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Kaio

 

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28 fevereiro 2010

Feet in the air. Head on the ground.

Acabou Fevereiro... foi menos especial que Janeiro, mas também teve seus bons momentos. Continuei saindo bastante, a reta final de Crítica Literária foi boa, li ótimos livros, a matrícula foi um sucesso, e meus planos para o ano não foram abalados.

Li nessa semana dois livros quase diametralmente opostos, mas igualmente geniais: "Clube da Luta" (Chuck Palahniuk) e "A Nova Ciência da Política" (Eric Voegelin). Um proporcionou-me um dos mais frenéticos e sombrios romances dos anos 90; o outro, uma contudente combinação de teologia com teoria política.
A versão literária do "Fight Club" consegue ser tão brilhante quanto o filme que inspirou; talvez, até um pouco mais. A grosso modo, é a história de um homem que descobriu em si uma vitalidade por muitos anos reprimida, e não sabe como controlá-la quando esta se emancipa. Repleto de aforismos, o livro é tão anárquico que beira ao niilismo, não fosse a ligeira sanidade de sua reta final. Em uma conversa com um interlocutor inusitado (spoiler alert...), o narrador sentencia: "We are not special. We are not crap or trash, either. We just are, and what happens just happens".
Já o ensaio de Voegelin é uma interpretação ousada da Modernidade: e se o progresso fosse, na verdade, decadência? A partir de uma antropologia filosófica que abarca os principais povos e tradições do Ocidente (gregos, romanos e cristãos, p.ex.), ele constata que, há cerca de mil anos, surgiu o movimento gnóstico, cuja concepção de mundo envolvia uma "divinização da realidade", trazendo Deus para o mundo terreno e todas as consequências dessa visão teológica/filosófica. Com a idéia de buscar o paraíso "aqui e agora", independentemente do método (progressivista, utópico ou ativista), o gnosticismo influenciou todo o pensamento moderno, desde humanistas e protestantes até iluministas, liberais, marxistas e nazistas. A abolição do "amor Dei" em prol do "amor sui" levou a um lento e contínuo colapso moral da Modernidade, época "do homem que está intelectual e espiritualmente desorientado, e por isso, motivado principalmente por suas paixões" (p. 132).
Aliás, provavelmente o próximo colóquio será sobre ele. No próximo post colocarei as anotações que utilizei para o último, que foi sobre La Boétie.

MatrículaWeb: pela 1ª vez em 5 semestres, consegui tudo o que eu pedi de primeira: Análise Política (única obrigatória; deve ser interessante), Sociologia do Conhecimento (a "promessa" do semestre, e será com meu saudoso professor de IMCS, o Gusmão), Identidade Nacional e Nacionalismo (será ministrada pelo tutor do PET; boas expectativas), Introdução à Filosofia (já estava na hora de fazer, não é?) e História Social e Política Latino-Americana (mal necessário, afinal são 4 créditos e me ajudará a completar as 8 disciplinas de cadeia).
Agora, é tomar cuidado para meu semestre não ficar muito cheio. Além das matérias, tenho: PET (pesquisa, reuniões acadêmicas, Cinema Político, extensão...), monitoria de Teoria Política Contemporânea (ontem houve a reunião para a divisão dos textos que cada um corrigirá; consegui todos os que eu queria, inclusive Weber, Foucault, Nozick e Schumpeter), Aliança pela Liberdade (campanha eleitoral, projetos e atividades) e grupo de estudos (aliás, preciso terminar logo de preencher a ficha do PIBEX).

Saldo das férias (12/12 a 28/2), quanto a night-outs: 4 Drops, 3 Landscape, 3 Play!, 1 Galleria, 1 Velvet Pub. Dancei bastante; virou meu exercício físico semanal. Bebi cerveja pela primeira vez, mas bem pouco - e nem gostei, tanto que nesse fim de semana fiquei só na Coca mesmo. Puxei conversa com uma garota ontem (enfim, estou superando minha irritante timidez) mas infelizmente ela era dyke. Fiquei mais amigo de alguns colegas de POL - mais especificamente, daqueles da "caravana indie", afinal todos irão para o show do Franz, hehe.

Desanimei com BBB. Virei pé frio, pois todo mundo para quem eu torço (Tessália, Elenita, Angélica) é eliminado. Mesmo assim, prefiro o quarteto Michel + Cláudia + Eliéser + Dicésar aos outros seis, mesmo sabendo que o título dificilmente sairá das mãos de Dourado - ou, talvez, Serginho. Uma pena, pois esta edição prometia muito. É triste ver a excessiva polarização das torcidas, que enfraquece a análise do jogo pela netBBB.

Se quiserem, mandem perguntas para o meu Formspring.

Hasta.

 

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