Monstrinhos que atravessam gerações
Como eu sempre faço em "textos nostálgicos", vamos a uma retrospectiva.
Setembro de 1999. Eu estava assistindo Cartoon Network, e começou a passar um desenho japonês estranho, chamado Pokémon. A propaganda era bacana. Dias depois, eu perguntei para meu vizinho do que se tratava. Ele me mostrou a Pokémon Club, revista oficial (!) do anime. Comprei a revista na banca no dia seguinte, de tão empolgado que estava com tudo aquilo. Na última semana do mês, mostrei a novidade pros meus colegas de escola. Só haviam dois que tinham conhecimento - um deles foi o 1º da escola a ter um Game Boy, e jogava a versão Azul. O outro era um dos meus melhores amigos, e sabia tudo de cultura pop.
Semanas depois, o que parecia ser só um desenho legalzinho virou uma febre de proporções colossais. Os pokémons estavam por toda parte! Eu assistia todo dia ao desenho, comprava qualquer revista relacionada e, no Natal, pedi um Game Boy Color, com um cartucho Back-up, e usei-o pra gravar Pokémon Azul e Amarelo.
No primeiro semestre de 2000, a pokémania chegou ao auge. Torneios de cards, batalhas pelo cabo link entre jogadores de todas as idades, muitas bugigangas, dois filmes e a 2ª temporada do desenho na Record, que ameaçou a audiência da Globo na época. Eliana deve agradecer ao Pikachu pelo sucesso de seu programa infantil na emissora do Bispo.
Eu nunca fui dos melhores jogadores do meu colégio, até porque não tinha Game Shark, portanto, não pudia usar aquelas manhas de deixar o pokémon no level 255, ultrapassando o lv 100, que era o máximo que o jogo permitia. Meu monstrinho preferido naquela época era o Weepinbell, um obscuro bichano do tipo planta/venenoso, mas que eu achava 'fofinho'. Mas o meu tipo preferido eram os psíquicos.
No ano seguinte, eu ganhei o Pokémon Stadium para N64, e pude usá-lo para jogar Pokémon Silver e liberar vários extras, como o Mystery Gift. Mas a febre já tinha diminuído. Ainda assim, fui na primeira sessão que houve em Goiânia do terceiro filme. E não me arrependi - apesar de ultra-dramático, ele é um dos melhores da 'videografia' da série.
Os anos foram se passando, e eu continuava me interessando pelos pocket monsters. Tanto que, no Natal de 2003 - aliás, foi nesse ano que eu comecei a ter música e política como minhas maiores paixões, em detrimento dos videogames - comprei o Pokémon Sapphire, para o meu GBA. Nessa versão, o número de bichinhos chega a 386 - lembrando que, no início, eram só 151!
Até dia desses eu estava jogando esse game, relembrando "the Gold Times"... e ainda assisto o desenho no Cartoon Network, que atualmente está transmitindo a oitava temporada. Mas acho que sou a única pessoa do meu colégio que ainda gosta de Pokémon. Dia desses, resolvi cantar no meio da aula as músicas-tema das cinco primeiras temporadas, e o pessoal ficou perplexo. =D
Mas alguns de vocês ainda devem estar se perguntando: "por que diabos esse mala do Kaio está falando de Pokémon?"
Hoje, navegando pelo UOL, achei a seguinte notícia. Isso mesmo! Hoje, 27 de fevereiro, faz 10 anos que os dois primeiros games foram lançados no Japão. E há jeito melhor de comemorar essa data que não seja dedicando um post?
E lembrem-se: TEMOS QUE PEGAR TODOS!