As conseqüências psicológicas de morar sozinho
Voltei hoje à tarde, e cheguei em um dia e horário impróprios: a Rodoviário do Plano Piloto estava movimentadíssima às 17h. Como hoje é aniversário de Brasília, o GDF organizou vários eventos, e obviamente as massas não perderiam a chance de ver vários shows e outras atrações de graça. Não critico essa política 'pão e circo'; é bom ver a alegria na cara do povo, hehe. Só mesmo os esquerdistas, tão tolinhos, para achar que a plebe quer revolução, igualdade social e outras besteiras. Não sei quanto a vocês, mas eu nunca vi um pobre que fosse socialista.
Ok, provocações infantis à parte, o fato é que é fácil agradar as massas, e seria estranho se não o fosse. A única reclamação que muitos farão será em relação aos ônibus, que obviamente ficaram todos lotados e lentos em razão do engarrafamento, mas, era de se esperar: dizem que mais de 500 mil pessoas compareceram ao evento no Plano Piloto.
De qualquer maneira, eu vi que seria inviável pegar um ônibus para chegar até a minha kit-net. Um táxi sairia caro demais. Logo, restava a mim apenas uma alternativa: ir a pé. E foi o que eu fiz: 1 hora e 20 minutos depois, após uma atípica peregrinação (leve-se em conta que eu estava carregando a minha pasta-mochila e uma mala pesada), cheguei ao meu recinto.
"As Conseqüências Econômicas da Paz" (Keynes) surpreende por cativar mesmo com um tema não necessariamente atraente. Só mesmo o mais amado e odiado economista do Século XX para tornar interessante uma discussão sobre reparações de guerra, erros e exageros nas reinvidicações dos vencedores do conflito, a impossibilidade da Alemanha de pagar as dívidas e imposições, o decepcionante desempenho de Wilson nos debates de Versalhes, o nefasto revanchismo que assolava a Europa, a traição aos Quatorze Pontos e às promessas feitas durante o armistício etc. Mal posso esperar para ler a "Teoria Geral". O problema é que há pelo menos uns três livros que eu quero ler antes: "Fundamentos da Liberdade", "Direito, Legislação e Liberdade" (ambos de Hayek) e "Anarquia, Estado e Utopia" (Robert Nozick). Isso sem falar que preciso ler para a aula de Antropologia o longo ensaio "Baloma: os espíritos dos mortos nas Ilhas Trobriand".
E não é que o Portishead, onze anos depois, lançou disco novo? Pretendo baixar "Third" neste fim de semana. É o primeiro lançamento realmente bacana de 2008. Mal posso esperar por vários outros, especialmente pelo terceiro álbum do Franz Ferdinand, que só chega em outubro...