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Kaio

 

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12 setembro 2008

Dando prosseguimento ao #500

AMANHÃ #1 - A.N.F.I.S.I.S.M.O.

Faltaram-me tempo e inspiração no decorrer da semana, então só venho postar a continuação do post passado justamente no dia do 'aniversário' de 2 anos de minha corrente filosófica.
Um leitor mais espertinho poderia, logo de cara, questionar-me em dois pontos: "1 - Desde quando filosofia faz aniversário? 2 - Você já não se cansou dessa tolice de se gabar de ter sua própria linha de pensamento, por mais que, por enquanto, você seja o único adepto dela?"
Em primeiro lugar, acho digno valorizar minha produção intelectual, por mais duvidosa que ela seja; logo, não vejo problemas em lembrar-me das datas em que tive insights importantes. Segundo, um filósofo - ainda mais os autoproclamados, como eu - pouco se importa com detalhes sórdidos como a quantidade de pessoas que acreditam em suas idéias. Relaxem, um dia ainda hão de acontecer três coisas: amadurecimento e aprofundamento de minhas teorias, recepção positiva e calorosa das pessoas em relação a elas (ainda que depois de minha morte, o que seria muito cristzscheano, hahahaha) e, é claro, a paz mundial.
Ok, voltemos ao Anfisismo. Sendo ele uma altamente idiossincrática expressão do 'Kaio way of thought', contém certas características bem óbvias, tais como:
- A simultânea rejeição ao relativismo e ao monismo, não supondo, portanto, que verdade seja uma coisa assaz 'líquida' ou que lhe seja possível criar dogmas impecáveis e irrefutáveis;
- Seu caráter individualista, mas que não é a favor de uma filosofia isolacionista e misantrópica, e sim uma que busque recolocar o indivíduo em seu lugar merecido, o do autoconhecimento como ponto de partida para o esclarecimento;
- Enfatiza-se o tripé individualidade-liberdade-responsabilidade, assim como o questionamento constante de autoridades baseadas na coerção e não no consentimento voluntário, estando assim aproximando-se de uma corrente de filosofia política e econômica, o Libertarianismo;
- Por se fundamentar na duplicidade (anfi), acredita na possibilidade de aproximar os pólos, de não pensar somente a partir de contradição e dialética, como também a partir de pontos de convergência, resgatando assim a tradição anterior à era clássica/racionalista (Descartes a Kant), o que nos leva a falar de...
- ... Seu viés cosmopolita, que procura a coexistência (mesmo que, frequentemente, de difícil harmonização) entre várias perspectivas diferentes, como idealismo e realismo, subjetivismo e objetivismo, cinismo/estoicismo e o humanismo de feição otimista. Ou, fazendo analogias com a literatura, é como colocar no mesmo caldeirão Settembrini, Naphta e Peeperkorn ou o casal Bloom e Dedalus, sempre mediando os conflitos e aparando as arestas para que isso não vire uma mera 'salada filosófica'.
Após expor brevemente meu ideário, acredito que devo responder àquela velha perguntinha: "Afinal, o que você quer com o Anfisismo?" Oras, (tentar) levar as pessoas - inclusive eu mesmo - a pensar o mundo e a si próprias de uma maneira mais autoconsciente, independente e desimpedida por velhos esquemas. O que proponho não é um 'meio-termo' (afinal, sabe-se muito bem que tentativas de terceira via costumam dar muito errado), mas sim uma adesão escancarada ao time daqueles que acreditam no criticismo sem patrulha ideológica, no 'normativismo' auto-indulgente e sem autoritarismo e no imensurárel poder da criatividade e dos ideais que cada um carrega consigo. Enfim, a busca por um pensamento filosófico livre, refinado e em mudança e evolução constantes.

(Completarei o post dia 13 ou 14, com o 'Amanhã #2', que será sobre política, economia e meu futuro profissional. Boa noite para vocês.)

 

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