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Kaio

 

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30 novembro 2011

The Second Half of November

(Post "retroativo", escrito em 5 de Janeiro de 2012)

15/11: Terminei de ler "Notas do Subsolo", do Dostoiévski! Na verdade o reli, pois a primeira leitura foi em 2007.
Que livro intenso e denso! Incrível como Dostoiévski consegue tornar as suas obras tão envolventes e perturbadoras! Li as 45 páginas finais de um fôlego só!

16/11: Hoje foi um dia bacana. Comecei a reler "Crime e Castigo", pela tradução do Rosário Fusco; sim, os puristas vão me encher o saco por eu não estar lendo a tradução do Paulo Bezerra, rs. Eis outra releitura, pois li esta obra-prima pela 1ª vez em agosto de 2005.

Apresentei colóquio sobre "Notas do Subsolo" e, um pouco antes, comprei no Sebinho por apenas R$ 9,00 o terceiro álbum do New Order, "Low-Life"!

19/11: Ando viciado em Legião Urbana. Passei boa parte do dia lendo matérias e ouvindo músicas deles...
Tive uma noite de sexta bem bacana! Fui no bar com duas amigas, e depois fomos ao Móveis Convida. (Infelizmente, Móveis Coloniais de Acaju já não é mais tão legal; enjoei deles em meados de 2009, talvez por causa do 2º disco.)
Tomei caldo de feijão num copo, e o garçom me disse que isso é "cultural" - parece que tomam caldo assim em Pernambuco. Será que é isso mesmo, ou foi mesquinharia do bar? =D
E hoje tem aniversário do Gustavo e, depois, vou à Voodoohop.
Foi a melhor das 3 Voodoohop em que já fui. Encontrei muitos amigos/as por lá, DJs mandaram bem, dancei bastante...

20/11: Pela amanhã, após acordar, em um chat de Facebook eu e uns colegas de Ciência Política resolvemos montar uma chapa para disputar as eleições do CAPOL. Além da diversão intrínseca (afinal, criaríamos uma chapa troll), ofereceríamos ao eleitor uma alternativa ao discurso vago da chapa 1 e à retórica feminista e radical da chapa 2.

Passei a tarde e a noite vendo e discutindo dois documentários do Eduardo Coutinho ("Edifício Master" e "Jogo de Cena") com o pessoal do meu grupo de Estética. Foi bem bacana; comemos bastante (pipoca, pizza, Negresco) e a conversa foi muito divertida.

21/11: Reflexão do dia: é impossível ler Dostoiévski quando se está bem-humorado. Ando feliz, talvez por isso estou procrastinando Crime e Castigo!

22/11: Para entrar no clima de "Crime e Castigo", resolvi me forçar a ficar menos alegre e feliz. Ok, isso soa bobo, mas é que acho impossível ler Dostoiévski sem estar sintonizado com a atmosfera soturna dos livros deles.
Para isso, resolvi aumentar a minha dose de Legião Urbana e Joy Division.
Já está funcionando: hoje li mais páginas do livro do que havia lido nos 5 dias anteriores. Ah, e seis anos depois, é bom relembrar o suspense e tensão que marcam acena do assassinato!


25/11: Começou a campanha eleitoral!

"Para proteger o CAPOL da embromação
Para unir todos os trolls de nossa nação"

27/11: GP do Brasil de F1. O começo eletrizante, com o duelo de Schumacher x Bruno Senna, criou expectativas que não foram correspondidas: a corrida foi morna. Vitória de Webber, que na última corrida tomou o 3º lugar de Alonso. O fantástico Vettel já era campeão e Button, em sua melhor temporada até agora, assegurou o merecido vice-campeonato.


29/11: Comecei uma jornada no Heart Gold, e meus pokémons têm nomes de bandas (ou artistas): The Cure (Haunter), Pink Floyd (Kadabra), Siouxsie (Gyarados shiny), The Clash (Quilava) e PJ Harvey (Scyther). Sim, eu sei que isso é patético, hehe...

30/11: Esqueci de colocar alarme, e acabei dormindo até 8h30. Tudo bem, faltarei as aulas da manhã; irei à UnB só à tarde. É o clima das férias vindo mais cedo...

15 novembro 2011

Emerging Underground

- Dias pós-Planeta Terra
8/11: Nada como ter um adoravelmente entediante dia "forever alone"!
Hoje não tive aula (por coincidência, os professores de ambas as matérias que eu faria hoje viajaram), então fiquei o dia inteiro na kitnet. Acordei às 8h, naveguei um pouco na internet, ouvi uns discos, dormi de novo, acordei e almocei, novo cochilo, joguei Pokémon, li um pouco de Dostoiévski e voltei à internet.
10/11: fui à minha última reunião como conselheiro do CEPE. Ela fugiu do padrão: houve uma confusãozinha sobre uma pauta polêmica (a criação do pós-doutorado), mas depois se chegou a um consenso que a proposta precisa ser reformulada para então ser re-apreciada pelo CEPE.
12/11: Viajei para Goiânia, após 2 meses e meio sem ir para minha cidade natal.
Assisti ao filme "Os Sonhadores" no TC Cult. Já o tinha visto, mas não inteiro, cinco ou seis anos atrás. Este filme é quase um ícone da "esquerda festiva" e suas nostalgias, hipocrisias, mitos etc. Junte isso ao constante elemento metalinguístico e você tem um filme feito para ser "cultuado", rs. E a moral da hisoria é: "a luta continua"!
13/11: SWU, parte I. Ri demais do show do !!!. O vocalista é um figuraça! Dance-punk com muita irreverência. Roger, à frente do Ultraje a Rigor, enfrentou muito bem os roadies (e as frescuras) do Peter Gabriel. Após um show bem intimista do Chris Cornell (destaque para os clássicos "Blow up the Outside World", "Black Hole Sun" e "Feel on Black Days"), começou o show que mais queria ver naquela noite: Duran Duran! E não é que foi muito bom? Um clássico atrás do outro. Destaque para "Planet Earth", "Notorious", "The Reflex", "The Chauffeur" e "Rio".
14/11: SWU, parte II. O Sonic Youth despede-se com um show épico. A performance teve até "estupro" de guitarras e muitos clássicos da fase áurea deles (1987-1992), como "Schizophrenia", "Drunken Butterfly", "Sugar Kane" e "Teen Age Riot".

- Notas do Subsolo
15/11: Terminei de ler "Notas do Subsolo", do Dostoiévski! (na verdade reler, pois li em 2007)
Sério, que livro intenso e denso! Incrível como o Dostoiévski consegue tornar as suas obras tão envolventes e perturbadoras!
Li as 45 páginas finais de um fôlego só!
E amanhã já começo "Crime e Castigo" (outra releitura, sendo que li esta obra-prima pela 1ª vez em agosto/2005).
Eis um fichamento do livro, com as passagens mais marcantes (P.S.: Li pela edição da L&PM Pocket). Prometo que depois farei um texto de verdade sobre este clássico dostoievskiano:
11 – “sou um homem doente”
19-20 – o homem natural x o camundongo
22 – o muro
26-27 – esmagado pela inércia
28 – a preguiça como desculpa
32-36 – a vontade livre como aquilo que escapa dos interesses
38-42 – o problema da razão
44 – a destruição, o caos e as “veneráveis formigas”
48-49 – por que continuar no subsolo
51-52 – autobiografia sincera
55 – baixar os olhos
57 – os românticos russos
59 – ler para sufocar as angústias interiores
64-65 – a questão de honra perante o oficial
69 – reflexões sobre “devassidãozinha”
71-72 – visitar o chefe o fazia desistir de “salvar a humanidade”
80-82 – a vida escolar como “lembranças dos anos de prisioneiro”
85-86 – a chegada do grupo de amigos e o 1º desentendimento
88 – julgado pelas roupas e pelo emprego
90 – embriagado e isolado
94 – pensamentos amargos enquanto grupo conversa frivolidades
101, 103 – o homem acorda e se depara com olhos de Liza
108-109 – discurso sobre o homem, a mulher e a liberdade
111-112 – discurso sobre o casamento
114 – fala como se estivesse lendo um livro
116-119 – discurso sobre a prostituição
120 – Liza fica horrorizada, mas depois se acalma
125 – andando pelas ruas em péssimo estado de espírito
127-128 – atormentado por ter mentido e exagerado na conversa com Liza
134 – em meio à briga com Apollon, chega Liza
140-141 – discurso sincero e auto-depreciativo
144 – distante da “vida viva”, anseia por tranqüilidade
148 – assume-se como anti-herói; “nos desacostumamos da vida"

11 novembro 2011

Rocking and Rolling in São Paulo

Nas próximas linhas contarei como foi a minha saga em SP no fim de semana passado (4 a 6 de Novembro).

Saí no meio da aula de Estética, às 15h25; por sorte, poucos instantes depois que cheguei no ponto de ônibus, chegou uma "zebrinha" (micro-ônibus de cor laranja, muito comuns aqui em Brasília) que ia ao aeoporto. Como eu já tinha feito o check-in e minha bagagem era toda de mão (uma bolsa/sacola da ANPOCS e uma mochila azul), fiquei com bastante tempo livre. Aproveitei para começar a ler "Notas do Subsolo" (Dostoiévski). O vôo da TAM não atrasou - aliás, gostei mais deles que da Gol ou da Webjet; até o lanche é melhor!

Desembarquei em São Paulo às 19h30, e resolvi esperar por um ônibus que fosse até a estação de metrô. Após meia hora, perdi a paciência e perguntei para uma moça do balcão de atendimento o porquê da demora. Felizmente, descobri mais do que precisava: se eu descesse a passarela, chegaria em um ponto no qual passava um ônibus que ia direto para Pinheiros, bairro em que eu ficaria hospedado. A viagem demorou mais de 40 minutos, e quando desci em Pinheiros ainda tive que andar um pouco até encontrar a rua Matheus Grou, mas deu tudo certo. Por apenas 3 reais, consegui ir do aeroporto a Pinheiros! Yay!
O Batista (amigo do Luti), dono do apartamento, me recepcionou. Pouco depois, o próprio Luti chegou, e fomos junto com mais dois colegas a... uma festa na USP! Finalmente conheci a Universidade de São Paulo, e só tenho elogios a ela; de fato parece uma cidade universitária! A festa era na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; em uma estimativa modesta, dá para dizer que havia 5 mil pessoas por lá! O pessoal da UnB precisa fazer uma visita lá para aprender a fazer "parties" maiores (e melhores), rs... Perdi-me do pessoal duas vezes, mas em ambas as vezes acabei os encontrando. A cena mais engraçada foi no fim da festa, quando meus 3 colegas ficaram sentados numa mureta, contemplando 2 garotas que estavam se beijando. Isso durou aproximadamente meia hora! Para aprimorar o clima, ainda estava tocando umas músicas meio românticas, haha. (Aliás, em termos de trilha sonora a festa da FAU/USP foi bem eclética: tocou eletrônica, gay-pop, sertanejo, axé...)
Saímos em torno de 5:30, pegamos um ônibus e fomos dejejuar num McDonald’s no Pinheiros. Aliás, impressionante a quantidade de garotas bonitas havia por lá; deviam estar voltando de alguma boate... Após o lanche, fomos a pé para o apartamento do Batista, e comecei a dormir em torno das sete horas.

Acordei às 12h50, arrumei-me e eu e o Luti fomos à Galeria do Rock. Aproveitei que minha mãe tinha finalmente depositado o dinheiro da semana e comprei 2 camisetas (uma do Sonic Youth, com as fotos da capa e contracapa do álbum "Goo", e outra do Blur, que é vermelho-vinho e minimalista) e 5 CDs (o álbum de estréia dos Stone Roses, "Goo" - Sonic Youth, "The Collection" - Roxy Music, "Kid A" - Radiohead e "Houses of the Holy" - Led Zeppelin).
Despedi-me do Luti (que voltou para Pinheiros; ele só iria mais tarde para o Planeta Terra) e peguei o metrô para Barra Funda. Ao chegar na estação, deparei-me com vários hipsters, que tinham uma maneira curiosa de não dispersar o grupo: todos levantavam o dedo mindinho para se encontrarem! Fiquei conversando com eles no ônibus do Terra.

Ao chegar no Playcenter, continuei com a trupe hipster (a qual, aliás, contava com meninas muito bonitas, rs; eram mineiras, se não me engano), e vimos o show de uma banda muito boa que eu ainda não conhecia: The Name. Foi uma grata surpresa, com músicas bem dançantes; destaque para a bateria. Vou procurar músicas deles para baixar...

Logo nas primeiras horas encontrei o Fernando (amigo de Ciência Política que também passou no mestrado da IESP e morará comigo ano que vem no RJ) e, pouco depois, o casal Rochildo & Juliana, membros honorários da "caravana indie de POL". Bati um papo com eles, e durante a conversa um pessoal do Terra me entrevistou. Na verdade, me pediram para cantar um trecho de "Last Nite". Acho que mandei bem, rs!


Em seguida, vi as quatro faixas finais do show do Garotas Suecas. Por sorte, cheguei justamente em "Bancho de Bucha", música que contou com a participação especial do inigualável Jacaré do É o Tchan! Gostei da performance - tanto dele quanto da banda em geral. Aproveitei para lanchar um Hot Pocket e beber mais uma Coca-Cola.
Dei uma passada no Main Stage; o White Lies estava no palco. Disseram-me que eles já haviam tocado "To Lose My Life" (uma das poucas canções deles que eu gosto), então fiquei só um pouco. Voltei para o Indie Stage e vi o show do Toro y Moi. Estilo meio eletrônico, chegou a ser empolgante, principalmente quando tocaram "New Beat" (abertura), "Still Sound" e "Low Shoulder" (encerramento). Por coincidência, uma colega minha, a Carícia, estava perto de mim; aproveitei para conversar com ela, afinal há meses que não a via.
Fui com ela e um amigo dela ver a parte final do Broken Social Scene. Assim que acabou, passei no bar para fazer estoque (comprei 1 Coca-Cola e 2 garrafas d'água) e, minutos depois, já sozinho, desfrutei o show que mais esperava naquela noite: Interpol. Começaram com "Success", e logo em seguida mandaram a clássica "Say Hello to the Angels". Foi uma apresentação muito boa, com o típico clima soturno desta banda novaiorquina. Eles tocaram praticamente todas as músicas que eu mais queria ver/ouvir; destaque para "The New", "Evil" (a primeira deles que eu ouvi, 6 anos e 2 meses atrás!), "The Heinrich Maneuver" e a ótima sequência final com "Slow Hands", "Not Even Jail" (minha predileta) e "Obstacle 1".
Cerca de meia hora depois começou o show do Beady Eye (a.k.a "Oasis sem Noel"). O excêntrico Liam Gallagher, como sempre, cantou com o pescoço esticado e a pose arrogante. A banda começou bem; logo no início mandaram "Beatles and Stones", "The Roller" e "Bring the Light". Porém, depois da 6ª faixa foram perdendo fôlego. Sem querer bancar o chato, mas custava tocar alguma do Oasis?
Em torno de 1h30, finalmente se iniciou a performance mais esperada da noite: The Strokes. Eu estava perto da grade, mas nem tanto. De qualquer maneira, em todas as direções estava muito apertado/lotado. Quando a banda chegou e mandou logo de cara "New York City Cops", eu e todos à minha volta começamos a pular e cantar! A banda estava com um visual meio excentrico - destaque para Nikolai e Julian. Aliás, os Strokes mostraram ser bastante carismáticos, interagindo bastante com a platéia. O show mais animado do Planeta Terra contou com 19 faixas, sendo 3 no bis. A ênfase da setlist foi no álbum de estréia (8 músicas), mas todos os discos contribuíram com pelo menos 3 canções. As melhores foram "Machu Picchu", "Someday", "Reptilia", "Last Nite", "Under Control" e o encerramento com "Take It Or Leave It".
O Fernando estava alguns metros atrás de mim, então resolvi seguir ele e os amigos dele. Lanchamos, batemos um papo e depois fizemos a sequência ônibus-metrô-táxi-aeroporto. O grupo foi se dispersando a cada meio de transporte; no final, só sobramos eu e uma colega do Fernando, e ela pegou em Congonhas um ônibus para Guarulhos. Fui para o meu portão de embarque, cochilei durante cerca de uma hora, descobri que o portão tinha mudado, peguei a fila e pouco depois já estava no avião (aliás, notável como a TAM é pontual). Como estava exausto, passei boa parte do vôo dormindo.

Ao chegar em Brasília, peguei um ônibus até a rodoviária, em seguida peguei um L2 Norte, cheguei na minha kitnet e... "capotei". Dormi das 13h às 20h e das 22 às 5. E fim de história!

05 novembro 2011

20 anos de Loveless


Em 5 de Novembro de 1991, foi lançado o melhor álbum de rock da década de 90: "Loveless", da banda My Bloody Valentine.
Em breve atualizarei este post com uma resenha-ensaio sobre o disco!