Eis o Anfisismo, 1 ano depois
O meu objetivo com tudo o que acredito e penso é conscientizar-me não só de minhas limitações, mas também dos potenciais inexplorados, as capacidades negligenciadas ou simplesmente desconhecidas. A vida é muita curta para perder qualquer segundo com atividades que não causem algum tipo de prazer e satisfação, independentemente destes serem intelectuais e/ou sensoriais, e mesmo que a custo de muito esforço. Não por acaso, durmo em média 6 horas por dia, às vezes até menos do que isso. Prefiro monologar no quintal a desperdiçar tempo sobre o travesseiro. Meu estilo de vida pode parecer completamente incompatível com minha ideologia libertária, mas tal pré-julgamento não procede. Como dou um valor gigantesco à minha liberdade de escolha, é na opção por ser sóbrio, auto-psicólogo e egocêntrico que me satisfaço. Não precisaria seguir estereótipos e negar a minha individualidade para conseguir ser feliz com a minha vida e meus princípios.
Acima de tudo, o Anfisismo é sincrético, ou seja, coexistem nele várias influências e tendências intelectuais, sendo as principais o Existencialismo, o Perspectivismo, o Liberalismo, o Idealismo e até o Anarco-Individualismo. É uma filosofia que mescla aspectos mais racionalistas e metódicos com outros que denotam maior exaltação à espontaneidade e ao experimentalismo.
Como qualquer corrente filosófica que se preze, há uma forte carga subjetiva nos princípios anfisistas. E, não poderia deixar de ser, ele é bem... a minha cara. Idiossincrático ao extremo, em certos momentos até egoísta e elitista. Até mesmo porque meu objetivo nunca foi fazer do Anfisismo popular e acessível, ao menos não no momento. Ainda não passei por uma “fase Bertrand Russell” (trocando em miúdos, não “resolvi” que o mundo deveria pensar como eu), e provavelmente só o faria se realmente tivesse condições para tal – ou seja, um mínimo de respaldo acadêmico.
De certa maneira, há um caráter otimista e anti-niilista em meu pensamento. Ainda conservo a expectativa de que o Século XXI poderá terminar muito bem, inclusive com economias mais abertas, problemas sociais mais amenos, sociedades mais libertárias, pessoas mais esclarecidas. É indubitavelmente uma utopia, inclusive indo de encontro com a tendência de muitos escritores e filósofos de serem trágicos e pessimistas quanto às projeções sobre o futuro (vide “
Eis o Anfisismo, uma epifania anti-epifânica. Ao invés da súbita revelação levar a uma submissão à dita realidade nua e crua, optar-se-ia por uma reinvenção da mesma.