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Kaio

 

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05 setembro 2007

Let your knickers down for a one night stand

Hoje é aniversário de "I Am The Walrus", que é, na abalizada opinião de quem vos escreve, a melhor música dos Beatles - e, por tabela, a melhor canção de todos os tempos. Ela foi gravada nos estúdios Abbey Road em 5 de Setembro de 1967, e continua soando tão lisérgica e poderosa quanto há quarenta anos.
Descobri tal faixa em Abril de 2004 (se minha memória não falha, no dia 28 de tal mês). Já estava viciado em Beatles desde Setembro do ano anterior - aliás, semana que vem minha beatlemania comemorará quatro anos -, e já tinha até gravado coletâneas com minhas prediletas do quarteto do Liverpool. Mesmo assim, foi com “I Am The Walrus” que eu realmente acabei com a última dúvida que poderia haver sobre como os Beatles marcaram o meu gosto musical - e a minha vida - desde os meus 13 anos.
A primeira vez em que a ouvi foi através de um LP deles que eu tinha acabado do comprar naquele dia, o “1967-1970”. A versão em vinil é impecável, mas a do CD também não deixa nem um pouco a desejar, ainda mais se estivermos falando do ‘remake’ feito para o álbum “Love”.
Falar sobre a letra de “I Am The Walrus” poderia consumir horas, visto que ela é repleta de possíveis interpretações para cada verso. Contentar-me-ei em falar sobre algumas coisas essenciais: I – A referência a Edgar Allan Poe na última estrofe foi uma boa sacada de Lennon; II – A alusão à estória “A morsa e o carpinteiro”, de Lewis Carroll, parece se limitar ao título da faixa; III – O próprio John confessou que os 2 primeiros versos (“I am he as you are he as you are me / And we are all together”) foram frutos de uma viagem de ácido; IV – Poucas canções conseguem mesclar tão bem melancolia, egocentrismo, auto-indulgência, sarcasmo e, claro, psicodelia; V – Que dizer de freiras pornográficas, sufocantes fumantes, creme amarelado pingando no olho de um cão morto e pingüins ordinários cantando Hare Krishna? E tudo isso sentado em um floco de cereal, esperando a van chegar!
Também seria desnecessário comentar hipnótica melodia da canção. A produção de George Martin valorizou os vocais ‘lesados’ de Lennon, a bateria e (principalmente) os teclados, mas também a guitarra e o baixo auxiliaram na criação da atmosfera soturna evocada por “I Am The Walrus”.
A propósito, Oasis e Frank Zappa já fizeram covers da faixa, mas nenhum dos dois conseguiu fazer uma performance à altura da original.

Mudando de assunto, dei uma curta parada em “O Povo Brasileiro” (estou na pág. 212) para ler “A Paixão Segundo G.H.”, de Clarice Lispector. Provavelmente terminarei tal leitura até amanhã, visto que faltam menos de quarenta páginas. Aliás, estou adorando tal livro. O fluxo de consciência gerado pela epifania que a personagem teve é denso e amargo, e envolve totalmente quem lê o romance. Também pude constatar que esta é uma obra ideal para ser lida em voz alta, por mais estranho que pareça!

 

Comentários:

 

 

GH nao é um homônio? ;-)


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