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Kaio

 

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30 janeiro 2008

First inspiration

Acho que encontrei uma tática para desenvolver as histórias dos personagens do livro. Bastou ver um diálogo de um filme ("Art School Confidental", ou "Uma Escola de Arte Muito Louca" na 'tradução') para entender que o problema não estava nos meios, mas sim nos fins. Sendo mais claro, é óbvio que eu não conseguiria fazer uma trama mais realista, até porque a minha própria personalidade não se adequa a isso. Como alguém que aprecia tanto a imaginação e a teoria poderia supervalorizar a dita "realidade nua e crua"? Isso seria ir de encontro com minhas próprias idiossincrasias!
O que me diferencia da maioria das pessoas é justamente a tal "subversão subvertida", ou seja, o fato de que eu praticamente não tenho experiência de vida. Não há, portanto, o porquê de eu ficar me preocupando em fazer um 'laboratório', em achar um jeito de ter alguma coisa emocionante baseada em fatos reais para contar.
Portanto, acredito que isso facilitará meu processo criativo daqui em diante. A partir de agora, tenho o direito de bolar e inventar situações da maneira que minha mente quiser, de modo que isto incremente a visão de mundo de cada um dos seis personagens. Eles, assim como eu, devem ser livres para se expressarem da maneira que lhe for mais interessante e autêntica.
Chega de ficar preocupado com estilos, padrões, modelos! Com o livro, eu quero ser um artista, e não um fã de arte! Está na hora de migrar para o outro lado do balcão. O que diferencia, por exemplo, um cineasta de um crítico de cinema é que aquele correu atrás de seu sonho, e este é um mero frustrado que ganha a vida resmungando sobre o seu fracasso e descontando isso em resenhas rabugentas.


Como esse post surgiu da minha cabeça há apenas alguns instantes, a promessa de comentar "As Portas da Percepção" fica para o próximo texto, ok? Agora, com licença, tenho um livro para escrever.

Torrente

Só foi falar no post retrasado que eu tinha paralisado temporariamente a elaboração de "Megalomania Psíquica" que surgiram novas idéias para o livro desde anteontem. Vai entender...
Não transcrevi nada para o papel, mas já montei mentalmente tudo sobre o que pensei nessas últimas horas. Está praticamente definido, por exemplo, que serão 17 capítulos e cerca de 250 páginas. A novidade é que já tenho mais ou menos um roteiro sobre como será cada um dos dezessete. Se o livro fosse uma peça teatral, seria dividido em 5 ou 6 atos. Ainda preciso ter uma noção mais clara de como farei as constantes transições de vozes narrativas, assim como as mudanças entre passado, presente e futuro. É bem provável que "Megalomania Psíquica" fique lotado de flashbacks, fazendo com que o tempo psicológico seja o predominante. Nada surpreendente, já que o enredo será extremamente personalista; ou seja, os personagens modificam a trama ao seu belprazer, e não o contrário.
Como sempre, minha maior dificuldade na criação dos caracteres é quanto às histórias que eles têm para contar. Meu propósito de tornar a obra muito auto-biográfica acaba sendo um certo empecilho, visto que minha experiência de vida concreta é bem rasa. Não quero ficar inventando ou bolando situações, mas sim aproveitar coisas baseadas na vida real e, digamos, "aumentá-las". Espero encontrar uma solução para isso em breve.

Ah, descobri no fim de semana passado uma sitcom inglesa chamada Coupling. Adorei os episódios que vi pelo Eurochannel, e resolvi baixar todos os capítulos através do BitTorrent (sim, o nome do post é uma alusão infame ao mesmo, e não a um possível fluxo de consciência que eu pudesse ter). São 5 GB, mas tudo bem, meu notebook está com bastante espaço depois que eu deletei Ragnarök e algumas expansões de The Sims 2 que eram prescindíveis.

No próximo texto, pretendo fazer um review de "As Portas da Percepção". Já terminei de lê-lo, mas ainda preciso ler outro ensaio do Huxley, chamado "Céu e Inferno", que também tem como temática as drogas e as implicações mentais e sociais das mesmas.

A propósito, publiquei outra crítica no Faz Sentido. Desta vez, o filme dissecado foi "Galera do Mal" ("Saved!", no original). Clique aqui para lê-la.

28 janeiro 2008

Catholic Block

Estou menos pessimista e trágico do que ontem. A prova da Católica foi até razoável. Não fui tão bem na objetiva (acertei 88 em 120), mas minha redação ficou muito boa. Como ela tem peso de 50% na nota, isso pode me ajudar.
A propósito, o resultado da UCG sai já na sexta que vem, e a matrícula e o início das aulas são no mesmo dia: 12 de Fevereiro. Como o resultado da UnB só sai dia 20, eu teria uma semana de aula na Católica antes de ele sair. Trocando em miúdos, parece que minha vida universitária, ironicamente, vai começar em Goiânia de qualquer jeito. Se eu passar em Brasília, tranco a matrícula (aliás, fui ver o preço da mensalidade, e é meio salgado...) e preparo as malas. Do contrário, entro em depressão, tento suicídio e... hehe, estou brincando. Voltando a frase: do contrário, eu fico chateado, continuo na Católica por mais quatro meses e presto de novo na UnB em Junho.

Antes de encerrar o irritante assunto Vestibular por hoje, leiam a minha redação:

Tema: "Regras: qual o limite?"
Modalidade: Dissertação

Regras sim, mas sem ferir a vida e a liberdade

As regras são um dos mais simples e funcionais mecanismos elaborados pela faculdade da razão. O ser humano, de certa maneira, sentiu a necessidade de racionalizar a vida para torná-la menos desordenada. Logo, sistematizar questões ligadas tanto ao aspecto individual quanto ao coletivo surgiu como uma medida pertinente. Mesmo assim, será que tal pragmatismo é sempre conveniente e necessário?
Tradicionalistas (ou reacionários, para os seus desafetos) costumam ser bem apegados a regras. Em tal segmento, a razão se une ao senso prático, ao aprendizado do cotidiano. Geralmente provincianos, eles são os menos interessados em grandes mudanças e reviravoltas, preferindo assim um vida pacata e linear. Porém, tal opção pode limitar o desenvolvimento do indivíduo, levando-o à alienação, quase como se fosse uma "sedação".
Os científicos vêem as regras como método e disciplina, duas coisas que eles consideram indispensáveis. Se, por um lado, o rigor da ciência é útil para assuntos mais técnicos, por outro ele nem sempre funciona nas relações sociais. Prova disso é o fracasso da Modernidade: regras e objetividade em excesso "desumanizam" a sociedade, podendo levar a grandes desastres, como as duas guerras mundiais e os regimes totalitários.
Pode-se também lembrar dos anarquistas, que afirmam desprezar a maioria das regras estabelecidas; pregam, portanto, a subversão das mesmas. Alguns lutam contra o Estado, outros contra a propriedade privada, há quem se oponha ao moralismo sexual, até existem os que querem abolir a religião e a família etc. O problema é quando a desregulação vira niilismo, e a ordem é substituída pelo vazio de referenciais. É certo que romper com certas tradições é algo válido, mas a ausência de moral e limites podem levar a ação humana a se tornar uma ameaça a si mesma. Dostoiévski é um dos escritores que melhor relatou isso, em romances como "Os Irmãos Karamazov" e "Crime e Castigo".
Qual seria, então, o ponto de equilíbrio? É possível haver uma alternativa ao conservadorismo, ao cientificismo e ao niilismo? Sim, pois ainda não se mencionou o pensamento de liberais e libertários. Defensores de um individualismo positivo e um humanismo baseado no respeito às diferenças, propõem que regras só são boas quando não ameaçam a vida e a liberdade de cada um. Em outras palavras, acreditam que métodos só são convenientes e necessários se não forem de encontro com a felicidade e a espontaneidade.
Tais idéias, lenta e gradualmente, vêm ganhando força, e possibilitam que a humanidade seja mais otimista quanto ao futuro. A razão só é interessante quando não cria uma situação pior do que seria na ausência da mesma.

Para fechar o post, uma boa notícia (para mim): vou poder voltar a ler. Após um mês proibindo a mim mesmo de não ler nenhum livro para não atrapalhar a reta final da preparação para o vestibular, meu "castigo" acabou, e vou poder voltar a me afundar nos livros. Já escolhi o primeiro: "As Portas da Percepção", de Aldous Huxley.

27 janeiro 2008

Ironical, huh?

Amanhã tenho prova da UCG. Como já relatei aqui, vou prestar lá para Relações Internacionais - Vespertino. Há várias ironias do destino que estão associadas a esse fato. Vamos enumerá-las:
1. Kaio, conhecido pela seu costumeiro excesso de auto-confiança, tem que apelar para um plano B caso ele não passe na UnB. Tudo bem que ele tem boas chances de ser aprovado na Universidade de Brasília (seu escore bruto teria argumento 50 pontos maior que o necessário nos últimos 8 vestibulares), mas ele não é nem louco de jogar todas as fichas e depois se arrepender. "All in" só funciona para bons jogadores de pôquer, e este não é o caso dele.
2. E se ele não passar nem na UCG e nem na UnB? Cursinho ele não fará, mas ficará parado em casa por 5 meses, esperando pelo vestibular de Junho de Brasília.
3. É também possível ele passar na Católica e malograr na UnB. Nesse caso, ele teria dado um passo para frente (ingresso no ensino superior) e outro para trás (continuar preso em Goiânia).
4. Ah, e se ele passasse em Brasília e não na UCG? Seria, no mínimo, algo peculiar!
5. Sendo otimista, há a chance de ele passar em ambas. Beleza, seria o ideal, afinal, ele teria um estepe caso não gostasse do curso de Ciência Política (vamos lá, é improvável, mas tal possibilidade deve ser considerada).
6. De qualquer maneira, a conclusão é a mesma: "Megalomania Psíquica" continua parado, e seu autor jura que só vai retomar a obra quando os resultados saírem e doses cavalares de ansiedade e preocupação que ocupam sua mente serem expelidas. Enquanto isso não acontece, parece que, assim como Kaio, os personagens da obra também estão esperando por definições até voltarem definitivamente ao batente. É a ficção imitando a realidade!

Em off: se possível, leiam o meu review de "Quero ser John Malkovich" no Faz Sentido.

25 janeiro 2008

Textículos

Redação da UnB, cujo tema era "Entre mudanças, lentas ou rápidas, a humanidade vai construindo o futuro"

Mudança (s): eis algo intrínseco à condição humana. As idéias formadas a partir de perspectivas sobre as transformações já fundamentaram várias escolas filosóficas e artísticas, desde a dialética de Heráclito até a crença no progresso contínuo, típica da Modernidade. Fica a impressão de que as metamorfoses são mesmo inevitáveis. Mesmo assim, a construção do futuro segue sempre as mesmas diretrizes? Além disso, será que sempre mudamos para algo melhor?
Há quem diga que o mundo seria mais agradável se permanecessem as tradições e legados deixados pelas gerações passadas. Os conservadores são geralmente refratários a mudanças que, segundo eles, interfeririam na harmonia da sociedade. Costumam ser avessos a transformações rápidas, até mesmo porque julgam que muito do que a ciência, a tecnologia e os intelectuais propõem é prescindível.
Praticamente no diâmetro oposto ao conservadores, temos os progressistas. Estes, no entanto, não constituem um grupo homogêneo; dividem-se em tecnófilos (entusiasmados com novidades científicas, mas não muito interessados em questões sociais), radicais (apaixonados por política, são exaltados na defesa de uma nova ordem, seja ela mais liberal ou socialista, cosmopolita ou nacionalista, anarquista ou estatista), individualistas (favoráveis a uma "revolução individual", podem optar pelo hedonismo, pela megalomania ou até mesmo pelo minimalismo), entre outros.
Pode-se questionar o sentido de enumerar tais posicionamentos. Oras, é importante pensar não apenas em fatos e eventos concretos, mas também nas ideologias que os motivaram. A velocidade e o caráter de uma mudança depende tanto do contexto histórico quanto das idéias e indivíduos que fizeram a sua parte. Logo, não é possível, por exemplo, falar em Revolução Industrial sem dar crédito ao liberalismo proposto por economistas liberais como Adam Smith e a perspectiva filosófica mecanicista do Iluminismo inglês. O futuro não é um mero produto da coletividade, visto que a ação humana também se fundamenta em individualidades. São elas que farão de um fato histórico gradual ou veloz.
Não se deve, no entanto, acreditar que toda a transformação é necessariamente benéfica. Há sempre o que criticar em certos "grandes feitos da humanidade". É verdade que a conquista de alguns direitos civis foi mais lenta do que deveria ter sido; mas, deve-se refletir se sempre valerá a pena mudar, mesmo que ao custo de milhões de mortes, problemas ambientais e o extermínio de culturas. Lenta ou rápida, a construção do futuro precisa ser avaliada não só como cientificamente possível, mas também como eticamente viável.

Crítica - Control


Poucas bandas conseguiram fazer um trabalho tão consistente e relativamente extenso em apenas 3 anos. Joy Division é uma delas. Em poucos meses, eles lançaram: Unknown Pleasures e Closer, dois dos melhores álbuns de rock de todos os tempos; singles incríveis, como Transmission e Atmosphere; Love Will Tear Us Apart, o compacto que se transformou em um dos maiores clássicos dos anos 80; isso sem falar nos B-sides e sobras de estúdio - presentes em compilações como Still e Substance -, que estão à altura das músicas de trabalho.
Enfim, o impacto da banda sobre o post-punk inglês e todo o rock alternativo dali em diante foi considerável. Porém, não é sobre a banda que eu falarei nesta crítica, mas sim sobre o filme “Control”, cinebiografia de Ian Curtis (1956 - 1980), vocalista do Joy Division. Sua alma atormentada pela epilepsia, problemas conjugais, drogas e o trabalho incessante do JD levaram o rapaz a cometer suicídio no dia 18 de Maio de 80, aos 23 anos de idade.
O diretor Anton Corbijn, baseando-se no livro “Touching From A Distance” (escrito por Deborah Curtis, viúva de Curtis), retrata nesta película, lançada em 2007, os últimos anos de um dos maiores letristas e vocalistas que o rock britânico já teve.
Ian e Deborah se conheceram ainda na adolescência. Ela era namorada de um amigo dele, mas não demorou muito para que ambos se apaixonassem um pelo outro. Casaram-se muito jovens, aos 19 anos. Pareciam ser um casal perfeito.
Aos poucos, no entanto, o relacionamento começou a se esfriar. Um dos motivos para isso foi o ingresso de Curtis na banda Warsaw, que meses depois mudaria seu nome para Joy Division. Junto do baixista Peter Hook (Joe Anderson), do guitarrista Bernard Sumner (James Anthony Pearson) e do baterista Stephen Morris (Harry Treadaway), ele faria parte de um quarteto que simbolizou a transição da agressividade do punk para os ares mais soturnos do post-punk. Também contribuíram para o sucesso do JD o empresário Tony Wilson (Craig Parkinson), o produtor Martin Hannett (Ben Naylor) e o ‘manager’ Rob Gretton (Tobby Kebell, que, aliás, foi um dos destaques de “Control”).
Então, gradualmente, Ian começa a se afastar de sua esposa. Nem o nascimento de sua filha Natalie impediu que ele se dedicasse cada vez menos ao seu casamento. Para agravar a situação, ele conhece a jornalista belga Annik Honoré (Alexandra Maria Lara), que viria a ser sua amante.
Mesmo que sutilmente, “Control” aponta a relação entre certas letras e a situação emocional do vocalista. Quanto a isso, fique de olho, por exemplo, quando forem tocadas She’s Lost Control, Isolation e Love Will Tear Us Apart. Os fãs da banda também vão notar versos de algumas músicas sendo recitados em cenas importantes.
Sam Riley é o ator que interpreta Ian Curtis. A sua atuação foi mais do que competente: ele conseguiu reproduzir de maneira convincente vários dos tiques e trejeitos do cantor. Além do mais, nas cenas mais dramáticas, ele também soube transmitir a melancolia necessária.
No geral, há pouco o que se criticar no filme. Até cenas mais difíceis, como a que antecede o suicídio de Ian, não decepcionaram. Talvez Anton Corbijn só tenha pecado no aspecto de ter valorizado bem mais a vida íntima do cantor do que a música que este produziu. Tirando isso, a sua direção foi muito boa. Também são dignos de elogios a fotografia, a opção pelo monocromático (ou seja, o filme é todo em preto e branco) e, é claro, a trilha sonora, que, além das músicas do próprio JD, contém faixas de artistas que influenciaram a sonoridade do conjunto, como David Bowie, Iggy Pop, Kraftwerk e Velvet Underground.
Enfim, “Control” é um ótimo filme, e mesmo quem ainda não conhece muito o Joy Division poderá gostar da película. Quanto à nota, eu daria um 9.2.

Waiting for the Sun

Após três semanas sem postar, já era mais do que hora de atualizar Racio Símio. O motivo para a escassez de posts não poderia ser outro: vestibular.
No dia 9, saiu o resultado do PAS. Bem, fazendo um trocadilho com uma canção do Joy Division, PASover. Em outras palavras, não passei por ele. Como não tive maturidade nas duas primeiras etapas, de nada adiantou ter ido até bem nessa última etapa; foi insuficiente. Sendo auto-indulgente, diria que isso era até esperado, afinal é difícil fazer com que um adolescente fique realmente preocupado com vestibular no primeiro e no segundo ano, e eu não fui uma exceção. E sinceramente, achei melhor assim, até porque o PAS é mais voltado para quem já é de Brasília mesmo, e tem aula específica para ele durante o ano inteiro. O vestibular normal tem uma competição menos desigual nesse aspecto entre os candangos, digo, brasilienses e "os outros".
Pois bem, não nego que foi um baque não ter passado nessa 1ª tentativa de ingresso na UnB. Faltando dez dias para o vestibular 1/2008, tentei correr atrás do prejuízo; por sorte, o modem do meu PC pifou na semana passada, e eu não poderia mais ter a internet como opção de lazer e dispersão. Freqüentei até o último dia a maratona para a UnB que meu colégio ofereceu, o que me levou a uma situação curiosa: meu ensino médio acabou a poucos dias (cinco, para ser mais exato) do início do atual ano letivo. Aliás, assim como o Século XIX para muitos historiadores, meu segundo grau também foi longo. Começou em meados de 2003, na 7ª série, quando eu comecei a ler livros de ensino médio de História, Geografia, Química etc., e acabou em 17 de Janeiro de 2008, último dia da específica.


Então, fiz as provas no último fim de semana. As coisas foram como eu esperava: fáceis no primeiro dia (só deixei uma questão em branco), e difíceis no segundo (deixei 46 em branco, sendo que, das 104 que fiz, 2 eram do tipo B, que não tiram ponto se o vestibulando errar). Conferir o gabarito dos colégios de Brasília (Galois, ALUB) na 2ª feira não ajudou muito, pois a margem de erro entre eles era enorme; eu tiraria entre 164 e 178. Só fui ficar um pouco mais calmo na quarta, quando o CESPE liberou o gabarito oficial.
Fechei Inglês (acertei todas as 30), fui bem em Humanas (105 acertos e 14 erros = 91 pontos) e razoável em Exatas e Biológicas (79 acertos e 23 erros = 56 pontos; quanto às do tipo B, errei as duas, mas uma delas - o item 127 - por ter preenchido errado no cartão, já que eu teria acertado). Meu escore bruto, portanto, ficou em 177 pontos. Foi uma pequena melhora em relação ao vestibular 2/2007, em que eu passei ao obter 24/95/48. Caí um pouco em Humanas, mas compensei ao melhorar em Língua Estrangeira e em Ciências da Natureza e Matemática.
Não vou ser otimista sem ter condições de sê-lo. Tudo bem que, segundo, a calculadora do Site do Gabriel (antigo Vestunb), eu passaria nos últimos oito vestibulares da UnB, mas - a seguir, uma péssima metáfora futebolística - não vou cantar vitória antes do apito final.
Além disso, não sei se minha redação ficou boa. No próximo post, publicá-la-ei, junto de uma resenha que fiz sobre o filme "Control", que eu vi ontem (esta crítica, aliás, também está disponível no Faz Sentido!?).

06 janeiro 2008

Nonsense

Hoje foi tiro e queda: só precisei reler o meu post de ontem para me lembrar de que eu precisava fazer um texto hoje. A vontade se uniu à obrigação, e aqui estou eu para redigir a postagem do dia.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que estou escrevendo para um outro website além de Racio Símio e Pré-Fabricando. Estou falando de Faz Sentido!?, uma ótima página sobre cultura em geral. Há colunas e artigos sobre tudo: tirinhas, jogos, política, cinema, humor, televisão, internet (sim, porque metalingüística é fundamental na web) etc. Fiquei responsável pelas críticas sobre filmes, livros e bandas. Meu debut foi um review do filme "Aprovados". Espero que gostem tanto do texto quanto do site.

Pois bem, "let's talk about politics" (e, ao contrário de "I've Been Tired", dos Pixies, minha postura sóbria me impede de achar que "it goes so good with beer"). As eleições dos Estados Unidos já estão começando a engatinhar, e os dois principais partidos dos EUA já começaram o processo de definição de seus candidatos.
Do lado republicano, há poucas novidades. Os favoritos são: Mike Huckabee, um pastor evangélico bem careta (nos dois sentidos da palavra); John McCain, um ex-neocon e atualmente moderado, mas sem grandes novidades; Mitt Romney, para muitos um político que vive mudando de opinião; e Rudolph Giuliani, o famoso ex-prefeito de NY. Há, no entanto, um candidato sem chances de vitória que me parece ser justamente o melhor dos presidenciáveis republicanos: Ron Paul, libertário de carteirinha. Já li boatos de que o Libertarian Party gostaria de convidá-lo para ser o candidato deles - o que é, ao meu ver, uma boa idéia. Paul, apesar de ser economicamente de direita (no sentido de defenderem uma maior liberdade de mercado), tem idéias sociopolíticas muito avançadas (destacando-se o não-intervencionismo, o discurso antiguerras e a luta pela redução ou mesmo abolição de vários impostos) para se adequar ao excessivo conservadorismo do Partido Republicano.
Já os democratas, que são os mais cotados para ganharem as eleições desse ano, têm três candidatos fortes: Barack Obama, o inexperiente, porém pouco ligado à old-school do partido; Hillary Clinton, a experiente, porém muito ligada à old-school do partido; e John Edwards, o típico left-liberal metido a defensor dos pobres. Há ainda o azarão Bill Richardson, que, pelo simples fato de ser favorável a mudanças nas leis para imigrantes, foi apontado por um teste do OkCupid como o democrata de idéias menos diferentes das minhas. Vai entender...
No final das contas, qualquer um dos listados acima é melhor do que George W. Bush, atual presidente dos EUA. Se, por um lado, Bush fez a economia de seu país crescer (nada surpreendente, visto que esta é uma marca registrada dos estadistas do partido dele; os democratas, por sua vez, são mais competentes para estabilizar a economia), por outro lembrou os tempos de Reagan e Nixon com seu belicismo, e conseguiu voltar contra si a opinião pública depois de certas iniciativas atrapalhadas, como a intervenção militar no Iraque. Seu legado não é tão sombrio quanto dizem, embora sua luta contra o terrorismo tenha realmente violado várias liberdades civis.

Já estou cansado, é melhor encerrar por aqui. Adiós.

05 janeiro 2008

Get Up on It Like This

A sublimação "livros por videogames" teve um resultado simultaneamente bom e ruim. Por um lado, passei a me concentrar mais nas aulas por não ter mais que me preocupar com leituras; contudo, troquei um vício pelo outro. Nos últimos dias, cheguei a passar tardes inteiras jogando algum game, como Pokémon Silver ou SimCity 4 (consegui instalar o The Sims 2, mas ele está com um probleminha nos gráficos; espero resolver isso em breve).
Talvez eu não tenha consciência suficiente para entender que falta pouco (duas semanas, para ser mais exato) para o vestibular da UnB, e que talvez ser reprovado nele seja a punição que eu mereça para ser menos negligente. Tal visão, embora sensata, é um pouco dramática demais para o meu gosto, portanto, prefiro deixar essa tortura do superego para outro momento.

Vamos falar sobre Pokémon. É óbvio que a nostalgia foi um fator fundamental para que eu voltasse a jogar aquele que foi meu game favorito durante a minha pré-adolescência. Porém, havia um outro motivo: verificar se eu tinha as mesmas dificuldades e fraquezas de antes. Eu adorava o game e era um jogador relativamente bom, mas havia algo que eu nunca conseguia fazer: passar dos dungeons (as caverninhas do jogo). Até me arriscava atravessar as mais simples, mas evitava as mais complexas. Acho que os psicólogos/psicanalistas/psicóticos diriam que isso está relacionado a algum medo inconsciente que eu tenho.
O que sei é que eu evitava os dungeons, e isso se manteve durante anos. Tentei utilizar este retorno a Pokémon Silver como uma maneira de solucionar tal problema. Pelo menos por enquanto, o plano vem dando certo: consegui passar até pela Ice Path, que foi uma pedra no meu sapato em meados de 2001. Eu sempre pedia para algum amigo (ou mesmo meu irmão do meio, que é muito melhor no videogame do que eu) para escapar dos labirintos que a constituem, mas dessa vez fiz tudo sozinho. Até mesmo liguei o PokéGear para ouvir alguma música animada na rádio do jogo, pois acreditava que a canção da Ice Path - a qual é soturna, para os padrões pokemonescos - contribuía para a minha covardia. Demorei menos do que esperava para pegar o HM 07 escondido na caverna, e consegui resolver um puzzle que envolvia usar o Strenght jogar pedras pelos buracos para poder atravessar o andar de baixo. Quando saí da Ice Path, senti-me aliviado e, é claro, feliz por saber que tudo não passava mesmo de um medo irracional. Mesmo assim, "the war is not over": ainda há outros calabouços pela frente, como Whirlpool Islands, Victory Road e Silver Cave...
A propósito, já possuo sete insígnias. Os monstrinhos do meu time estão todos no nível 38.

Passei o "Ano Novo" (lembrando que, para mim, 2008 só vai começar mesmo em Fevereiro) da maneira que gostaria: sozinho. Ok, não exatamente, mas bem próximo disso. O fato é que eu, minha mãe e meus irmãos fomos às 23h para a casa de minha tia, onde estavam alguns outros familiares (minha avó e os filhos de minha tia), para um Reveillon. Ficamos até uma da manhã, e depois voltamos para casa. Fui para o PC, e resolvi passar a madrugada na internet, ouvindo boa música, tomando Coca-Cola, comendo mini-Trakinas e lendo o máximo possível sobre cultura útil e inútil. Por sorte, uma amiga virtual minha estava online, e fiquei teclando com ela até as 8h. Acredito que, no geral, a tal "passagem de ano" foi bem legal.

Obviamente, este post não contém nem 20% do que eu pretendia escrever, mas isso é intencional, visto que pretendo fazer outro antes do fim deste fim de semana. Péssima redundância, não?