I ran for the door, ringmaster shouted "All the fun of the cirkus!"
Cabe elogiar a musicalidade exuberante dos oito músicos: Robert Fripp (guitarras e teclados), Jakko Jakszyk (vocais, guitarras e flauta), Tony Levin (baixo, backing vocals e Chapman Stick), Mel Collins (saxofone e flauta), Bill Rieflin (teclados) e, é claro, o incrível trio de bateristas Gavin Harrison, Pat Mastelotto e Jeremy Stacey (sendo que o último também tocou teclados). Live in Chicago traz a redenção de uma canção épica do King Crimson que nunca tinha sido tocada no palco na época de seu lançamento original: a faixa-título de Lizard. Ao lado de "Cirkus", do mesmo álbum, "The Lizard Suite" é um dos destaques do show, com uma performance até mesmo superior à versão de estúdio de 1970. Outros grandes momentos desse setlist são "Neurotica" (que se tornou uma faixa quase instrumental, pois os vocais agora se resumem ao refrão), "Fallen Angel" (outra que não foi tocada na época de seu lançamento, porque Fripp dissolveu o King Crimson dias antes do lançamento de Red, em 1974), "Islands" (que só havia sido tocada 4 décadas e meia antes, na turnê do álbum homônimo), o cover de "Heroes" (canção de David Bowie cujo solo de guitarra foi concebido e tocado por Fripp) e o encerramento apoteótico com "21st Century Schizoid Man". Para uma banda com tantos excelentes álbuns ao vivo (dos quais destaco Absent Lovers, USA, The Night Watch e o box The Great Deceiver), Live in Chicago entra no top 5 como o melhor representante da formação final do King Crimson.