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Kaio

 

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13 agosto 2010

Entre Assimilacionistas e Autóctones

Estética e Política nas Escolas Literárias Brasileiras

- Visões de arte: pedagógica (formar cidadãos), clássica (a catarse das verdades), romântica (verdades subjetivas), engajada (tensões sociais).
- O diálogo com a tradição: os ciclos (apolíneos x dionisíacos, clássicos x medievais, razão x emoção?). Entre a semelhança e a representação. Com quais autores se está convergindo ou divergindo?
- Mediação cultural: o intelectual público e a identidade nacional. Reivindicação da (autoridade de) interpretação de seu próprio povo. Assimilar e incorporar valores de outras culturas. Se feita de forma unilateral e unidirecional, aculturação. Transculturação - se há uma rede de influências. Neoculturação - se pensa na possibilidade de novos modelos de mudança cultural. O caráter estrangeiro do próprio nativismo. Entre o engajamento e o esteticismo.
- Barroco: Padre Antônio Vieira. Medieval, emulativo; “a culpa é do orador”. Tanto na retórica quanto na gramática, predominam os paradoxos e antíteses. Tensão entre o religioso e o racional. Em meio a tantos dualismos, talvez o hedonismo seja a solução. A Guerra dos Holandeses como símbolo de um sentimento nacional, mesmo que incipiente.
- Arcadismo: Entre Rousseau e os gregos: o “bom selvagem” e o culto à concepção canônica de arte. Natureza controlada, civilizada. Muitos poetas árcades participaram da Inconfidência Mineira; havia um projeto nacional, de inspiração iluminista? Tomás Antônio Gonzaga e a melancolia do fim do ciclo da mineração.
- Romantismo: Gonçalves Dias e o nascimento do patriotismo (ou nacionalismo?). Álvares de Azevedo adota um tom soturno e extravagante. Castro Alves e o engajamento. “Nós conhecemos o nativo” (Alencar); escapismo. Zeitgeist do Império: sensível e bucólico, mas escravista e servidor público.
- Realismo: Machado de Assis e a ironia sem auto-imunização. Precisão analítica e ênfase psicológica. Crítica social, com uma investigação às vezes mais rica do que muitas teorias sociológicas. Pedantismo e futilidade da elite. O caso da Proclamação da República (“Esaú e Jacó”). Tom cético e conservador, no caso de Machado; positivista (pró-Floriano) e reformista, quanto a Raul Pompéia.
- Naturalismo: Darwinismo social. Aluísio Azevedo e seu “Cortiço”. Desigualdades socioeconômicas, a degradação pelo meio. Reformismo à la Durkheim. Zola era socialista. A Revolta da Vacina: a ciência e os excluídos; “vômito social”.
- Parnasianismo: Conservadores? “A arte pela arte” – ênfase na estética chega ao extremo. Olavo Bilac, republicano e nacionalista; oposição a Floriano; serviço militar obrigatório. “A Pátria não é raça, economia ou política: é o idioma”, seja ele herdado ou criado.
- Modernismo: paradoxo da Antropofagia: inovar e resgatar. Ao mesmo tempo em que há um esforço de originalidade e vanguarda, buscam-se as raízes nacionais. O discurso nativista contrasta com uma forte assimilação da arte européia. “Devoração cultural”. Porém, o “antropofágico” fala em exportação; comércio, e não autarquia. Há, simultaneamente, um resgate do individualismo e da espontaneidade do romantismo – em contraste com as 3 escolas anteriores. Oswald, por exemplo, evoca a influência dos críticos da modernidade (Nietzsche, Freud, Rousseau) e de seus exaltadores de pólo radical (Marx). A Revolução de 1930 foi um marco da modernização brasileira, tanto política quanto cultural.
- “As Raízes Políticas do Nacionalismo Modernista”: abrir alas para a identidade ou mera cópia do futurismo europeu, inclusive nos preconceitos classistas? Modernismo, segundo Cândido, é resposta a efervescência social; necessidade interna de unidade nacional. Não-inclusão à categoria de cidadão comum (no caso paulista). Nacionalismo “afrancesado” de Oswald. Nacional ou regional?

 

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