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Kaio

 

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30 janeiro 2008

First inspiration

Acho que encontrei uma tática para desenvolver as histórias dos personagens do livro. Bastou ver um diálogo de um filme ("Art School Confidental", ou "Uma Escola de Arte Muito Louca" na 'tradução') para entender que o problema não estava nos meios, mas sim nos fins. Sendo mais claro, é óbvio que eu não conseguiria fazer uma trama mais realista, até porque a minha própria personalidade não se adequa a isso. Como alguém que aprecia tanto a imaginação e a teoria poderia supervalorizar a dita "realidade nua e crua"? Isso seria ir de encontro com minhas próprias idiossincrasias!
O que me diferencia da maioria das pessoas é justamente a tal "subversão subvertida", ou seja, o fato de que eu praticamente não tenho experiência de vida. Não há, portanto, o porquê de eu ficar me preocupando em fazer um 'laboratório', em achar um jeito de ter alguma coisa emocionante baseada em fatos reais para contar.
Portanto, acredito que isso facilitará meu processo criativo daqui em diante. A partir de agora, tenho o direito de bolar e inventar situações da maneira que minha mente quiser, de modo que isto incremente a visão de mundo de cada um dos seis personagens. Eles, assim como eu, devem ser livres para se expressarem da maneira que lhe for mais interessante e autêntica.
Chega de ficar preocupado com estilos, padrões, modelos! Com o livro, eu quero ser um artista, e não um fã de arte! Está na hora de migrar para o outro lado do balcão. O que diferencia, por exemplo, um cineasta de um crítico de cinema é que aquele correu atrás de seu sonho, e este é um mero frustrado que ganha a vida resmungando sobre o seu fracasso e descontando isso em resenhas rabugentas.


Como esse post surgiu da minha cabeça há apenas alguns instantes, a promessa de comentar "As Portas da Percepção" fica para o próximo texto, ok? Agora, com licença, tenho um livro para escrever.

 

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