[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

22 julho 2008

This Bird Has Flown

Frustração. Tsc.
Eu pretendia que o post de aniversário do blog (31 de Julho é o dia em que Racio Símio completa três anos de existência) fosse o 500º. Até ontem à noite, o plano vinha dando certo: esta postagem que estou a escrever, por exemplo, seria a 494ª, faltando só seis para o meio milhar. Tudo malogrou quando, dando uma olhada em "Editar postagens", eu me lembrei que rascunhos também contavam como posts. Fui dar uma olhada, e vi que havia doze deles, a maioria deles com conteúdos que realmente foram base para textos publicados.
F
iquei chateado, pois, como se não bastasse o texto que você está a ler ser apenas (?) o 482º desde que surgiu Racio Símio, o artigo de aniversário em 2007 proclamava ser o 365º (provavelmente ele foi umas 4 ou 5 unidades menores do que tal número ordinal).
Nevermind, no entanto. De qualquer maneira, o quinquagentésimo post sairá em Agosto, ainda dentro das comemorações de 3 anos de blog.

Há tempos que eu venho adiando algumas resenhas, especialmente as de "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" (estou a morrer de vontade de execrá-lo, hehe) e "Retrato do Artista Quando Jovem" (culpem a leitura de seu sucessor, "Ulisses", por eu estar demorando tanto a resenhá-lo). Mesmo assim, creio que a inspiração para elas virá em breve. I guess...
E, já que estamos falando de planos naufragados, não poderia deixar de citar algumas coisas que pretendia fazer nessas férias (estudar Cálculo e Latim e voltar a escrever meu livro), mas ainda não retomei integralmente nenhuma delas.

Porém, dediquei meus últimos dias a várias atividades agradáveis, como:
1 - Ler "Ulisses". O livro melhora a cada capítulo, e por mais que Joyce me deixe mais e mais confuso a cada página, não pretendo largar a epopéia até terminá-la. Estou no 15º capítulo, o mais longo de todos; agora, a obra está em um momento meio teatral (os diálogos são hilários e insanos), cheio de devaneios do impagável Leopold Bloom. O judaico-herói, durante sua saga, foi responsável por frases como a seguinte, proferida em resposta ao Cidadão, metáfora do chauvinismo irlandês, e, obviamente, católico: "Seu Deus era um judeu. Cristo era um judeu como eu". Aliás, às 16h30 eu parei na pág. 566. Faltam só 275 para que eu o conclua! Quem sabe eu consiga isso até domingo, dia 27?
2 - Assistir a "Skins". Só restam quatro episódios da 2ª temporada que eu ainda não vi, mas amanhã mesmo já terei encerrado tal empreitada. A cada episódio eu fico mais empolgado com a recuperação de Tony, a indecisão de Michelle, os infortúnios de Sid, a luta de Chris contra sua própria irresponsabilidade, a atitude mais "say yes to life" de Jal, o jeito tolinho e manipulável de Anwar, a fuga de Maxxie da sua stalker e a personalidade auto-destrutiva de Cassie. Esta 'second season' é mais dramática que a primeira, mas nem por isso foram abandonados os momentos ultracômicos ou os bons e velhos sarcasmo e cinismo.
3 - Navegar a esmo pela internet, enquanto como queijo de trança, chocolate meio amargo ou bolacha Cream Cracker. Sim, a vida de solteiro-sozinho-solitário em Brasília continua tão boa quanto poderia ser. Praticamente não saio da kit-net, a não ser para almoçar (isso durante a semana, porque no fim de semana pedi pizza mesmo) ou ver um show dos Titãs, hahahaha...

Porém, depois de amanhã volto para Goiânia, e fico lá até dia 28, pois em tal data reunir-me-ei com outros colegas de POL para irmos a Campinas, onde haverá o encontro nacional da ABCP. Mais detalhes em breve.

Gostei do novo visual do Last.FM. Resolvi aproveitar as mudanças para renovar minha própria estética musical.
Por exemplo, após mais de um ano, abandonei aquela neurose de ter todas as bandas do top 50 (e algumas abaixo, também) com um número redondo de audições (por exemplo, Beatles, 1700; Joy Division, 1550; The Smiths, 1000; Garbage, 320; Portishead, 240 etc.). Sentia-me preso demais por ter sempre que ouvir um artista/conjunto em exatas 10 faixas (ou 20, 30...) Agora, posso ouvir 9, 17, 26, 43 canções sem nenhum remorso! Adeus, uma de minhas manias!
Como disse dias atrás, voltei a curtir post-rock. Só falta baixar Mogwai para completar o cânone, que já está composto por Sigur Rós, Explosions In The Sky, Godspeed You! Black Emperor e A Silver Mt. Zion (e os outros milhões de nomes deles). A sonoridade evocada por bandas como estas é algo inexplicável, ímpar. Pretensiosa, sem dúvidas, mas justamente por isso compatível com meu gosto.
De quebra, resolvi virar um real entusiasta de Smashing Pumpkins, 3 anos depois que passei a apreciar a música deles. Antes eu só escutava mesmo umas vinte faixas, a maioria esmagadora delas 'greatest hits', com uma ou outra fan favourite ("In The Arms Of Sleep", por exemplo). Tirei a manhã para colocar mais 37 mp3 para download, e agora tenho cerca de 4 horas de abóboras incríveis.
Como o concerto do Muse é daqui a alguns dias, seria interessante comprar logo os ingressos (desta vez, vou de camarote mesmo; não quero outra pista a zilhômetros do palco), baixar mais material deles e, é claro, decorar as letras que eu ainda não sei de cor para cantar direitinho no show, hehe.

Ah, antes de terminar, uma enquete. É verdade que, desde o início de Junho, apenas dois textos receberam comentários - e, ainda assim, apenas um em cada - , mas não custa nada apelar para a boa vontade de vocês, comentaristas.
Qual o melhor título para o meu livro?
a) "Megalomania Psíquica"
b) "Pedantismo Megalômano"
c) "(Des)construção Psíquica"

Sim, as três opções são horríveis, mas elas condizem com a qualidade da obra, oras!
Falando no livro, estou pensando seriamente a respeito de algo: será que, só porque o César é BV, virgem, sóbrio e intelectual frustrado, a Júlia também tem que ser? Estaria eu sendo justo ao sacrificar a melhor personagem feminina ao jogá-la em um mundo de elucubrações e abnegação dos prazeres carnais?
Uma coisa já está definida: ela será mais madura, 'pés no chão' e esperta que seu melhor amigo. Enquanto eu, digo, ele é libertário, agnóstico, idealista, futuro cientista político, fã de Beatles e Blur, canceriano e leitor inveterado do bildungsroman "A Montanha Mágica", ela é liberal old-school, atéia, realista, pretensa economista, gosta de Joy Division e The Cure, taurina (era o signo que caía em 17 de Maio, pois, como sou obcecado pelos números cinco e dezessete, esta é uma das minhas datas favoritas desde que era criança) e seu livro predileto é a anti-utopia "1984".
Sim, vocês têm todo o direito de dizer que sou tão solteirão que construí a minha 'garota dos sonhos' no livro. Também podem alegar que estou criando dois alteregos de uma cajadada só, uma vez que ambos reúnem características minhas. Não estariam nem um pouco equivocados ao dizer que isso é um lance meio hermafrodita, "casando consigo mesmo", o cúmulo da egomania. Tampouco eu os refutaria se questionassem o fato de eu gastar tanto tempo elaborando a personalidade e as diferenças (?) entre os caracteres que isso prejudica a própria escrita da obra.
Ok, fui eu mesmo quem levantou estas quatro objeções, mas procurarei responder a estas e outras questões nas próximas postagens. Fui.

 

Comentários:

 

 

Gostei da letra C.


Megalomania Psíquica

(des)construção é meio clichê.


Postar um comentário

[ << Home]