BSB, GYN, BSB
Dormi um pouco (3h30 às 6h10), e logo estava me arrumando (e as malas, também) para ir a Goiânia passar o feriado do Carnaval. Antes da hora do almoço, eu já tinha chegado à minha cidade natal. A estadia começou com uma pequena frustração: passei na frente do Martim Cererê, jurando que o Grito Rock seria lá. Só quando cheguei em casa que fui descobrir que, na verdade, o evento estava acontecendo no estacionamento do Serra Dourada. Fail...
Os demais dias foram razoáveis. Joguei Wii com meus irmãos e amigos - diverti-me bastante com Super Smash Bros. Brawl, e gostei da trilha sonora de Just Dance (tem até Blur e Blondie, e finalmente descobri o nome e o artista daquela 'música cowboy-eletrônica': "Cotton Eye Joe", Rednex!). Felizmente, e pela 1ª vez desde 1999, não acompanhei os desfiles e a apuração das escolas de samba fluminenses e paulistas. Aproveitei melhor meu tempo - não só com a família, mas também com boas leituras. Terminei o inspirador "Radicals for Capitalism" (aguardem mais sobre ele, em outro post) e também o agradável "Thomas e Mann e o Brasil" (Vamireh Chacon).
Infelizmente, na quinta-feira, meu último dia em Goiânia, peguei um resfriado. Foi meio irritante. Porém, já estou quase recuperado, depois de tomar bastante Vitamina C nos últimos três dias. Na tarde de anteontem, voltei para Brasília.
Ontem tive uma quádrupla saída: busquei um livro que mandei copiar e encadernar ("The Rise of the Western World", do Douglass North); tive reunião com alguns membros da Aliança; assisti a "Lua Nova" com um amigo e uma amiga; depois, nós fomos à Play!, em que uma das discotecagens foi do Lúcio Ribeiro.
Nas últimas horas, terminei de ler um livro que um amigo católico me emprestou: "A Vontade de Poder: Nietzsche, hoje" (José Lino C. Nieto), que contém uma visão de um teólogo sobre o pensamento nietzscheano. É uma obra curta e interessante, pois algumas das críticas ao relativismo moral e o niilismo deste filósofo são muito pertinentes. O problema é na parte propositiva: eu não concordo com os valores católicos de Revelação, Divino, Cristo etc. Digamos que eu estaria naquilo que eles chamam de "ética sem Deus": tenho meus limites morais e finalidades delimitadas (não concordo com o radicalismo da "vontade de poder" defendida por Nietzsche), mas sou um agnóstico cujo conceito de liberdade humana é pautado a partir do indivíduo, e não de uma graça divina.
O bom é que este pequeno livro me deu alguma inspiração para os dilemas pelos quais a Giovana, uma das personagens do meu livro, passará. Ela está em plena crise existencial, atordoada pela completa falta de nortes e referenciais. Para resolver sua luta contra esta angústia incessante, por um lado ela se simpatiza com causas feministas/LGBT/multiculturalistas (até porque as 3 a atingem em seu cotidiano), mas por outro lentamente tem epifanias que a aproximam do catolicismo.
Estou decidindo pr'onde sairei hoje à noite. Amanhã volto com mais novidades. "Beijinhos, o garoto do blog!" (por favor, não me matem depois dessa paródia infame)