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20 julho 2011

As desventuras do jovem Guilherme Mestre

"Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister" é um livro que vem superando as minhas (já altas) expectativas. Não é à toa que ele fundou um gênero literário (Bildungsroman); a narrativa é rica em estilo e conteúdo, contendo todos os pilares e fundações do que a crítica literária costuma chamar de "romance burguês do século XIX".

Já li os três primeiros 'livros' (a obra contém oito). Eis algumas das passagens mais marcantes com que me deparei até agora:

"Aquele que nasceu com talento para algum talento, nele encontra sua mais bela existência!" (p. 68)
Wilhelm, em conversa com Melina

"A trama deste mundo é tecida pela necessidade e pelo acaso; a razão do homem se situa entre os dois e sabe dominá-los; ela trata o necessário como a base de sua existência; sabe desviar, conduzir e aproveitar o acaso, e só enquanto se mantém firme e inquebrantável é que o homerm merece ser chamado um deus na Terra. (...) Cada um tem a felicidade em suas mãos, assim como o artista tem a matéria bruta, com a qual ele há de modelar uma figura." (p. 83)
Desconhecido, em conversa com Wilhelm

"Um poema ou deve ser excelente ou não existir; porque todo aquele que não tem aptidão para realizar o melhor deveria abster-se da arte e precaver-se seriamente contra toda tentação." (p. 92)
Wilhelm, em conversa com Werner

"O homem rude se contenta, desde que veja acontecer alguma coisa em cena; o homem culto quer se emocionar; e só ao homem francamente culto agrada a reflexão." (p. 98)
Narrador, sobre o teatro

"O destino é um preceptor excelente, mas oneroso." (p. 128)
Eclesiástico Misterioso, em conversa com Wilhelm

"Nada é mais comovente que o instante em que um amor que se nutriu em silêncio, que uma fidelidade que consolidou em segredo, aproxima-se finalmente e revela-se numa hora propícia àquele que, até então, deles não fora merecedor." (p. 148)
Narrador, sobre Mignon

"Por vezes, estando próximo de uma evolução de suas forças, de suas capacidades e de seus conceitos, o homem cai numa perplexidade da qual pode facilmente livrá-lo um amigo." (p. 184)
Narrador, sobre Wilhelm

"Conhecia muito pouco o mundo para saber que justamente as pesosas mais levianas e mais incapazes de se emendar são as que costumam recriminar-se com mais intensidade, reconhecer seus erros e arrepender-se sinceramente deles, ainda que não tenham força alguma para desistir desse caminho, para o qual as impele uma natureza superior." (p. 191)
Narrador, sobre Wilhelm

"Acreditamos encontrar-nos diante dos colossais livros do destino em que, uma vez abertos, sibila o vento impetuoso da mais agitada vida, e com uma rapidez e violência vai virando suas páginas." (p. 194)
Wilhelm, sobre Shakespeare

 

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