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Kaio

 

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26 setembro 2010

Coisas que aprendi sobre Kaio F. nessas férias

1. Após muita tentativa e erro, descobri que um dos melhores métodos para controlar a minha ansiedade - e, assim, me deixar concentrado em uma tarefa - é jogar um pouco de DS, principalmente se for Pokémon. Treinar meus bichinhos e/ou ganhar insígnias me deixa relaxado, assim posso fazer melhor aquilo a que me propus (por exemplo, ler ou escrever). O problema é quando fico pensando fora de hora no jogo...

2. Internet consome muito tempo. Tudo bem que a quantidade de coisas para se fazer nela é gigantesca (inclusive conversar, antes que achem que ela me deixa anti-social, rs), mas espero que a volta às aulas traga de volta o equilíbrio à minha grade horária.

3. Os gregos ainda soam muito atuais. Fiquei impressionado com várias reflexões nem um pouco datadas de Platão e Aristóteles em vários assuntos: democracia, sofistas, o aspecto moralista da comédia, o lado imoral da música etc.

4. Só fico com garotas quando eu menos espero. E é preciso que elas tomem tanto a iniciativa quanto eu; não consigo flertar sem um mínimo de correspondência explícita.

5. Quero uma vida estável, até mesmo tradicional. Constatei que quero casar e ter filhos,daqui a uns 9 ou 10 anos, quando já estiver financeira e profissionalmente estável. Acredito que não terei dificuldades com muitas das responsabilidades que casamento e paternidade implicam. O fato de eu ser um homem meio atípico (tanto para a minha época quanto em geral) traz certas vantagens, como ausência de "cafajestismo" e uma conduta pacata e que gosta de ter rotina. Claro que tenho certas dificuldades a sanar, como meu estilo individualista e solitário. Não sei se existem muitas mulheres que também tenham esse jeito de ser, e concordariam com que ambos tivessem "tempo e espaço" para ler, escrever e ficar pensando na vida ("monólogos internos")... Também não tenho muito apreço por certas modinhas pós-modernas que contaminaram os jovens, como o feminismo mais ressentido e radical (o mesmo valendo para o movimento LGBT) e o desprezo por qualquer tipo de compromisso ou envolvimento sentimental.
Agora que já defini meu objetivo, tenho um critério mais claro para escolher (e gostar em) uma garota. Até que ele envolve coisas básicas: bom humor, estabilidade emocional, inteligência, sensatez, auto-estima... Claro que também ajuda se ela, assim como eu, apreciar uma estética dark/soturna, mas não ser uma pessoa dark/soturna. Em outras palavras, ouvir post-punk, passar lápis preto e/ou gostar de romances psicológicos, mas não possuir uma personalidade deprimida e melancólica. Isso é possível, ou não passa de outra construção excessivamente idealizada? Tenho 10 anos para descobrir a resposta, rs.

6. Não tenho vários dos defeitos que eu jurava ter. Antes que isso pareça ser um "esforço arrogante em parecer modesto", serei mais claro: atribuí a mim mesmo, principalmente aos 15 anos de idade, várias características negativas que pensava ter, em uma tentativa exagerada de ser auto-crítico e sincero. Se, por um lado, isso me ajudou a não ter uma das coisas que mais abomino nas pessoas (não reconhecer suas deficiências), por outro virou um "simulacro", pois eu não sou tão prepotente, orgulhoso, egoísta e irritante quanto jurava ser. Sou um pouquinho? Claro, como qualquer ser humano. Só não posso exagerar na dose e ser ácido demais comigo mesmo. Não há problema algum em se achar inteligente, bonito e alegre. Se as pessoas compartilham desta opinião, já não é da minha alçada. A vida é muita curta para ficar se desesperando com "o que os outros vão pensar de mim". =)

7. Uma das grandes perguntas que procurarei (tentar) responder em minha vida é a seguinte: "É possível existir uma Ética sem Deus"? Em outras palavras, é possível fundamentar uma conduta de vida íntegra, correta e sempre em busca de valores elevados e aperfeiçoamento moral, mesmo não acreditando em uma divindade ou na imortalidade da alma (o que inclui achar que "quando eu morrer, acabou, viro pó")? Não me satisfaço com soluções utilitárias. Quero pensar este problema de forma mais ampla, o que meu agnosticismo não impede; embora eu duvide da capacidade cognitiva dos seres humanos de responder a pergunta sobre a existência ou não de Deus, não vejo nisso um motivo para não acreditar que existe uma verdade absoluta, que manifesta das mais diversas formas em nossa realidade.
Não acredito em transcendência (nunca passei por experiências epifânicas ou de revelação), então, embora possa até concordar com os cristãos filosoficamente, não me vejo seguindo alguma religião (ou heresia). Por outro lado, não vejo no fato de ser um livre-pensador qualquer desculpa para a licenciosidade moral, o relativismo cognitivo ou mesmo o niilismo.

8. Nada como acordar, tomar café da manhã (o mais corriqueiro é leite com Ovomaltine e Leite Ninho + pão com queijo na chapa) e assistir a "Os Cavaleiros do Zodíaco" às 8h, na Band. Até estou pensando seriamente em comprar o álbum de figurinhas, hehe. Não acho que seja só por nostalgia que estou vendo CDZ quase todo dia - inclusive pelo YouTube. A série é realmente boa, mesclando um tom épico com certas temáticas que dão pano pra manga para discussões mais filosóficas. Parem para pensar com mais cuidado em algumas das tramas a seguir e verão que elas não são tão superficiais como parecem: I - Máscara da Morte, Afrodite, Ares e a "justiça de Trasímaco"; II - Hyoga, Camus e a busca do Zero Absoluto; III - Shun e o cosmo oculto (e poderosíssimo) de um rapaz que não gosta de confrontos; IV - As "frustrações motivadoras" de vários dos cavaleiros inimigos, de Fenrir a Isaac.

9. Minha prioridade para o 6º semestre de UnB será a disciplina Introdução à Teoria da Literatura. Li 2 dos 9 livros da ementa, e já comprei 6 do total. Foi uma boa experiência dedicar parte das minhas férias para adiantar leituras. Aliás, amanhã, com o início do período letivo, espero que eu de fato tenha o tempo livre que planejei ter daqui em diante. Mesmo com a extensão do GEH, o artigo para o fim do ano (2ª prioridade), as três aulas para dar em Tópicos 3, as reuniões quinzenais do CEPE e os 20 créditos, acredito que será meu semestre mais leve na UnB desde 2008. Tomara!

 

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