Algo a acrescentar, nada a acrescentar
- "Política e Relações Internacionais" (Marcus Faro de Castro)
- "Esquerda e Direita: Perspectivas para a Liberdade" (Murray Rothbard)
- "Desemprego e Política Monetária" (Friedrich Hayek)
- "O Mercado" (Ludwig Von Mises)
- "A Nova Economia Brasileira" (Mario Henrique Simonsen e Roberto Campos)
- "O Estrangeiro" (Albert Camus)
- "À Paz Perpétua" (Immanuel Kant)
- "Sociologia dos Partidos Políticos" (Robert Michels)
Há outros que eu comecei e não terminei, como "As Conseqüências Econômicas da Paz" (John Maynard Keynes), mas pretendo 'encerrá-los' nos próximos dias.
Eu até pensei em fazer uma resenha sobre estas obras, mas, infelizmente, terei de insistir no tema retratado nos dois posts anteriores. Prometi que não retomaria tal assunto, mas a assembléia dos alunos de Ciência Política que tive hoje exigiu que eu insistisse nele.
A ladainha extendeu-se das 18h às 20h20, e, como eu esperava, a maioria esmagadora dos mais de 40 alunos presentes apoiou a radicalização do movimento. Nem o afastamento do reitor (tática bem à la Renan Calheiros, é verdade) diminuiu a efervescência e o apoio à baderna, por mais que a questão tenha ido parar nas instâncias do Ministério Público e que haja a necessidade de reintegração de posse.
Eles querem, por exemplo, paridade, renúncia do tripé (reitor, vice-reitor e decanos), manutenção da invasão e até uma paralização dos estudantes amanhã. Só consegui uma ou outra vitória, mas em assuntos que beiravam o nonsense, como a possibilidade de greve ou o apoio à idéia do dia nacional da ocupação. Felizmente, ambos foram refutados. No mais, minha tentativa de moderação foi esmagada à exaltação dos meus colegas de curso. Leiam a seguir uma transcrição que fiz do meu curto discurso - o qual, obviamente, não interessou ao pessoal:
"Continuo sendo contra a invasão, mas acredito que minha posição já é irrelevante diante do consenso que há quanto à questão da ocupação. Não por acaso, desde terça eu resolvi me ausentar de quase todas as discussões e assembléias, pois julgo que não há sentido em banca o profeta no deserto. Nem falarei do partidarismo e do oportunismo político, tão evidentes e tão hipocritamente negados.
Portanto, apenas reitero que sou a favor de certas pautas, como a abertura das contas das fundações, mas permaneço contra aquelas que julgo utópicas, como a paridade, e aquelas que julgo desproporcionais,como a paralização de amanhã e uma hipotética greve.
De qualquer maneira, limito-me a alertar para o binômio "laboratório político + massa de manobra" que parece progressivamente tomar conta do movimento. Acredito que nada mais tenho a acrescentar."