[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

05 fevereiro 2011

Less than Attraction

Este post consistirá em uma resenha dupla: "Abaixo de Zero" e "Os Jogos da Atração", dois primeiros romances de Bret Easton Ellis. Terminei este em Dezembro, e aquele há alguns minutos.

Por enquanto, limitar-me-ei a citar as passagens mais importantes da ambos os livros. Mais tarde edito este post.

OS JOGOS DA ATRAÇÃO

- Fluxo de consciência
- Niilismo e vazio existencial
- Perspectivismo (tanto narrativo quanto epistemológico)
- Diferenças em relação ao filme: Paul aparece menos na película que no romance; Sean é mais sombrio neste e mais inseguro naquela; Lauren, no original de Ellis, é mais cínica e fria; inversão do “ele gosta de você” deixa final do filme mais “hetero” que o do livro; o relacionamento entre Sean e Paul, que já era ambíguo, fica duvidoso na versão cinematográfica; garota suicida aparece sutilmente em várias cenas; Mitchell é mais “straight” na telona que no papel; a perda da virgindade de Lauren fica em aberto no final do filme (apesar da sequência inicial, enquanto que no livro ela teve vários parceiros sexuais e até ficou grávida; Lara incorpora as personagens femininas ninfomaníacas (como Judy); no filme, Sean sequer chega a beijar Lauren.

- p. 21-24 (Victor na Europa)
- 32-35 (Paul e lista negra)
- 56 (conversa de Lauren e Judy)
- 62-69 (tentativa de suicídio de Harry; indiferença de Paul)
- 79-81 (duas versões sobre a noite de Sean e Paul)
- 82 (a vida como erro tipográfico)
- 90-92 (Sean e a hippie)
- 98-99 (Lauren ouvindo conversa aleatória)
- 112-113 (Lauren sobre relacionamento com Franklin)
- 135-137 (Paul e Sean; Lauren pré-festa)
- 146-147 (piada de Dick)
- 150 (Joy Division na festa)
- 153-154 (divórcio dos pais de Sean)
- 166-168 (Dick & Paul)
- 169 (suicídio da stalker)
- 176-178 (Clay)
- 182 (o que se faz na faculdade)
- 188-192 (pseudo-intelectuais)
- 205 (Sean tenta se enforcar)
- 210 (Dostoievsky e Kafka)
- 222 (triângulo amoroso)
- 233-234 (os irmãos Patrick e Sean)
- 247-248 (Sean pede Lauren, grávida, em casamento)
- 256-258 (tédio e aborto)
- 259-260 (Sean extrai uma lição)
- 263-264 (correndo dos traficantes)
- 266 (Victor refletindo no show do REM)
- 272 (Paul conversa com Lauren)
- 275 e 11 (elo, história se completa)


ABAIXO DE ZERO

- Moralismo enrustido; personagem, por mais que disfarce, não é indiferente à perversão e absurdo que estão à sua volta.
- Diferenças em relação ao filme: Clay é bissexual; Blair e Julian aparecem bem menos; Trent, Kim e outros coadjuvantes foram suprimidos da adaptação; livro é muito mais sombrio que o filme; Rip é gay; poucas cenas do romance são aproveitadas na versão cinematográfica (ex.: atropelamento dos coiotes).

- p. 7-8 (pessoas têm medo de mudança)
- 15 (New Hampshire te deixou esquisito)
- 17 (“nunca telefonei para ela. Digo que sinto muito.”)
- 19 (o analista esnobe e indiferente)
- 20 (medo de mudar; “ele está disponível?”; anorexia)
- 20-22 (cinismo e promiscuidade; bissexualidade)
- 25 (sobre Rip transar com Alana - “por que não?”)
- 28 (Clay na casa de Griffin)
- 29 (slogan - “Desapareça aqui”)
- 32 (“São as drogas – resmungo”)
- 33 (choro, memórias, “coisas do jeito que foram”; Muriel no hospital)
- 38 (“É bem provável que eu não me interesse por nada”)
- 46-47 (banca de revista; Vanden; ímpeto em convencer Daniel surpreende o próprio Clay)
- 48 (“Eu sou este rapaz de dezoito anos...”)

"... e percebo que, no fundo, tudo se enquadra: eu sou este rapaz de dezoito anos com cabelos louros e mãos trêmulas e meio bronzeado e um pouco embriagado, sentado no Chasen's na esquina de Donehy com Beverly, esperando meu pai perguntar o que quero de Natal." (p. 48)

- 52 (Blair no telefone, fotos dela que Clay guardava)
- 55-56 (Toyota capotado na estrada, Clay não pára; recortes de jornal de situações violentas)
-62-63 (Muriel trancada; o fotógrafo)
- 64 (discos do Led Zeppelin, segundo pastor da TV, são demoníacos)
- 77 (indiferença à velhinha)
- 78 (DJ com visual entre o gay e a new wave; “O desalento predomina”)
- 79 (a gorda do bar)
- 83 (sonho estranho, afundando na lama)
- 87-89 (na boate com a garota bêbada; no analista)
- 90-91 (com família em Palm Springs)
- 96 (personagens do filme eliminados sem motivo – “isso acontece na vida real”)
- 102 (programa religioso; “que esta seja uma noite de Libertação)
- 105-106 (diretor não lembra nome do dublê morto)
- 106-108 (conversa com Kim – “Você faz o quê?”)
- 114 (Alana - “perdemos toda espécie de sentimentos”)
- 116 (história de estupro daria um bom roteiro)
- 118-119 (lembranças da avó; Clay visita a escola em que estudava)
- 125 (Clay sobre programa de Julian – “Só me interessa ver o pior”)
- 127 (Julian prostituindo-se para homem no hotel)
- 133 (frase que ecoa – “Você é bonitinho e isso é tudo que interessa”)
- 136-137 (estupro da menina de 12 anos; Rip – “Se você quer fazer uma coisa, tem o direito de fazer”)

"- É que... - minha voz some.
- É o quê? - Rip quer saber.
- É que... não acho isso certo.
- O que é certo? Se você quer uma coisa, tem o direito de tomar. Se quer fazer uma coisa, tem o direito de fazer.
Apóio-me na parede. Posso ouvir Spin gemendo no quarto e o som de uma mão dando um tapa, talvez num rosto.
- Mas você não precisa de nada. Tem tudo - digo.
Rip olha para mim: - Não. Não tenho não.
(...) Depois de uma pausa, pergunto: - Que merda, não tem o quê, Rip, o que você não tem?
- Não tenho nada a perder." (p. 137)

- 145-148 (lembranças e última conversa com Blair)

"- Clay, você já me amou?
Estou examinando um outdoor e digo que não ouvi o que ela disse.
- Perguntei se já me amou alguma vez.
No terraço, o sol explode em meus olhos e, por um instante, ofuscado, posso me ver nitidamente. Lembro-me da primeira vez que fizemos amor na casa de Palm Springs, seu corpo molhado e moreno, deitado em lençóis brancos e frescos.
- Não faça isso, Blair.
- É só responder.
Não digo nada.
- É uma pergunta tão difícil de ser respondida?
Olho diretamente para ela.
- Sim ou não?
- Por quê?
- Porra, Clay - ela suspira.
- É, claro, creio que sim.
- Não minta para mim.
- Que merda você quer ouvir?
- É só dizer - ela fala, aumentando a voz.
- Não - quase grito. - Nunca - respondo e quase começo a rir.
Ela inspira e diz: - Obrigada. É tudo que eu queria saber. - Toma o vinho.
- Você já me amou? - pergunto de volta, embora a essa altura nem esteja ligando.
Ela hesita: - Pensei nisso e sim, o amei numa determinada época. (...) Você era gentil. (...) Mas era como se você não estivesse ali
." (p. 147)

- 150 (reflexão sobre imagens de LA)

 

Comentários:

 

 

[ << Home]