Se começou bem...
Meu cotidiano anda cobrindo todas minhas as necessidades e hobbies: livros, CDs, internet (subtópicos: VGChartz, BBB, 1 mol de redes sociais), política (libertarianismo), festas, cinema, milk shakes, universidade (tanto PET quanto CriLit), língua estrangeira, e por aí vai.
Se, nos últimos anos, eu descobri o quanto morar sozinho em outra cidade é uma experiência incrível, ao combinar autonomia, amadurecimento e liberdade responsável, nestas férias estou levando essa constatação ao extremo. Quem diria que passar as férias longe da família seria tão bom?
Não entendam com isso que eu não aprecio a companhia da minha mãe, dos meus irmãos, do meu pai (que, por causa do trabalho, de vez em quando me visita em Brasília) ou mesmo dos meus amigos goianienses. Muito pelo contrário, aliás. A questão é outra: assumir o risco de passar Janeiro e Fevereiro por aqui era ver se, pela 1ª vez em minha vida, eu conseguiria ter férias que não fossem uma linha tênue entre tranquilidade e tédio. Uma hora ou outra, nós nos cansamos de passar dois ou três meses de nossas vidas somente assistindo a sitcoms, jogando videogame, madrugando na internet e, é claro, comendo e dormindo.
Sendo assim, a dinâmica dessas semanas que estou passando na capital brasileira valoriza três coisas que eu sempre quis fazer mais no meu recesso letivo: 1 - Estudar, mas em um ritmo mais leve, sem parecer com um período de aulas regular; 2 - Ler e discutir mais política e literatura; 3 - Night-out, sair mais (seja para cinemas ou boates). Cumpri (1) com o Francês e a Crítica Literária; quanto ao (2), os colóquios; para o (3), as festas em que já fui e os filmes que já vi (sobre esse assunto, falarei mais no próximo post).
Seria precipitado da minha parte dizer que... me sinto feliz? Pois é; há tempos que eu não me sentia bem comigo mesmo. Nem me importo de passar pequenas raivas (as "clássicas" são esperar ônibus por 45 minutos para ir às festas e fazer a maior bagunça na cozinha quando preparo o almoço), pois, na maioria das vezes, elas antecedem bons momentos.
Essa sensação foi mais intensa quando, no meio da semana, li por acaso alguns dos meus textos mais antigos no blog. Fiquei até surpreso com o tanto que eu era revoltado, chateado e irritado com tudo e todos - e, especialmente, comigo mesmo. Parece que eu desesperadamente tentava a cada segundo provar algo para mim mesmo, uma espécie de "rebeldia arrogante". Felizmente, só temos 15, 16 anos uma vez na vida, e hoje me considero uma pessoa mais bem-resolvida. Se continuo com várias ansiedades e neuras? É claro! Porém, elas já não tem mais o poder que tinham sobre meu humor e minha personalidade.
Até a próxima. =)