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Kaio

 

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17 julho 2008

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Ok, além de ter ficado três dias sem postar (afinal, estar de férias elimina qualquer desculpa que eu teria para não atualizar o blog), adiei mais uma vez o texto sobre o Joyce. Mesmo assim, os eventos dos dias 14, 15 e 16 justificarão plenamente a mudança de planos.

Antes-de-anteontem deveria ser o dia em que o CESPE liberaria o resultado do vestibular 2º/2008. Aproveitando que eu estou em Brasília, resolvi ir à UnB para, junto com outros gerontos (ou veteranos), recepcionar os neófitos (ou calouros) de Ciência Política. Infelizmente, devido a problemas técnicos (que novidade...), eles adiaram o resultado para ontem, às 17h.
Dia 15, novamente estava eu na porta do Ceubinho, esperando pela liberação. Felizmente, dessa vez ela veio, e até com um leve adiantamento (16:45). Foi bem legal e divertido ver aquela comemoração toda dos(as) aprovados(as). Depois, fui para o Pôr do Sol encontrar alguns colegas (e um ou outro calouro). Voltei para casa lá pelas 21h, porque meu pa, que estava trabalhando na cidade, veio me visitar (isso mesmo, inversão de papéis; agora é ele o hóspede, hehe).

Ontem, comecei a escrever um post ("Sobre meu 1º semestre na UnB"), mas o adiei para o(s) próximo(s) dia(s). O motivo? Estava assistindo a um ótimo seriado de TV britânico, chamado "Skins". Comecei a baixar os episódios no fim de semana, mas foi só na quarta-feira que conferi o material. E não me decepcionei! No decorrer do dia, vi os quatro primeiros episódios, e gostei da crueza e o do sarcasmo que caracterizam a série. Desde diálogos afiados (destaque para as constantes referências literárias, como Sartre, Nietzsche e até "Dawson's Creek", hehe) até personagens extremamente cativantes (ainda não decidi meu predileto, embora eu me julgue uma mistura da auto-confiança de Tony, a nerdice de Sid e a introspecção de Jal, além de um ou outro detalhe dos outros quatro protagonistas), "Skins" prova que os ingleses conseguem fazer uma série teen bem mais verossímil e ácida que os americanos.
[A seguir, um pouco de auto-crítica, pois eu adoro os três seriados que citarei] Não há espaço para o dramalhão interminável de "The O.C.", a futilidade de "Gossip Girl" e a prolixidade do já citado "Dawson's Creek" (não falei de "Barrados no Baile" porque a acho meia-boca, o lado bobinho dos anos 90). Claro que a série também mostra o lado melodramático, fútil e prolixo de alguns personagens, mas nunca em doses tão cavalares, até porque um dos seus pontos fortes é justamente o roteiro ágil. Isso sem falar no 'egoperspectivismo' (sim, minha teoria literária se aplicada a programas de TV também), pois cada episódio é focado em um dos protagonistas e sua respectiva maneira de encarar a realidade. Por exemplo, o de Cassie mostra seus pais ninfomaníacos, seus problemas com a anorexia e sua personalidade etérea, infantil e um pouco paranóica. As sacadas para ligar as histórias paralelas de cada um dos caracteres são outro aspecto elogiável (por exemplo, a trama envolvendo um certo Maddison...).

Para fechar o texto, há um outro motivo para que eu esteja fazendo tanta procrastinação aqui no blog: "Ulisses". Embora minha mente fique mais confusa a cada página, isso só aumenta meu encanto pela obra. As alusões a Homero, Shakespeare, Tomás de Aquino, Dublin, a cultura européia como um todo, os próprios livros de Joyce etc. são constantes; o leitor sente que está a enriquecer sua bagagem cultural a cada página. Paremos por aqui, no entanto, pois aquela postagem sobre este ilustre escritor dublinense será publicada em breve. Aguardem...

 

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