2010 is over. Let's remember how was the year!
- As melhores férias de verão de Kaio Felipe: quando decidi passar Janeiro e Fevereiro deste ano em Brasília, parecia ser uma decisão arriscada. Ledo engano; raras vezes me diverti tanto! Eu tinha uma rotina perfeita: aula de Crítica Literária às 8 da manhã, ler um bom livro, almoçar, cochilar, Francês à tarde e, dependendo do dia da semana, corujão internético, colóquio ou festa. Em vários "sabadomingos", eu também ia para o Park Shopping e o Casa Park, para passear pela Cultura, ver um filme e depois ir à Drops; nas vezes em que fui sozinho, quando acabava a festa eu ia lanchar no Extra para depois pegar o metrô.
Para melhorar, a greve da UnB, apesar de seus prejuízos acadêmicos, ampliou para quatro meses o meu período de recesso. Era tanto tempo livre que, no início de Maio, quando voltaram as aulas, eu fiquei aliviado, haha.
Fui em cerca de 20 festas; não houve uma semana sequer em que eu não tenha saído! O repertório de boates foi diversificado: Drops, Landscape, Galleria, Play, Velvet, Blue Space... (às vezes, também ia com o pessoal para o Balaio Café)
Dancei tanto que devo ter emagrecido alguns quilos - ou, pelo menos, estabilizado minha massa corpórea (atualmente estou com 73 kg). Relembrei clássicos e conheci músicas novas no 'dancefloor', diverti-me dançando com meus amigos(as) ou com garotas aleatórias e engraçadas (que ficavam tentando imitar meu estilo de dançar, rs)...
- DJ Walrus: neste ano, até discotequei em 4 ocasiões! A primeira foi no aniversário do Giuliano (27/3); depois, no Velvet Pub (13/5); CAHIS (22/7) e, por último, numa festa dos CAs do Corredor da Morte (12/11). Quem sabe se, no futuro, não posso arranjar um "bico" de DJ para ganhar um dinheiro extra para além da bolsa do DEX?
- Amadurecimento acadêmico, parte 1 - PET: entrei no Programação de Educação Tutorial em Julho do ano passado. Os primeiros meses foram bem legais, inclusive nos momentos de lazer - ainda tenho guardada em minha memória as vezes em fiquei jogando Magic com os meninos. Porém, em 2010 não foi bem assim; no início até foi muito bom, pois as reuniões acadêmicas sempre tinham debates instigantes.
A partir do fim de Abril, entretanto, minhas relações com eles começaram a se desgastar. Eu não tinha paciência para lidar com tanta burocracia (vide reuniões administrativas), mas o principal problema que encontrei foi a desmotivação e desinteresse pela extensão que o grupo realizava (o projeto E Eu Com Isso?). Os acampamentos em que fui tiveram seus bons momentos, mas o planejamento era cansativo e a vibe era muito "consciência social" para o meu gosto. Nada contra (aliás, quanto ao que se propõe a fazer, o EECI é um sucesso), mas tenho outras prioridades acadêmicas.
Quando percebi que, a partir de certo momento, eu só estava no PET por causa da bolsa, resolvi ser sincero quanto a isso para os demais, afinal não existe nada pior do que continuar em algo que não te motiva mais. No início de Setembro, eu já estava fora do Programa. Desde então, sou bolsista de umas iniciativas acadêmicas de que mais gostei em 2010...
- Amadurecimento acadêmico, parte 2 - Estudos Humanistas: já contei tantas vezes essa história, mas não me canso de repetir: "Começou com colóquios semanais, em Janeiro ;depois criamos um grupo de estudos em Março; tornamo-nos projeto de extensão e fomos aprovados pelo PIBEX; ao longo do ano, também promovemos ciclos temáticos, palestras, eventos culturais, e extensão em escola pública; atualmente, temos seis membros e um professor orientador".
Além disso, os propósitos do EH continuam os mesmos: cultivar a formação humanística de seus membros, fomentar o autodidatismo, difundir uma cultura de excelência acadêmica na comunidade/sociedade.
Não exagero quando afirmo que foi o melhor projeto do qual já participei em minha vida. Seu impacto positivo em minha vida foi tanto teórico (entrei em contato com várias reflexões políticas, literárias e filosóficas dos mais diversos autores e épocas, o que me trouxe enriquecimento e aprofundamento intelectuais) quanto prático (adquiri o hábito de fichar tudo o que leio, melhorei minha capacidade pedagógica de expor conteúdos). Além disso, fiz amigos (vide "Novas amizades") mais do que valiosos!
Nossos planos para 2011 são bem ambiciosos. Estudaremos, pelo GEH, autores clássicos como Homero, Goethe e Cervantes, faremos colóquios sobre temas que vão desde as Escolas Helênicas até a Ficção Científica do Séc. XIX, promoveremos 6 palestras/eventos ao longo do ano etc. Confesso que estou bastante entusiasmado com que os Estudos Humanistas desempenherão nos próximos meses!
- As viagens acadêmicas:
ECONPET (4 a 7/6): em Junho fui para Belém para participar do oitavo Encontro Regional de grupos PET. Ô, cidade quente e úmida! Juro que derreteria se a universidade em que foi realizado o evento não tivesse ar condicionado, rs. As festas foram legais, muito embora com muito techno-brega e pouca música de que gosto; de qualquer maneira, o pessoal ficou fã do meu jeito de dançar, haha. A parte mais séria também foi proveitosa, com as articulações políticas (fiquei do lado dos professores e contra os alunos radicais, as always) e os grupos de trabalho (participei daquele sobre as relações do PET com a Graduação).
ABCP (4 a 7/8): Recife foi o destino da vez. Ao invés do clima, o "destaque" da cidade foi a própria população recifense - nunca vi povo tão estourado e briguento! Segundo meus colegas, certa noite na lanchonete eles presenciaram três brigas no intervalo de alguns minutos: em uma, o sujeito bateu na esposa do outro; em outra, o motivo da discussão foi o estacionamento; e ainda teve uma em que o 'elemento' jogou o cardápio na cara da atendente!
Tirando isso, adorei a estadia. Acompanhei ótimas palestras sobre Teoria Política e outros temas. Diverti-me muito com o pessoal, inclusive na noite de abertura, com os coquetéis. Para fechar, a boate em que fomos no último dia era muito boa.
ANPOCS (26 a 30/10): Caxambú, pelo terceiro ano consecutivo! Desta vez, no entanto, aproveitei muito mais as mesas-redondas e seminários. Acordei cedo em todos os dias, e meu bloquinho de anotações ficou com 19 páginas. O ST de Teoria Política foi especialmente útil para a minha pesquisa, especialmente no dia em que discutiram a questão da Liberdade. Um momento divertido foi quando uma professora carioca, em uma MR na qual falava de Gilberto Freyre, deu várias cutucadas no reducionismo marxista da "Escola de Sociologia" da USP, explicitando a rivalidade RJ x SP nas ciências sociais tupiniquins.
Antes que perguntem: sim, também aproveitei as festas! Saí em todas as noites, e dancei muito, embora eles toquem as mesmas músicas em todos os anos. Ano que vem vou me lembrar de anotar essa setlist e gravar uma coletânea "Hits eternos da ANPOCS", haha.
- Política estudantil: a já mencionada greve foi responsável por um gigantesco atraso no calendário acadêmico; não por acaso, minhas aulas deste semestre só acabam dia 8 de Fevereiro. Lembro-me que, em várias assembléias estudantis, eu era o único (ou, pelo menos, um dos raros) que se posicionou contra a continuidade da greve estudantil - não só porque ela é vazia de sentido ("greve do pijama") mas também porque, a partir de 11 de Maio, a permanência dela depois de já encerrada a greve "de verdade" (a dos professores) era insensata. Felizmente, no dia 18/5, em uma reviravolta, a assembléia finalmente aprovou o fim da paralisação discente. Sinto-me contente por ter participado dessa mobilização, já que eu e outros 2 amigos pregamos vários cartazes na UnB inteira pedindo para que os estudantes fossem à assembléia votar pelo seu "direito de estudar", ao contrário do que queriam os militantes disfarçados de universitários. Dois dias depois, outra vitória: o CEPE aprovou o calendário acadêmico, e as aulas voltam para valer. Novamente a esquerda se irritou, e inclusive espalhou a farsa do "calendário retroativo", esquecendo-se de propósito que foi aprovado o abono de faltas ocorridas entre 11 e 19/5 e várias medidas de assistência estudantil.
Continuo a fazer parte da Aliança pela Liberdade. Crescemos bastante em 2010, mas tivemos nossos altos e baixos. Nosso ápice foi em Maio, quando quase decidimos concorrer ao DCE. Porém, perdemos fôlego nos meses seguintes, mas nos recuperamos a tempo das eleições de Agosto. Nossa modesta campanha (que, no entanto, foi bem forte na internet) conseguiu um resultado surpreendente: quase 20% dos votos para a Representação Discente, o que nos garantiu 5 vagas nos conselhos universitários. Eu, por exemplo, sou titular no CEPE.
Falando sobre "pautas do movimento estudantil", confesso que, além da minha eterna "bête noire" (a esquerda festiva, cheia de pompa revolucionária e protestos sem civilização mas, acima de tudo, cultivando um estilo de vida de playboys) um dos meus principais incômodos em 2010 foi com a militância LGBT. Foi um caso lamentável de como distorcer uma boa causa com métodos questionáveis e um fanatismo digno de neopentecostais. O fato de terem pichado os murais do ICC foi o exemplo mais claro dos excessos dos movimentos sociais coloridos.
"These are gay times", em que uma minoria discrimina qualquer um que não colabore ou coopere com seus caprichos. Não chega a ser a "heterofobia" (termo muito em voga na época do BBB 10, que aliás foi um exemplo lamentável de como machistas e LGBTs militantes podem ser igualmente irritantes), mas é simplesmente selvageria de quem acha que deve "politizar o cotidiano" a todo custo, calando todos aqueles que discordam. Confesso, aliás, que não sou exatamente a favor do PL-122 e do "kit gay" que irão distribuir nas escolas públicas.
- Política nacional: uma ex-terrorista foi eleita Presidente do Brasil. So what? Em uma eleição na qual o principal candidato da oposição era o apático e centralizador José Serra, fica difícil evitar uma 3ª vitória consecutiva dos petistas. Votei em Marina Silva no 1º turno, mas não me deixei enganar pela "onda verde"; aliás, o ambientalismo esteve longe de ser minha motivação para votar nela (preferi a promessa de manter a política econômica e a aproximação com o empresariado).
O PSDB é um partido oposicionista muito fraco e vacilante. Recusam-se até mesmo a defender seus feitos em 8 anos de FHC. Tal timidez e insegurança para exaltar, dentre outras medidas, as privatizações, facilitou a construção da hegemonia do PT (e seu pilar, o PMDB). Embora Aécio Neves seja uma boa liderança, não nutro tantas esperanças de que ele possa ser o responsável por tirar Dilma e cia. do Palácio do Planalto.
O colapso do DEM também não é muito animador; só espero que, depois da queda brusca de suas bancadas no Senado e na Câmara, o partido abandone de vez os resquícios jurássicos do coronelismo pefelista e se assuma como uma moderna oposição conservadora (ou, se possível, liberal).
- Novas amizades: 2010 foi um ano ótimo para a minha vida social. Fiz novos amigos, graças às matérias que peguei, ao PET e o ao EH e pelos círculos sociais que passei a freqüentar. Não que eu me importe muito em ser uma pessoa "sociável"; ainda valorizo muito passar meu tempo sozinho, com meus livros, notebook e CDs. Porém, é inegável que ter mais (e melhores) pessoas com quem conversar, rir e compartilhar experiências é excelente para meu aprimoramento enquanto ser humano. Nesse sentido, a UnB vem sendo uma ótima oportunidade de sair da minha "bolha".
- E a vida amorosa? E a sexual? Em ambos os casos, fiquei "na seca", if you know what I mean. Em compensação, fiquei com duas garotas, uma em Março e outra em Setembro. Ambas eram morenas e um pouco mais velhas do que eu, o que corrobora com o meu "padrão", rs. Em 2011, uma das minhas metas é arranjar uma "fuck friend". Ou, sendo mais ambicioso, uma namorada nerd. [Leitor(a) pensa: "Aham, e eu quero ganhar na Mega Sena."]
- Os cinco melhores livros que li em 2010 (não valendo os que reli):
Menções honrosas: A Democracia na América (Alexis de Tocqueville) - na verdade, deveria ser "desclassificado", pois reli umas 100 páginas que eu já tinha lido em 2009 (para corrigir fichamento de Teoria Política Moderna), e faltaram também em torno de 100 pág. para que eu o lesse inteiro. Porém, julguei indispensável citá-lo. Nem preciso dizer que Tocqueville é brilhante, certo? Escreve bem; é lúcido na sua análise sociológica/política; produziu capítulos maravilhosos sobre, p.ex., o "espírito de sistema" dos historiadores, a cultura literária nos EUA e a diferença entre valores aristocráticos e democráticos; trabalha com categorias interessantes ("sociedade aristocrática" e "sociedade democrática", "individualismo" e "egoísmo", "tirania da maioria" e "despotismo democrático"...) etc.
Em um ano no qual li 39 livros (sendo 9 deles releituras), também vale citar os dois do Eric Voegelin que li (A Nova Ciência da Política e Reflexões Autobiográficas - a propósito, terminei de lê-lo hoje!), o brilhante diálogo A República (Platão) e a empolgante epopéia Os Lusíadas (Luis de Camões).
5º Os Jogos da Atração (Bret Easton Ellis): este está na lista menos por seu valor intrínseco (por mais que ele seja bom, certamente não tem mérito para ficar na frente de gênios como Platão, Tocqueville e Camões - que isso fique claro!), mas por ter servido de munição para uma reflexão que foi central para mim em 2010: o "niilismo juvenil", o "relativismo moral da minha geração" ou seja lá que nome dêem para isso. Sempre quis entender melhor a psiquê daqueles que têm uma atitude tão hedonista e existencialmente vazia diante da vida. Material para isso não falta, mas gostaria de analisar o fenômeno por meio de um romance de mais de 20 anos atrás. Confesso que me senti aterrorizado com o que li - como é possível alguém guiar sua existência se importando apenas com sexo, drogas ou qualquer outro prazer momentâneo? O filme, que ao longo dos anos ganhou reputação de cult e junkie, é fiel ao livro, mas ainda sim não capta a faceta sombria do romance de Ellis. Personagens como Sean e Lauren revelam uma indiferença em relação ao mundo que, infelizmente, é recorrente entre os jovens de hoje.
4º O Declínio da Cultura Ocidental (Allan Bloom) - outra obra oitentista, e que também trabalha com o tema de "Os Jogos da Atração", só que sob a perspectiva de um professor universitário. Bloom é um humanista ferrenho, claramente frustrado com a queda livre do nível intelectual e moral da universidade - e, por tabela, da sociedade americana (aliás, o nome original do livro é "The Closing of the American Mind"). Um dos melhores momentos da obra é quando ele afirma, a partir de uma análise filosófica dos filmes de Woody Allen, que predomina na classe média americana uma mentalidade de "niilismo com happy ending".
3º Os Limites da Ação do Estado (Wilhelm von Humboldt) - "bildung", eis uma palavrinha que marcou meu ano. O autor seminal do Liberalismo Alemão expressa uma concepção de liberdade que, tanto em política quanto na própria formação cultural do indivíduo, é baseada em uma interdependência: educar para a liberdade, libertar para educar. Alguns capítulos, como os dois primeiros ("Introdução" e "Do indivíduo e das mais elevadas finalidades de sua existência") e o 8º ("Aprimoramento da moral"), foram bem edificantes, e me permitiram um conceito de liberdade menos "economicista" e "atomista" do que aquele que os economistas austríacos e os filósofos britânicos me forneceram.
2º Radicals for Capitalism (Brian Doherty) - descobri-o graças a um top 10 de livros liberais postado no Ordem Livre. Foi uma leitura deliciosa, pois é uma obra que conta a história do movimento libertário americano a partir do cruzamento da biografia de intelectuais como Mises, Hayek, Ayn Rand, Rothbard e Leonard Read. Descobri muitas contas interessantes e surpreendentes sobre estes "radicais pelo capitalismo". Além disso, li-o em uma das melhores épocas de minha vida - os 2 primeiros meses de 2010; o fato de ser uma de minhas primeiras leituras integrais em inglês (aliás, é um livro de 700 páginas!) também pesam para este 2º lugar.
1º O Liberalismo - Antigo e Moderno (José Guilherme Merquior) - sem dúvidas, um livro decisivo para os meus interesses intelectuais e filosóficos. Deu o norte para a minha pesquisa sobre a questão da Liberdade no romance de Thomas Mann, e apresentou-me autores da tradição liberal que muito me influenciam desde então - um deles é o próprio Humboldt. Devorei esta obra do Merquior; gastei apenas 2 dias para lê-la na íntegra! É sintomático que os meus dois livros favoritos em 2010 sejam históricos/biográficos e também "revisões bibliográficas", afinal eu me enveredarei por estas trilhas em minha carreira acadêmica. Merquior é um pensador exemplar em sua erudição e clareza.
A seguir, um breve adendo ao post anterior, ainda na vibe musical:
- A "diva pop" mais superestimada: Lady GaGa. Um caso extremo de como fazer sucesso copiando Michael Jackson e Madonna (vide o clipe 'mamãe, sou feminista e wannabe de Anticristo' de "Alejandro"), sempre com uma artificialidade assustadora. Ok, ela tem boas músicas ("Dance in the Dark", "Beautiful, Dirty, Rich" e até a overplayed "Bad Romance", p.ex.), mas não é tão brilhante quanto mídia e fãs querem crer. Sinal dos "gay times", como já disse acima?
- A "diva pop" mais subestimada: Ke$ha. Embora tenha feito grande sucesso comercial, ela foi deveras espinafrada: pelos efeitos que usa na voz, por cantar mal e por ser muito "trash". Whatever, acho ela muito divertida! Leiam as letras de "Grow a Pear", "Your Love Is My Drug", "Tik Tok" e "Cannibal", e vocês descobrirão que, além de dançantes e grudentas, estas são faixas com versos adoravelmente debochados! Além do mais, curto essa estética porra-louca e "I love money" dela. O toque de humor faz com que ela não soe tão forçada quanto por exemplo, a Christina Aguilera de 2002.
- A banda que se consolidou no meu gosto musical: Suede. Ok, eles já estavam no top 30 do meu Last.FM há quatro anos, mas foi só em 2010 que passaram a ganhar ares de "cânone" na minha vida. Dia desses, disse no meu twitter que tenho um "bissexualismo cultural": adoro humor machista e arte (literatura e música) andrógina/queer, rs. A banda de Brett Anderson é uma aplicação dessa tese. A ambigüidade e a luxúria do 1º álbum, o romantismo trágico de "Dog Man Star" e o glam empolgante de "Coming Up" oferecem três facetas de um dos conjuntos mais geniais da Inglaterra nos anos 90. Uma boa demonstração disso é o fato de que até os B-sides deles são bons (em especial, "My Insatiable One", "My Dark Star" e "Killing of a Flash Boy"). Por último, vale citar a sensibilidade artística que trespassa desde as letras de Anderson e os riffs de Butler até as próprias capas dos singles e álbuns - ênfase na fase 1992-97.
- As bandas que mais ouvi neste ano, segundo o Last.FM: 5º of Montreal (125), 4º Franz Ferdinand (126), 3º Suede (126) 2º Joy Division (138), 1º The Beatles (166).
- Os melhores shows que fui em 2010:
5. Marky Ramone (5/11) - fui com o Luti e a irmã dele, Marina. Foi bem divertido! Ele e o Michael Greaves (ex-vocalista do Misfits) fizeram um baita show; tocaram todos os clássicos dos Ramones - inclusive a minha predileta, "Now I Wanna Sniff Some Glue".
4. of Montreal (19/11) - uma festa colorida e empolgante, em que a música encontrou o teatro. E Kevin Barnes vestido de garotinha foi impagável! Vide Um fim de semana em São Paulo - O Sábado Sociável
3. Pavement (19/11) - o impossível aconteceu, em dose tripla: O "Pavê" voltou a tocar junto, eles vieram ao Brasil e eu fui ao show. Inesquecível! Vide Um fim de semana em São Paulo - O Sábado Sociável
2. Franz Ferdinand (21/3) - a noite em que tudo aconteceu: adrenalina, emoção, suor, desmaio, recuperação, êxtase, descontração. 5 anos de espera que valeram a pena! Vide Auf Achse, Karamazov - parte 2
1 Paul McCartney (20/11) - escolha óbvia, mas inevitável. Para coroar meu melhor weekend em 2010, o "cute Beatle" faz uma apresentação lendária, com três horas de show e quase quarenta faixas. A melhor injeção de serotonina ever! Vide Um fim de semana em São Paulo - O Domingo Solitário