Escrevi pouco no blog em 2014, exceto na época da Copa do Mundo. Sendo assim, nem vale a pena fazer uma retrospectiva mais completa. Apenas relatarei os acontecimentos mais importantes do meu ano, mês por mês:
JANEIRO
Passei minhas férias em Goiânia e Brasília. Venci a Elite Four + Champion em Pokémon X. Fiz cirurgia para extrair meus quatro sisos e tive que ficar de repouso durante alguns dias.
FEVEREIRO
Terminei de assistir à excelente série Freaks and Geeks, a qual me empolgou tanto que escrevi dois posts sobre ela. Voltei para o Rio de Janeiro, para o meu primeiro semestre nos dois doutorados em que passei. As aulas na PUC-Rio começaram antes do Carnaval.
MARÇO
Após o Carnaval, começaram as aulas no IESP/UERJ. Escrevi um trabalho final sobre Joy Division; meses depois revisei-o para publicá-lo como ensaio na Revista Polivox.
Consegui um estágio-docência de Sociologia Geral para calouros de Filosofia. Infelizmente tive que ceder a turma a um professor do IESP e seu orientando, após uma reunião no mínimo desgastante). Felizmente os alunos fizeram um abaixo-assinado demonstrando interesse em continuar assistindo às minhas aulas, mesmo que de forma informal, como grupo de estudos. Semanas depois tentei formalizá-lo como Estudos Humanistas (retomando assim o projeto de extensão que desenvolvi nos meus tempos de UnB), mas ele não foi aceito pelo departamento de extensão da UERJ, que o considerou com caráter muito de pesquisa e pouco de extensão. Resolvi manter o grupo, e continuamos a ter reuniões semanais (ou, dependendo dos meus compromissos, quinzenais) ao longo do ano. Como podem ver, o início desse ano foi uma montanha-russa no âmbito acadêmico. Confesso que em muitos momentos me senti frustrado com tantos percalços, mas enfim, a vida acadêmica é repleta deles.
ABRIL
Na madrugada do dia 1º de Abril, assisti - junto com minha namorada e alguns amigos - ao último episódio de How I Met Your Mother. Gostei do desfecho da série, e resolvi escrever um texto sobre ele.
Fui ao Lollapalooza, e vi os shows de Apanhador Só (surpreendente), Raimundos (nostálgico), Johnny Marr (melhor do que a apresentação do Morrissey que vi em 2012), Pixies (finalmente!) e New Order (mesmo sem Peter Hook, foi uma boa performance). Até iniciei um post com a cobertura do festival, mas até hoje não o terminei, rs. Espero que em janeiro eu resolva tirar uma manhã (ou uma tarde) para passá-lo a limpo.
MAIO
Foi lançado Nheengatu, o melhor disco dos Titãs nos últimos vinte anos. Fiz uma resenha dele.
Viajei para Curitiba para apresentar um trabalho sobre o pensamento social de José Guilherme Merquior em um seminário. Adoro a capital do Paraná; já havia gostado muito de viajar para lá em 2013, e desta vez aproveitei mais ainda. Novamente fiz uma excursão pelos sebos, mas também encontrei pessoalmente um amigo dos tempos de Orkut e visitei alguns pontos turísticos, como o Jardim Botânico.
Durante minha estadia em Curitiba acompanhei as eleições para o DCE da UnB. Em uma longa e divertida madrugada, vi as urnas consagrarem uma segunda reeleição para a Aliança pela Liberdade, com uma vitória notável sobre a "chapa megazord" das esquerdas: 52% x 36%.
No dia 27 assisti, junto com a Carol, ao show do Jesus & Mary Chain no Vivo Rio. Os irmãos Reid fizeram um ótimo concerto, com destaque para "Head On", "Blues from a Gun", "Just Like Honey" e o bis com "Reverence".
JUNHO
Acabaram as aulas e, justamente no dia dos namorados, começou aquela que seria a melhor Copa do Mundo desde 1998 - e uma das melhores de todos os tempos. Já em seus quatro primeiros dias houve jogos espetaculares; a segunda rodada quebrou várias expectativas criadas após a primeira; frustrei-me com a eliminação precoce da Itália; e fiz uma análise dos classificados para as oitavas...
JULHO
... que foram eletrizantes. A fase seguinte classificou as quatro melhores seleções do Mundial, embora uma delas (o Brasil) viesse tendo uma campanha irregular. O castigo para o despreparo técnico, tático e emocional da seleção brasileira não tardou: vitória massacrante da Alemanha. Na final, os argentinos fizeram sua melhor partida, mas acabaram sendo derrotados pelos alemães, que de fato foram a equipe que melhor combinou beleza e eficiência.
Fiz um post sobre Titãs e Bon Jovi (as duas primeiras bandas de rock da minha vida) como aquecimento para o aniversário de 9 anos do blog, que ganhou um especial de duas partes.
AGOSTO
Falando em Titãs, assisti a um show deles no Circo Voador. Foi o melhor dos quatro em que já fui até hoje.
Assisti a um jogo entre Atlético e Vila Nova no Serra Dourada com meu avô; para felicidade dele, o "Flamengo goiano" ganhou. Acompanhei a 1ª vitória do Rubinho na Stock Car (na etapa da Corrida do Milhão) na área VIP da Mapfre. Senti-me um pé-quente, rs.
No início do mês, ainda antes da volta às aulas, viajei para Brasília para participar do encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, no qual apresentei outro artigo sobre Merquior, desta vez sobre seu pensamento político.
Com o início do período eleitoral, minha "overdose" de futebol foi substituída pela de política. O caráter imprevisível desta eleição, que passou por tragédias (como a morte de Eduardo Campos) e farsas (a campanha difamatória do PT contra Marina), me deixou constantemente aflito. Evitei, contudo, me "manifestar" nas redes sociais; felizmente consegui passar as eleições inteiras sem brigar com ninguém.
No fim de agosto, viajei para Goiânia para estar no 50º aniversário de minha mãe. Foi muito bonita a homenagem que minha família preparou para ela.
SETEMBRO
Antes de voltar para o Rio, fui para Brasília prestigiar a formatura do Gino, meu melhor amigo.
Na última viagem acadêmica do ano, estive em Juiz de Fora para apresentar um paper sobre Thomas Mann e Lukács. Gostei muito do campus de Ciências Humanas da UFJF; se um dia tiver concurso para professor adjunto lá, vou tentar.
Fui pela segunda vez ao Maracanã junto com o Saulo para assistir a vitória contundente do time dele (Fluminense) contra o meu (Palmeiras).
A campanha de Marina Silva (em quem, durante alguns dias, cheguei a pensar em votar) gradualmente perdeu fôlego, e após um excelente desempenho nos últimos dois debates, Aécio Neves parecia estar cada vez mais próximo do segundo turno.
OUTUBRO
Aécio passou ao 2º round, mas após chegar a liderar as pesquisas, levou a virada de Dilma. O resultado apertado (51,6% x 48,4%), no entanto, fez a derrota ter gosto de empate, ao menos para mim. Semanas depois, a nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda me deixou aliviado.
De última hora consegui um estágio-docência: Introdução às Ciências Sociais para uma turma de Odontologia. Foi o mais difícil dos que já peguei, devido à enorme distância temática entre a área deles e as Humanidades.
NOVEMBRO
Mais uma troca de overdoses: agora, por videogames. Passei boa parte do meu tempo livre jogando Pokémon, tanto que comprei Alpha Sapphire apenas três dias depois de seu lançamento mundial.
Fui com a Carol a um show do Echo & The Bunnymen. Estava bastante ansioso, afinal a banda tem uma boa reputação ao vivo, mas infelizmente a estrutura precária da Fundição Progresso estragou o espetáculo. Ian McCulloch ficou tão irritado com os problemas de volume no vocal e na guitarra de Will Sergeant que a banda nem voltou para o bis. Apesar do final melancólico, o show teve bons momentos, como "Never Stop", "The Killing Moon" e "The Cutter".
DEZEMBRO
No início do mês viajei para Vitória, para assistir ao exame de kendo da Carolina, assim como o campeonato. Foi um fim de semana divertido, embora eu estivesse exausto no dia em que cheguei (sábado), pois mal dormi na quinta e sexta anteriores.
A propósito fim de ano nas quatro disciplinas que cursei (e no estágio-docência que lecionei, no alemão e nas palestras em que fui) foi bem atribulado, especialmente com a entrega do trabalho final de Intelectuais, Nação e Identidade Latino-Americana. O fim "oficial" do semestre acadêmico, em 18 de dezembro, foi um verdadeiro alívio. Nunca mais vou pegar tantas matérias num semestre só, rs.
Enfim, 2014 foi um ano instável, cheio de bons e maus momentos. Foi um sucessor bastardo dos meus anos mais tumultuados (como 2006 e 2009). Espero que 2015 siga o padrão mais sereno de 2004 e 2007, ou que seja tão empolgante como 2010 ou 2012.