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Kaio

 

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12 setembro 2010

Into the Basement

Porão do Rock em 10 tópicos!

1. Como Cheguei: saí de Goiânia às 10h, para desembarcar em Brasília três horas depois. Arrumei parte das minhas malas e almocei no Giraffa's. Em torno das 7 da noite, peguei dois ônibus, sendo um para a Rodoviária e o outro para o Ginásio Nilson Nelson. Logo de cara, fiquei impressionado com a estrutura que montaram para o Porão. A escolha do local não poderia ter sido mais acertada. Havia três ambientes, portanto havia rock para todos os gostos: no Palco GTR, tocou metal, e havia até arquibancadas (usaram o estádio); no Palco Pílulas, predominou o rock "à moda antiga", e com espaço para o psychobilly; por sua vez, o Palco Chilli Beans contou com bandas mais pop e alternativas (por mais paradoxal que isso soe). 

2. Tributo a Led Zeppelin: o primeiro bom show da noite. O repertório consistiu em músicas da 1ª fase do Led (os quatro primeiros álbuns), o que incluiu "Whole Lotta Love", "Black Dog", "Good Times, Bad Times", entre outras. Eu gostei bastante; adoro covers (ainda mais os bem-feitos) de bandas clássicas.

3. Sick Sick Sinners: depois que eu encontrei uma colega, fomos ver esta performance. Tirando uma situação meio desagradável (houve tumulto na rodinha punk, pois parece que alguém esbarrou em um skinhead e o bando todo foi para as vias de fato), gostei do que vi. Um dos vocalistas tocava um... contra-baixo! Isso mesmo! Mais estiloso e brutal, impossível. Gostei do sotaque à la Flinstones desta banda, que é paranaense.

4. Conversas: passei um bom tempo conversando com esta colega e uma amiga dela. Falamos de tudo, desde música até relacionamentos. Foi divertido.

5. Área VIP: de repente, uma outra amiga delas, que é do meio musical, disse que possuía cortesias para a área VIP. E isso a alguns minutos de começar o show do Pato Fu! Vi alguns rostos familiares por lá, o que pode ser um sinal de que eu estou gradualmente me inserindo nessa "elite indie"... ou apenas o fato de que já encontrei essas pessoas em vários lugares, desde aniversários até boates.

6. Pato Fu: de longe, o melhor show da noite. Eu já havia visto uma apresentação deles três anos atrás, no Goiânia Noise, a qual tinha sido mais do que satisfatória. No Porão, entretanto, eles superaram todas as minhas expectativas. Tocaram todos os clássicos, inclusive as músicas mais excêntricas, como "Rotomusic de Liquidificapum", "Capetão 66.6 FM" e "Made in Japan". Fernanda Takai e cia. mostraram simpatia e carisma, com direito a dancinhas e descontração com o público. Ex.: "Tem pessoas pedindo para que tocássemos músicas do disco novo. Se vocês trouxerem os brinquedos - já que não estamos com eles aqui! -, a gente toca" (John). Se a noite tivesse acabado aqui, o saldo já seria positivo. Porém, ainda havia mais pela frente...

7. She Wants Revenge: pouco depois, minha colega foi embora, e voltei para a área VIP para assistir à banda que eu mais queria ver no Porão do Rock. Eu não teria ido embora de Goiânia mais cedo nessas férias se não fosse por causa deles. SWR, man! O show, no entanto, começou meio 'do nada'. Só fui notar que era para valer - e não uma passagem de som surpresa - quando eles estavam terminando a primeira música, "Red Flags and Long Nights". Tanto que só entrei na VIP quando estavam tocando a 2ª, "These Things". Tocaram boas faixas, como "Out of Control" e "True Romance", porém senti que faltou alguma coisa... Foi um show curto (tocaram umas 9 músicas), burocrático e sequer executaram a minha favorita, "I Don't Want to Fall In Love". Porém, salvaram-se graças a duas canções: o inesperado - e ótimo - cover de "Wave of Mutilation" (Pixies), naquela versão mais lenta intitulada 'UK Surf', e o desfecho com "Tear You Apart", que botou todo mundo da platéia para dançar, até mesmo o pessoal blasé que estava à minha volta, rs. 

8. Galinha Preta: depois do SWR, fui ver um show do The Super Suckers no Palco Pílulas. Encontrei um amigo de POL por lá, conversamos e, de repente, chega uma colega minha, aparentemente bêbada, toda animada e querendo dançar comigo. Até pensei que ela queria ficar comigo (obviamente, não era o caso; e eu até perguntei, haha). Apareceu uma amiga dela e foram embora. Depois dessa situação inusitada, reencontrei meu amigo na última performance da noite. Tradicional e irreverente, o (a?) Galinha Preta destilou suas várias canções de 1 minuto cada, dissertando sobre temas como o impacto ambiental das sacolas de plástico e o niilismo epistemológico ("Você não sabe nada, eu não sei nada").

9. A Caminhada: 5 e meia da madrugada. Porão encerrado. Hora de ir para casa, certo? Acatei a sugestão do meu amigo, e fomos a pé até a rodoviária. Não era muito longe dali; a 20 minutos, acredito. Foi uma cena impressionante: dezenas e dezenas de fãs de rock (a maioria vestida de preto, claro) caminhando até a Rodoviária do Plano Piloto. Até parecia uma procissão religiosa.

10. Considerações finais: peguei uma lotação e cheguei no meu bloco em torno das 6h30. Twittei e imediatamente fui dormir. Adivinhem que horas acordei? Quase às 5 da tarde! Deve ter sido meu recorde em 2010, rs. Passei o resto do dia na internet, e só sai de casa para comprar uma pizza. Dormi em torno da meia-noite, e no dia seguinte, devidamente descansado, acordei já às 5h da manhã.

O Porão do Rock foi muito bom; certamente o melhor dos três em que já fui. Será que a edição de 2011 conseguirá superar esta?

(Post concluído em 15 de Setembro, pois, como vocês viram, dia 12 eu estava muito cansado)

 

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