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Kaio

 

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14 agosto 2010

Do It Yourself

1.1. Este post começou na terça-feira. Pensei em vários assuntos, dentre os quais os seguintes:

- Paixões e Werther 
- Romantismo filosófico, versão nerd
- Mestrado
- Intelectual enciclopédico e livre
- Dono de mim mesmo
- Individualismo e trabalho em grupo; encaixar todos no meu plano
- Dedicar a vida à arte e ao conhecimento
- Ser metódico e resolver issues

1.2. Na aula de Francês, autosugeri-me (existe esta expressão?) outros, por assim dizer, mais dramáticos:

- Dossiê? Fluxo de consciência? Auto-análise? Crise existencial? Não importa tanto o termo, mas aquilo que se está investigando: por que sou assim, e por que: I - Sou tão individualista e egocêntrico; II - Não sou capaz de trabalhar em grupo; III - Não consigo amar; e, principalmente, IV - Não quero mudar. 
- História/Biografia. Sublimação (há traumas? Provavelmente não).
- O significado dos projetos imaginários.
- A literatura ajuda e esclarece ou apenas encanta e ilude?
- Minha relação com a música, os desenhos animados e os videogames.
- A tese egocêntrica: "o mundo gira e muda à minha volta, enquanto eu permaneco o mesmo, no centro de tudo".
- A relação com a família e os amigos. Desapego? Indiferença?
- O que o futuro me reserva? As pessoas vão se cansar de minha conduta tirânica? Perspectivas sombrias.
- É possível conciliar meus planos e caprichos com uma vida em sociedade harmônica e próspera? Trocando em miúdos, é viável não abrir mão do meu jeito sem que isso destrua meu convívio social?
- Será que sou utilitário? Isto é, com fins definidos, racionalidade auto-interessada, cálculo do custo-benefício etc.? Ou eticamente um egoísta (Ayn Rand), com ausência de altruísmo, empatia e compaixão? Enfim, há influência liberal/libertária, ou "sempre" fui assim?

1.3. Tive duas conversas ao longo da semana que me esclareceram melhor o 1.2. Ainda na noite daquela 3ª, tive uma longa e proveitosa conversa com meu melhor amigo (que é também meu room-mate), e ele mostrou que eu estava me preocupando excessivamente com algo que não era tão sério assim. Mesmo assim, sugeriu que aos poucos, e mesmo que como se fosse um "experimento", eu comecasse a observar mais as pessoas e buscasse entendê-las melhor. Assim, eu não teria mais tanta dificuldade em demonstrar sensibilidade e transigência com os(as) outros(as). Fiquei mais tranquilo depois desse diálogo.
Na sexta, um colega meu disse que minha "esfera individual" é muito maior e cheia de limites do que a da maioria das pessoas, e isso se reflete na minha dificuldade em abrir a minha intimidade para elas. "Mesmo que às vezes você se 'force' a ser sociável, no fundo você prefere ser sozinho e anti-social".
Faz sentido. Tanto é que percebi que é duvidoso que eu estivesse realmente apaixonado pela minha ex. E se tudo não passou de (mais) um projeto - no sentido racional -, no qual empenhei meus esforços, com uma meta clara e tudo mais? Tudo bem que estou usando parâmetros de paixão delimitados por Werther, mas acho que ainda assim é importante pensar nisso.
 

Eis o ponto: de fato eu sou feliz sendo egocêntrico e individualista. Não a ponto de prejudicar alguém deliberadamente (afinal, acredito em coexistência pacífica - não mexo com você, você não mexe comigo), mas no sentido de: I - pouco cooperar, não me importando muito em "ajudar o próximo" (quando sinto vontade, o faço; mas praticar apenas porque é 'desejável' ou 'socialmente bem-visto', não); II - ser muito incisivo ao impor as minhas idéias quando trabalho em grupo; III - dedicar-me muito ao meu próprio mundo - ler, escrever, ouvir música, dançar, sair sozinho etc.; IV - não me esforçar para "me mudar" e assim agradar alguém. Às vezes suspeito que inúmeros indivíduos pensam como eu (Zeitgeist do séc. XXI), mas têm medo de admitir isso sequer para si mesmos.
Que fazer a partir desta constatação? Devo abrir mão desse bem-estar só porque as pessoas acham que isso é uma conduta socialmente subótima? Ou devo ficar contente por não ter problemas em lidar com a solidão? 

2. Ontem fui à última Biovinil, festa que, tanto em 2008 quanto no ano passado, foi uma das melhores na UnB. É uma pena que esta foi a derradeira edição. Cada vez mais só há churrascos e happy hours como opções lúdicas em minha universidade. Ó, que mundo sombrio é este em que vivo! Como sempre, passei a festa inteira dançando. Até tomei uma cerveja pra ver se gostava, mas achei ruim; não mata a sede e não se compara ao gosto doce de uma Coca-Cola (aliás, comprei uma logo depois). Não sei o que milhões de pessoas vêem de especial nessa bebida alcóolica à base de cevada... Enfim. 
Reencontrei uma garota que eu só havia visto até hoje uma vez: exatamente na 1ª Biovinil em que fui, 2 anos atrás. Dançamos bastante Anos 80, mas aí ela teve que ir embora e, para piorar, veio a discotecagem da Elenita (ex-BBB 10). Mal posso acreditar que torci para ela; ô, mulher chata! Ficava falando sem parar lá no microfone e trocava de música a cada 2 minutos. Isso sem falar que tocou uma eletrônica meio genérica. Esperava mais. Felizmente, no final da festa a trilha sonora melhorou - e eu achei os meus colegas que ficaram de me dar carona, após quatro horas! Porém, às 4h40 resolveram acabar com a festa, tendo como última música "Praise You" (Fatboy Slim). Fiquei frustrado, pois tinha pique para dançar por mais tempo. C'est la vie!

3. Sábado à noite. Tive um dia que começou metódico: dormi das 6h30 às 10h30, usei a internet (inclusive fiz reunião via MSN com o pessoal do GEH) das 10h30 às 14h30 e voltei a dormir das 14h30 às 18h30. Depois, corrigi os fichamentos de TPC relativos ao texto do Nozick. Queria fazer o mesmo com os do Schumpeter, mas estou sem muita disposição para ler 50 páginas em e-Book e depois passar outras 2 horas conferindo fichamentos. Se possível, corrigirei amanhã. Aliás, 15 de Agosto também é dia de ler bastante "A Montanha Mágica", já pensando no GEH e também na minha pesquisa.

Este post ficou com um formato meio estranho, mas, sinceramente, não estou com paciência de elaborá-lo mais cuidadosamente. Há alguns pontos em 1.1 e 1.2 que pretendo desenvolver melhor depois. Sinto muito, leitor(a). Embora bem-humorado, não estou muito cooperativo hoje, hehe.

 

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