K.F.
Ainda na noite do post passado, consegui terminar de ler "A Paixão Segundo G.H.". Ok, o livro não é tão perfeito quanto eu imaginava. Clarice é meio prolixa, o que torna o romance meio entediante em certos momentos. Mesmo assim, a escrita intensa, intimista e emocionada da autora compensa tais defeitos, e garantiu ao livro figurar entre os melhores que eu já li.
Aliás, ainda houve, além de "Manual para Moças em Fúria" e "G.H.", outro livro ótimo que eu comecei e terminei na semana passada. Estou falando de "Geração Beat", peça teatral escrita por Jack Kerouac em 57 e recém-lançada tanto no mercado americano (2005) quanto no brasileiro (mês passado). Ganhei o pocket book do meu professor de Geopolítica, que, assim como eu, adora literatura 'beatnik'. "Geração Beat" consegue transformar um enredo banal e simples - o qual, aliás, envolve até apostas em corrida de cavalos - em uma história cativante e divertida, com personagens muito carismáticos, destacando-se Milo e Buck.
De acordo com as minhas contas, já concluí 30 leituras neste ano. E poderão ser 31 amanhã, caso eu termine "O Povo Brasileiro". Faltam só 50 páginas, e, como a parte na qual estou é um dos pontos altos da obra de Darcy Ribeiro (o capítulo "O Brasil Caipira"), creio que conseguir concluir tal empreitada. Falarei mais sobre o livro em uma futura resenha, mas já adianto que estou adorando-o. O autor pode ter algumas opiniões bem diferentes das minhas - para início de conversa, ele é ultra-nacionalista e esquerdista -, mas sua argumentação consistente e a brilhante análise histórica realizada minimizam as picuinhas ideológicas e mantêm a grandeza de "O Povo Brasileiro".
Falando um pouco sobre música, eis uma listagem rápida sobre o que eu ando ouvindo bastante nos últimos dias:
1 - Sonic Youth, 2 - Amy Winehouse, 3 - Kate Nash, 4 - Lily Allen, 5 - Interpol, 6 - White Stripes, 7 - Cabine C, 8 - Iggy Pop, 9 - The Who, 10 - Depeche Mode.
Sobre a minha vida, hã, acho que não há muito sobre o que dizer. Nada de excepcional nos últimos dias. Este é o lado ruim de ter uma existência relativamente tranquila e feliz: não há dramas para relatar e problemas para lamentar, rs. Mesmo assim, é claro que eu prefiro que as coisas sejam desse jeito. Ser um rapaz metódico, autoconfiante e que organiza sua rotina de uma maneira assaz sistemática (inclusive na hora de fazer divagações e comentários gaiatos na sala de aula, por mais espontâneos e constantes que sejam) vale a pena. Mesmo assim, lembremo-nos de que meus anos costumam começar em Agosto, e Setembro e Outubro são dois meses que geralmente são repletos de (ligeiras) mudanças e transformações em minha vida. Logo, devo estar consciente de meu karma e aproveitar esta calmaria temporária.