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Kaio

 

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25 julho 2011

É o Goethe

Mais quotes do incrível romance "Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister". O livro VI, "Confissões de uma bela alma", ao demonstrar a formação de uma personagem pietista (em contraponto ao laico Wilhelm) é magnífico! E, como agora sou um agnóstico cristão, o tom religioso pôde me tocar mais do que até pouco tempo atrás o faria.

"Que podia ser aquilo que modificava meu gosto e minha maneira de sentir de tal modo que, aos vinte e um anos, e mesmo antes, eu não encontrava prazer algum nas coisas que produziam uma diversão inocente às pessoas de minha idade? Por que não eram, para mim, inocentes? Posso muito bem responder: justamente por não me serem inocentes, pois, ao contrário de meus semelhantes, eu não ignorava minha alma. Não, eu sabia, por experiências que adquiri sem havê-las procurado, que existem emoções mais elevadas a nos proporcionar verdadeiramente um prazer que procuraríamos em vão nos divertimentos, e que nessas alegrias mais elevadas abriga-se também um tesouro secreto capaz de nos fortalecer no infortúnio" (p. 366)

"As pessoas que viviam sem Deus, cujos corações estavam cerrados à fé e ao amor pelo invisível, a essas pessoas já considerava tão infelizes, que um inferno e castigo exteriores pareciam-me ser para eles antes promessa de um alívio que ameaça de um agravamento de suas penas. Eu só podia ver nesse mundo pessoas que guardavam no peito sentimentos odiosos, que se fechavam a qualquer espécie de bem e que queriam impor o mal a si e aos outros. (...) Quem teria podido criar-lhes um inferno para agravar seu estado?" (p. 375)

"... eu constatava que a inestimável ventura da liberdade não consiste em fazer tudo o que se quer e para o qual nos convidam as circunstâncias, mas sim em poder fazer sem obstáculo nem reserva, pelo caminho correto, o que consideramos justo e adequado, e eu já tinha idade suficiente para chegar a essa bela convicção sem ter de pagar nesse caso pelo aprendizado." (p. 398)

"Graças a Deus, (...) não posso pensar nesses privilégios senão com humildade. Pois jamais correrei o risco de me orgulhar de meu próprio poder e de minha capacidade, já que tenho reconhecido claramente que monstro pode nascer e nutrir-se em cada coração humana, se uma força superior não nos protegesse." (p. 404)

 

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