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10 outubro 2018

And that's how it feels when the sex turns cruel


(Texto escrito em 10/10/2014)

Em 10 de Outubro de 1994, o Suede lançou seu melhor disco (e um dos melhores da década de 90): Dog Man Star.
Ao mesmo tempo épico e trágico, este álbum foi gravado sob circunstâncias bastante turbulentas. O guitarrista Bernard Butler entrou em conflito criativo com o resto da banda, particularmente com o vocalista Brett Anderson. Canções como a apocalíptica "We Are The Pigs" (cujo título e letra Butler achou indignas de seu riff e solo) e a progressiva "The Asphalt World" (que ele pretendia que fosse bem mais longa do que os 9 minutos da versão final) foram foco de controvérsia, e Butler acaba saindo do Suede em 8 de Julho, algumas semanas antes das gravações terminarem. Sem um guitarrista, a solução que Anderson encontrou para as canções não finalizadas foi colocar arranjos orquestrais - o que se revelou uma ótima escolha, por exemplo, em "Still Life".
Dog Man Star tem uma atmosfera soturna e decadentista que contrasta fortemente com os discos que fizeram mais sucesso na Inglaterra naquele ano: Parklife (Blur) e Definitely Maybe (Oasis). Não por acaso, vendeu menos do que o 1º álbum do Suede, mas a crítica reconheceu neste álbum um clássico instantâneo. Além das faixas já citadas, merecem destaque "The Wild Ones" (a balada definitiva de Anderson/Butler), "Heroine" (homenagem a Marilyn Monroe) e "New Generation" (a mais animada do disco, mas ainda assim de letra melancólica).



(Tradução de texto escrito em 6/8/2018 - review que fiz para o Album Of The Year)

A obra-prima do Suede. Épico e trágico, ambicioso e decadente. A longa e sombria "The Asphalt World" é possivelmente a melhor canção da banda, "We Are The Pigs" é uma poderosa distopia, "The Wild Ones" é uma balada sublime, "New Generation" é puro glam rock e "Still Life" (cuja letra é a seqüência de de "Sleeping Pills", faixa do 1º álbum do Suede) é um gran finale apropriado para essa obra de arte.
P.S.: Só não dou nota máxima para Dog Man Star porque "Black or Blue" é uma faixa menor (boa, mas abaixo do patamar elevado do resto do disco), e é uma pena que ela foi incluída em vez de B-sides excelentes como "Killing of a Flash Boy" e "Whipsnade".
Nota: 97

 

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