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Kaio

 

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30 novembro 2010

Um fim de semana em São Paulo - O Domingo Solitário

Eram aproximadamente 8 A.M. Andei um bocado até achar um ponto cujo ônibus passasse perto da estação de metrô das Clínicas. Porém, quando já estava no “bus”, eis que percebo que havia esquecido a minha carteira! Voltei, só que não conseguia encontrar o prédio em que estavam os meninos. Procuro na bolsa, e descubro que havia esquecido outra coisa: o celular! Vocês não imaginam o quanto eu fiquei preocupado! Fui à Drogaria Raia pedir ajuda; felizmente, o balconista se sensibilizou com o meu desespero e me deu um cartão telefônico. Ainda voltei na drogaria 3 ou 4 vezes – ou porque não achava um orelhão que funcionasse, ou porque sabia quais números discar para a ligação dar certo (código de operadora, p.ex.). 

Felizmente, quando liguei para o meu celular, o Luti atendeu, com uma voz estranha e sonolenta; “nevertheless”, ele me informou a rua (Mateus Gron), mas precisei para umas 5 pessoas no caminho sobre como chegar lá. Finalmente, às 9h49, encontrei o edifício e peguei carteira e celular.

A essa altura, minhas pernas já estavam bastante doloridas. Voltei à rua Teodoro Sampaio para pegar o ônibus, cheguei ao metrô, mas entrei num errado (não exatamente; apenas demorou um pouco a mais, pois ele iria para a Vila Madalena antes de voltar a se cruzar com a Azul). Quando cheguei a Santa Cruz, tive que fazer aquele mesmo percurso “200 m + 8 quadras” até chegar ao Bienal Flat;comprei uma casquinha no McDonald’s para agüentar. rs. Às 10h40, cheguei ao hotel. Uma pena que foi 10 minutos depois do fim do café da manhã... Morrendo de sede, mas pão-duro demais para comprar algo do frigobar, tomei água da pia do banheiro mesmo.

Depois da experiência tragicômica que foi tomar água da pia (aliás, era limpinha, rs!), finalmente fui dormir. Acordei às 13h, porque minha mãe ligou para mim. Uma vez mais, fui sincero (é incrível como não consigo guardar segredos, ainda mais para minha mãe) e contei até do episódio da carteira/celular. Sono perdido, resolvi almoçar. Como a última coisa que eu faria era andar atrás de um restaurante, pedi McDonald's pelo telefone do hotel: 2 cheeseburgers e 1 milk-shake de chocolate. Não sei se era a fome ou a sede, mas o lanche estava ótimo! Liguei o ar-condicionado para me sentir mais "puro luxo" ainda, hehe.

Voltei ao cochilo; acordei às 15h para me arrumar. Banho, pasta reorganizada, descer para recepção. A guia da Gtf nos buscou. A viagem seguia tranquila, até que um dos "3rd ages" dos 2º dos três hotéis desta excursão disse que havia esquecido o ingresso. Somado ao fato de que uma outra idosa aproveitou para subir e ir ao banheiro, isso causou a ira de muitos. Achei até deselegante e sem educação a atitude de um deles, que gritou com a guia. 

Enfim, chegamos em torno das 17h30 ao Morumbi, e com um golpe de sorte e malandragem, eu pude chegar rapidamente no meu lugar. Como? Tinha encontrado a fila para o portão 15 (a arquibancada vermelha era nele), quando vi Luísa, uma amiga da Isabella. Aproveitei a conversa para "cortar" fila. Como ninguém reclamou (exceto 2 jovens, ainda assim num tom gaiato), aproveitei. A fila já estava em movimento, então logo estávamos no estádio. Depois de todo o procedimento, nova sorte: achei um lugar na 1ª fila das arquibancadas. Conheci uma moça e um rapaz que eram irmãos (aliás, durante um bom tempo pensei que eles eram namorados!) [Só fui desconfiar quando notei que não havia contato físico ou "cumplicidade"] Gostei deles; nice people. 

Gastei 22 reais por lá; Ruffles (R$ 6!), 2 Pepsi (5 reais cada) e 2 águas (R$ 3,00 each one). Até que a espera pelo show não demorou tanto. Eis um "momento metalinguístico": foi graças a esse caderninho! Ficar "filosofando" ajudou a passar o tempo. [Qualquer dia publico no blog a digressão sobre a solidão que fiz em torno das 19h; por enquanto, mas uma breve nota 'live from St. Paul]:

"Já estou na minha arquibcanda! Peguei uma na 1ª fila do meu setor (15B, arquibancada vermelha). A vista é até boa; nem senti necessidade de comprar binóculos. Faltam poucas horas p/ o show."
 
Poucos antes de começar o show, a polícia veio organizar o espaço, pois muita gente estava sentada nas escadas. Incrível como, em poucos minutos, eles conseguiram liberar o “corredor vertical”!

Paul teve pontualidade britânica; começou às 21h30 mesmo. Lá estava eu, com minha camiseta preta GG, com um logotipo minimalista dos Beatles, cachecol preto, jeans azul-escuro, botas All-Star, na grade da arquibancada, morrendo de medo de deixar meus óculos de grau caírem – tanto é que não foi esse o show em que mais pulei nesse fim de semana (provavelmente o “vencedor” foi of Montreal).

O show foi genial, do início ao fim: “Venus and Mars”, “Rock Show”, “Jet” (muito melhor ao vivo do que na versão de estúdio). “All My Loving” (adorei o vídeo com cenas da época da Beatlemania). “Highway”, “Drive My Car” (já notaram o quanto a letra dela é sugestiva?), “Let Me Roll It” (Paul troca o baixo pela guitarra), “The Long And Winding Road” (por ser uma balada, vieram os teclados), "1985", "Let Me In", "My Love" (linda!), "I've Just Seen a Face" (já com o violão, esta é bem animada), "And I Love Her" (não esperava! Adoro-a), "Blackbird", "Here Today" (homenagem a John), "Dance Tonight" (bandolim; fofinha, rs), "Mrs. Vanderbilt", "Eleanor Rigby", "Something" (banjo? Enfim, clássico do George), "Sing the Changes",  "Band on the Run" (uma das melhores dos Wings), "Ob-la-di, Ob-la-da", "Back in the USSR" (duas do White Album), "I Gotta Feeling", "Paperback Writer", "A Day in the Life" (antológica!), “Give Peace A Chance”, “Let It Be”, “Live And Let Die” (fogos de artifício!), “Hey Jude” (fim do repertório 'normal'; o "Da-da-da" foi emocionante), "Day Tripper" (grande riff para abrir o 1º bis!), "Lady Madonna", "Get Back", “Yesterday” (início do 2º bis), “Helter Skelter” (só mesmo o Paul para tocar sua música mais pesada depois da mais delicada), “Sgt. Pepper’s (Reprise)” e “The End” (chave de ouro para encerrar o melhor show da minha vida).

[Como alguém, aos 68 anos de idade, consegue fazer um show com quase 40 canções e 3 horas de duração? Só mesmo Paul McCartney para continuar tão carismático, brilhante e alegre. Entre quase todas as músicas, ele conversava com o público, improvisando o português, fazendo caras e bocas (a cena do suspensório foi hilária, assim como a em que ele fingiu que tinha ficado surdo). Inesquecível: é isso que eu tenho a dizer.]

[Voltamos para o hotel, e fui dormir às 2h. A seguir, at the airplane:]

“Estou no avião, aguardando a decolagem. Nem preciso dizer que o show do McCartney foi perfeito, certo? 3h, 40 músicas e um artista que, mesmo aos 60 anos, ainda revela alegria e prazer em tocar. Carismático, multi-instrumental, divertido.”


Dormi das 2 às 7h, arrumei minhas malas enquanto passavam bons clipes na MTV (inclusive “Atmosphere” – Joy Division). Tomei um café-da-manhã completo – queijo com goiabada, pão três-queijos, cappuccino (café, leite e chocolate em pó), pão de queijo e peito de peru. Como já estava na portaria às 8h30, pude ir para o aeroporto 1 hora antes do previsto. Comprei revistas [uma Trip e uma Playboy, rs], joguei Pokémon White e descobri que o São Paulo tomou de quatro do Fluminense (que é o novo líder). [Uma semana depois, ainda o é]

O vôo atrasou um pouco, cerca de 15 minutos [na verdade, foi 1 hora]. No trouble at all; de qualquer maneira, só preciso estar na UnB às 16h. [Usando a chuva como desculpa, acabei nem indo a esta aula, haha]

Este fim de semana, como eu já esperava, foi espectacular. Curiosamente, os dois dias apresentaram forte contraste: “sábado social”, “domingo solitário”... [Não sei se vocês sacaram, mas, ao contrário do dia 20, não encontrei/saí com nenhum amigo no dia 21/11; fiz tudo “by myself”]

[Posfácio: no ônibus do aeroporto para minha quadra, reencontrei uma garota em cuja festa, Cansei de Ser Cult, eu havia tocado, em 13/5... que baita coincidência, não? Tivemos uma boa conversa no caminho]

 

Comentários:

 

 

"Uma pena que foi 10 minutos depois do fim do café da manhã... Morrendo de sede, mas pão-duro demais para comprar algo do frigobar, tomei água da pia do banheiro mesmo."

você deveria ter vergonha de postar esse tipo de coisa. tsc.


Hahaha, eu já acho que ter um blog pressupõe que você não tenha vergonha de postar os seus podres.


blog nem sempre quer dizer diário aberto.


Besoin de garder mon blog test. Ne fonctionne pas comme je le veux encore. Thx pour le thème. Peut-être que cela viendra mine de regarder mieux.


DE RIEN


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