊ tem auto-estima, e os outros não. E é por isso que eles te condenam - por pura inveja! Ó, como são pusilânimes!
Doravante, não se intimidem em dizer "Vou fazer isso porque eu me acho o máximo".
Música indicada para explicar a tese 1: "I Wanna Be Adored" (Stone Roses)


Outra coisa: cansado de fingir ser bonzinho só pra ser o queridinho dos professores? Frustrado por ter que mentir para alguém, só para não magoar? E indignado por ter que dizer que é uma pessoa honesta e justa, para posar de bom cidadão?
II - SERÁS FRANCO, E NÃO TERÁS MEDO DE VENCER O FALSO MORALISMO E A HIPOCRISIA ALHEIA.
Critique para ser criticado. Xingue para ser xingado. Seja sincero e exija sinceridade dos outros. Não ignore, entretanto, um fato - quando alguém falar mal de você na sua cara, no primeiro momento, você ficará furioso; com o tempo, você perceberá que a outra pessoa estava um pouco certa. Nesse caso, peça desculpas pela sua incompreensão. Ou jogue um ovo podre na cara dela e ria descontroladamente. Dá na mesma.

Música indicada para explicar a tese 2: "Parklife" (Blur)

Que mais? Que mais? Ah, sim, sobre política!
III - TERÁS DISCUSSÕES GAIATAS E SEM NEXO SOBRE POLÍTICA PELO MENOS UMA VEZ POR SEMANA.

E, de preferência, com bêbados ou universitários. Nada funciona melhor como terapia para o mau humor do que isso. Embates clássicos - socialistas x capitalistas, comunistas x liberais, autoritários x libertários, apolíticos x politizados, esquerdistas radicais x esquerdistas ultra-radicais, tucanos x petistas, Kaionistas x os outros...

Música indicada para explicar a tese 3: "I've Been Tired" (Pixies)

Vou finalizar a primeira parte das "idéias kaionistas" com um bem bacana:
IV - COMBINARÁS O MÁXIMO DE FILOSOFIAS E PENSAMENTOS PARA TENTAR EXPLICAR ALGO.

Não se apegue a um só. Em uma daquelas discussões existencialistas que você tem com seus amigos nerds/indies/cults/pedantes, misture epicurismo, ateísmo, ceticismo, cinismo (adoro esse), pessimismo, hedonismo, otimismo, realismo, idealismo, e o que mais lhe agradar. O importante é chegar a uma conclusão dita pelo grande Macário, personagem de Álvares de Azevedo (e que foi adaptada pelo Kaionismo): "As idéias fascinam o homem, mas não o esclarecem". Enfim, seja feliz na sua idiotice!
Música indicada para explicar a tese 4: "Metal Contra As Nuvens" (Legião Urbana)

E até os próximos tópicos!

06 abril 2006

Banalidades

1. Sem criatividade pra postar no blog. Preciso voltar àqueles bons tempos de mente vazia.
2. A escola fica mais entediante a cada dia. Será que eu devo estudar pras provas como forma de combater essa falta do que fazer? Ou insistir na estratégia (já batida) discman + livros + chocolates?
3. Comecei a ler "Alice no país das maravilhas", e fiquei impressionado com a quantidade de apologia às drogas. Mas o livro é divertido pra caramba.
4. Gravando uma coletânea do Pink Floyd, com 3 cds (um pra fase 1967-71, outro para o período 1972-1975 e o último pegando as melhores dos álbuns de 76 a 94).
5. Olhando para a parede e pensando no motivo pelo qual estou atualizando o blog sem necessidade.

04 abril 2006

Resenha - On The Road

Raros foram os livros que influenciaram tanto um século quanto "On the road". Quase todos os movimentos culturais, políticos e musicais dos últimos cinqüenta anos, de alguma maneira, foram inspirados por essa obra – como exemplos, temos os punks, os hippies, os beatniks e a contracultura em geral.
E não é para menos – Jack Kerouac fez uma estória vibrante, e demonstrou, com perfeição, a efervescência juvenil do final entre o final dos anos 40 e início dos 50, que seria levada ao extremo nas décadas seguintes. Para isso, ele viajou por seis anos pelos Estados Unidos afora, de norte a sul, de leste a oeste; quase todos os personagens do livro são baseados em pessoas que ele conhecia – Neal Cassady (lendário andarilho americano) é o porra-louca Dean; Willian Burroughs (autor de "O almoço nu") é Old Bull Lee, um sábio morador de Nova Orleans; Carolyn Cassady (esposa de Neal e amante de Jack) é Camille, uma das mulheres de Dean; e Kerouac se assemelha muito ao protagonista, Sal Paradise.
O escritor não poupou detalhes no texto – foram relatadas várias viagens, shows de jazz, comportamentos libertinos, brigas, experiências com drogas, e muito mais - coisas que, para a época, soavam revolucionárias, inusitadas, insanas, afinal, eram os primeiros brancos que realmente tinham essa atitude perante a sociedade (tanto que eram chamados de "blanc nègres"), e foram considerados a "geração beat", os "vagabundos iluminados".
O realismo do livro foi, talvez, o principal motivo para a demora da publicação do mesmo, que só veio em 1957, seis anos após concluída e após muito esforço do autor. O conservadorismo da sociedade, no entanto, não impediu o sucesso da obra. Leitores famosos não faltaram – Bob Dylan, após lê-lo, fugiu de casa; Jim Morrison fundou a banda The Doors; Beck decidiu virar cantor; Francis Coppola, Johnny Depp e Gus Van Sant já tentaram produzir um filme baseado na obra. E por aí vai.
"On the Road – Pé na Estrada" é, acima de tudo, vibrante. Quem o lê não consegue parar até concluí-lo, de tão empolgante e envolvente que ele é. A sua "prosa livre", uma das características mais marcantes do texto de Kerouac, só reforça esse fato. Leia e comprove.

Kaio Felipe leu On The Road no Natal de 2005, e gostou tanto do livro que o terminou em apenas 3 dias. Foi o melhor presente que o Papai Noel poderia ter dado para nosso caro amiguinho.

03 abril 2006

Três coisas sobre Kaio Felipe

1. Eu não me levo a sério. Se, por acaso, algum dia eu estiver estressado, no fundo é apenas um surto bobo, nada realmente importante. Tenho consciência da minha vidinha imbecil.
2. Eu não sou rebelde. Afinal, contra o quê devo me revoltar? Contra o sistema? Contra o desemprego? Contra os cristãos? Contra a desigualdade social? Contra a língua portuguesa? Não defendo nenhuma causa, pois sei que elas não interessam a mim.
3. Eu sou chato. Tenho um prazer mórbido em fazer piadas ridículas, causar brigas nas quais irrito os "adultos intelectualizados e sisudos", escrever um blog que (quase) ninguém lê, dizer coisas insensatas e, acima de tudo, ter orgulho de ser um Kaio.

02 abril 2006

Explicando a suposta briga no Yakult

Sabem aquele "debate ridículo" ao qual eu me referi dois tópicos atrás? Ninguém percebeu que eu estava sendo irônico, e fingindo que estava tão preocupado em defender minha ideologia naquele tópico? Não? Poxa...
Foi muito engraçado. Todo mundo brigou, chegaram a achar que eu era um protótipo de fascista. Aliás, vou contar qual era o meu plano em relação àquela discussão:
1 - Ironizar o panfleto do socialista sobre a invasão do Parque Oeste, e questionar se ele realmente era a favor da propriedade privada.
2. Dar uma de pedante, e me considerar o entendido em política, citando Nietzsche, Proudhon e Orwell.
3. Questionar os anarquistas e socialistas que caem em contradição entre teoria e prática. E também o pessoal realmente entendido em política da escola, para ver se eles levariam aquilo a sério ou também apelariam. Também queria atacar os capitalistas e a direita, mas, no meu colégio, eles são uma espécie raríssima...
4. Atacar pessoalmente os envolvidos na discussão, para que eles lessem meu blog e vissem "minha indignação com eles", me chamassem de insensato e espalhassem uma má imagem sobre a minha pessoa.
5. Fingir preocupação com o assunto, e comentar com alguns amigos, demonstrando fúria e ódio dos que me criticaram.
6. O arremate final seria dar uma de filósofo pessimista, dizendo algo do tipo "ideologias políticas de nada servem, são apenas ilusões, nós jamais conseguiremos mudar o mundo, somos apenas criaturas ignóbeis que perdem seu tempo livre com pragas como o orkut, e acreditam em besteiras como a felicidade".
Infelizmente, o pessoal não entendeu a ironia, e levou realmente pro lado pessoal. Até comentaram naquele post! Aquilo não estava nos meus planos, mas também me divertiu pra caramba. Meu domingo valeu a pena graças a esse ocorrido. Então, eu tive de usar o plano B, e "tentar" me explicar no post:

"
A discussão já se encerrou, só estou nesse debate porque é divertido pra caramba brigar no orkut.
Se você ficou nervosa ou se sentiu criticada, mil desculpas."
(...)
"
Relaxa, (...), a discussão já acabou. E foi divertida pra caramba, pois todo mundo acabou apelando. Também, o orkut é o local ideal pra brigar sobre assuntos sem nexo como política, religião, emocore e futebol.
Eu estava meio estressadinho, e acabei exagerando. Foi mal. Não sou ninguém para rotular alguém. A propósito, muito obrigado por ter lido o meu blog. Pelo menos alguém, além de mim, lê aquele lixo."

Saiu tudo de acordo com o esperado. Fiz auto-crítica (afinal, realmente passei dos limites), discurso bonito (!) e encerrei o quebra-pau. Se fui ou não compreendido, isso já é outra história. Mas que foi a ironia mais bem montada até hoje por Kaio Felipe, isso sim foi.
Qualquer semelhança com o 'método Cocadaboa de amolar e irritar' é só mera coincidência. Apesar de ter racionalizado o 'plano', tive que improvisar em certos momentos. Afinal, como diria Frank Black em "I've been tired"...
Let's go, let's sit, let's talk about politics, go so good with beer...

I'm singing in the rain

Como eu assisti ao Laranja Mecânica pela segunda vez no SBT, na última meia-noite, vou republicar minha resenha do filme, feita 3 meses atrás, com as devidas alterações:
Quero me matar por não o ter visto antes o "Laranja Mecânica" - putz, que filme sensacional. Uma crítica feroz ao Estado, mais ou menos da mesma maneira que o 1984 e o Admirável Mundo Novo. Um Estado que pode até decidir quando o indivíduo deve sofrer e quando deve se recuperar. Alex, o protagonista, era um arruaceiro que não ligava para ninguém, e maltratava até seus amigos e seus familiares. Isso sem falar nos estupros, roubos e atos de violência que ele cometia, sempre feitos com muito cinismo e sarcasmo (inclusive molestou sexualmente uma mulher, cantando "I'm singing in the rain").
Contudo, após, acidentalmente, matar uma mulher com uma estátua de gesso, que retratava um pênis (vejam só o nível de perversão da sociedade imaginada pelo escritor Anthony Burgess!), ele é capturado pela polícia, e vai para a cadeia. Durante 2 anos, ele agiu como uma pessoa hipócrita, dissimulada e que fingia ser um cristão convertido e arrependido de seus atos. Contudo, sua vontade de ser libertado do presídio o leva a aceitar ser cobaia de uma experiência criada pelo governo, o Tratamento Ludovico, que pretende transformar, em 15 dias, um perverso criminoso numa pessoa boa e redimida.
Só que Alex não esperava que o tratamento fosse tão intenso. Ele foi obrigado a passar por sessões de tortura em que o método empregado era assistir filmes sobre arruaceiros e estupros, para que se arrependesse de seus atos ao ver o quão cruéis eles eram. Com isso, ele foi completamente condicionado contra sexo e violência, e também para algo que não estava nos planos dos médicos: contra a música; m um dos filmes, que retratava a Alemanha nazista, a música de fundo era a Nona Sinfonia de Beethoven, o compositor clássico que ele mais gostava; depois de vê-la acompanhada de imagens tão cruéis como aquelas, ele passou a também ter uma repulsa por essa sinfonia, e toda vez que a ouvia tinha impulsos suicidas.
Quando acabou o tratamento, Alex estava em todas as manchetes de jornais, como 'propaganda' do novo método. As coisas, no entanto, não foram nada boas para ele após a volta à 'liberdade'. Todos que ele maltratara antes da prisão se vingaram dele. Primeiro seus pais, que, pouco depois de Alex ser preso, alugaram o quarto para um novo inquilino. Depois, um mendigo (espancado na 1ª cena do filme), que se juntou a seus "parceiros de rua" para assaltar e bater no protagonista. Para a surpesa dele, dois de seus ex-colegas da gangue viraram policiais, e quando espantaram os mendigos e o viram, também pagaram com a mesma moeda o egoísmo e autoritarismo de seu ex-líder. E as coisas ainda ficaram piores, já que ele foi socorrido pelo mesmo velhinho com quem Alex praticaram outro de seus atos de violência no início do filme.
Por alguns minutos, este não se lembrava do jovem, mas quando se lembrou - já que Alex cantou "I'm singing in the rain" enquanto tomava banho - chamou dois amigos para usá-lo como propaganda anti-governista (!), até porque o velho era oposicionista e escritor de 'literatura subversiva', e mostraria Alex como exemplo da crueldade dos métodos empregados pelo governo nas prisões. Para isso, não mediu esforços, inclusive prendendo o garoto em um quarto e colocando em seu toca-discos a Nona Sinfonia no volume máximo. O desespero tomou conta de Alexandre, que viu como única solução pular da janela e cometer suicídio. Para sua sorte (ou azar), ele ficou gravemente ferido, mas não morreu. Acordou no hospital, e lá novamente foi usado pelo Estado, mas de outra maneira: este queria a sua recuperação, para novamente usá-lo como símbolo da eficiência governamental. Para isso, ele foi bem alimentado, recebeu a visita dos pais (que prometeram dar lar a ele novamente) e recebeu um anti-tratamento, no qual reaprenderia a gostar de violência e sexo. Na cena final do filme, temos ele transando e dizendo "Finalmente estou recuperado".
Acho que não vou me arriscar numa análise mais complexa do filme (até porque o post já está enorme), mas pelo que eu entendi, o filme é um libelo contra o autoritarismo, mostrando o quanto as prisões são cruéis, como a violência juvenil pode atingir níveis alarmantes no futuro, o quanto é fácil para o aparelho estatal fazer uma lavagem cerebral nas massas, o quanto os opositores fracassam por apelar para a radicalização e, principalmente, o quanto o ser humano é cruel e vingativo. Alex é uma demonstração perfeita da juventude hedonista, impulsiva, pervertida e inconseqüente desse mundo do futuro.
Stanley Kubrick é realmente um gênio, a transposição para o cinema da obra de Anthony Burgess foi impecável. Tanto que eu estou louco para ler o livro e comparar com o filme. Talvez seja, ao lado dos livros de Huxley e Orwell, uma dos mais importantes obras distópicas.

01 abril 2006

Back to the egg

1. Frase imbecil do dia e Cúmulo da dialética - "O oposto pode ser o oposto do oposto" (Kaio Felipe)
2. Discutir com anarquistas babacas é a maior perda de tempo que existe. Infelizmente, vivo no ócio, e insisti num debate ridículo no orkut, em que eles me chamaram de elitista por ter defendido o capitalismo e a propriedade privada. Ainda bem que todo mundo cresce um dia. Eu já saí do retardamento mental dos esquerdistas no ano passado. Espero que eles façam isso em breve, pelo bem do meu cérebro.
3. Lendo ao mesmo tempo "Alice no país das maravilhas", "O retrato de Dorian Gray" e "O Idiota". E ainda tenho que começar o "Vidas Secas", pois eu devo devolvê-lo na biblioteca já na segunda-feira. Ó, fim de semana! Me salve dos livros!
4. E vai me salvar, sim. Meia-noite, tem "Laranja Mecânica" no SBT. E um hora depois, tem Fórmula 1 na Globo. Já preparei meu controle remoto para o zip-zap de canais.
5. Preciso preparar um artigo de opinião pro blog. Há tempos que eu não faço um (decente). Preciso, contudo, do insight (ou Eureka pros gregos).
6. Chutei o balde nas provas de ontem. Mas pelo menos não estou tão triste, afinal, se eu for mal, vou poder dar uma justificativa: "Fui mal porque não estudei. E você, que estudou e se ferrou?"