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Kaio

 

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10 março 2007

No more politics for you (?!)

Parece-me que, quando eu faço um post polêmico (leia-se "bobo e sem compromisso com o bom senso") ou sobre política, mais pessoas comentam, porém, quando eu posto uma redação ou um texto mais "leve" e subjetivo, as pessoas nunca lêem ou comentam - no máximo, citam que "vai ter manifestação contra o Bush", como se eu estivesse interessado em fazer parte da massa imbecil que vai protestar contra um político de outro país ao invés de se preocupar com os problemas de sua própria nação (nada contra quem faça isso, mas pelo menos escreva algo do tipo "Ah, o texto ficou bom/ruim/depois eu leio", hehe).
Eu até estava pensando em escrever um post sobre essa viagem do George filho ao Brasil, mas acho que os fatos falam por eles mesmos - ele fez o que era de se esperar. Prometeu acordos com Lula, mas não reduziu a tarifa sobre o etanol brasileiro. Na minha opinião, aliás, fez a coisa certa - não vai ser em uma viagenzinha-relâmpago que Brasil e EUA farão acordos econômicos amplos; uma "sinalização de diplomacia" já é um bom sinal. Claro que ainda há muito a ser feito, até porque a economia brasileira, pasmem, na prática, está demonstrando ser mais livre e aberta que a americana, já que são eles que estão impondo subsídios e práticas protecionistas.
Nem vou comentar esse "ódio" risível que os brasileiros criaram do presidente de outro país, que, pelo menos até agora, não fez nada contra nós que justificasse isso. Nem os próprios iraquianos e iranianos têm uma taxa de rejeição a Bush mais alta que a brasileira. Fazer o quê, adoramos nos importar com os problemas dos outros como se eles fossem nossos... mas quem sou eu para questionar valores tão nobres como esses? Deixemos que "o Estado, os empresários e as ONGs" mudem o Brasil, afinal, assistir ao espetáculo do (de)crescimento é muito mais divertido do que trabalhar por ele, não é mesmo?

Estou lendo "A Dança do Universo", livro do físico brasileiro Marcelo Gleiser. Adorei a obra, ela aborda a história da Física e das teorias sobre a criação e o funcionamento do Universo de uma maneira bem interessante.
Assim que eu terminar, lerei "O Nascimento da Tragédia", de Nietzsche (aliás, notei que, nesse mês, fará um ano que eu não leio ou folheio nenhum livro do bigodudo que eu já não tenha lido; esta que eu vou ler agora será a minha 8ª 'leitura nietzscheana', a propósito. Já estava com saudades do sarcasmo e o estilo do "mais latino dos alemães", hehe) e, quem sabe, retornarei a ler "Do Espírito das Leis", o qual vem se mostrando uma boa leitura paradidática para as minhas aulas de História.

O terceiro ano está bem interessante. De fato, eu voltei a gostar de estudar. Que bom. Hoje tive provas de Biologia e Química, creio ter ido bem nelas.
(Faltam 21 dias para o primeiro simulado Poliedro. Começará o meu desafio pessoal de conseguir média para ir estudar no Poliedro no semestre que vem, em SP... Nossa, isso ficou com uma conotação melosa. Deixa pra lá.)

 

Comentários:

 

 

Tá aí o grande problema, mais um blog pessoal. Ontem fiz isso...amanhã farei aquilo...acho que fulano é assim....EU sou assim...

Nada diferente de tudo o que está por aí. To afim de ler opinião sim, mas contextualizada. Fatos relacionados, experiências vividas sem um desague de ego, maior que a própria situação.

Bom de qualquer forma, Marcelo Gleiser é um ótimo escritor e professor. Já li "O Fim da Terra e do Céu" e é ótimo, porém exige conhecimentos prévios, do contrário, torna-se um conto, uma ficção ao leitor.

....e também quer saber, o blog é seu faça dele o que você quiser, não tenho nada com isso.


Pelo menos voce respondeu o que ja é muito.

É claro que eu li a sua redação, o problema de não comentar sobre ela é por não conter nada de diferente nisso até agora.

Fora isso, mais nada.


Tudo bem.
A crítica acabou saindo direta demais, devia ter notado isso. É que eu fico decepcionado, desde que comecei o blog, que os meus textos prediletos são, infelizmente, os menos lidos, e os posts mais imbecis são os únicos em que as pessoas comentam, até porque fica mais fácil para elas notarem os meus pontos fracos, as falhas do meu estilo de linguagem.
Nunca foi um compromisso meu fazer um blog impessoal, até porque eu estaria traindo toda a identidade que eu criei para mim desde a minha infância. Eu não faço as coisas para agradar aos outros, mas sim por puro narcisismo e egoísmo. Não vejo problemas nessa atitude, pelo menos nos últimos 16 anos e 8 meses eu não tive nenhuma situação tão traumática que ainda me atingisse. A minha vida saiu de acordo com o que eu esperava, e essa tranqüilidade foi resultado de um "Kaio vivendo para si mesmo".
Desculpe-me se você esperava ver aqui um blog 'impessoal', 'politizado', 'imparcial', 'coerente'. Isso não faz parte dos meus valores. Talvez eu ainda quebre a cara por essa atitude tão tola, mas seguirei o máximo possível com essa postura cínica.

Obs.: A redação não deve ter feito nenhum sentido para você até porque eu deixei claro que ela era subjetiva, ela é cheia de significados e significantes que só fazem sentido para MIM.


Tava te achando interessante até essa resposta que você deu.

Não disse um blog impessoal, disse um blog pessoal, sim, mas falando de outras coisas e não de si mesmo, seja lá o que for, política, esporte, cultura, música, etc. Porque percebe-se que quando você escreve alguma coisa, não interessa o quê, está falando de si mesmo, está querendo corresponder a uma espectativa que você cria para si mesmo, que é ser notado.

Mas o blog é seu, então dane-se, para quê ficar se justificando?


Porque eu adoro justificar meus erros (nossa, deve ser a milionésima vez que eu digo isso, mas não me canso de dizer... é uma mentira que já se tornou verdade, rs).
Se você lesse mais o blog, saberia que apenas 40% dos posts são sobre mim. Na maioria deles, eu busco falar sobre outros assuntos (aliás, já estou bolando uns 3 textos para a próxima semana), até porque, felizmente, não existe só eu no mundo. Sempre busquei falar sobre política, filosofia, cultura e até videogames. Se acabo sendo egocêntrico, isso é mais do que natural, até porque meu objetivo aqui é expressar a minha opinião sobre o assunto. Fazendo uma analogia, em Racio Símio há ensaios, e não teses.


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