[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

28 março 2007

Amizades: naturais, artificiais ou prescindíveis?

(Antes de rirem do texto, algumas observações.
Ele ficou deliberadamente exagerado e trágico, até porque eu notei que até agora não havia feito uma redação 'pessimista', e não vi problemas em aproveitar tal idéia para o tema da semana - "Como escolher um (a) amigo (a)?", cuja coletânea pedia um artigo de opinião. Não sou tão cético a respeito das amizades quanto deixo transparecer no texto, mas realmente tenho poucos amigos; porém, eles valem por milhões de 'colegas descartáveis' (alguém aqui anda vendo Clube da Luta demais, hehe) - um deles, por exemplo, o Gino, eu conheci em 97 e até hoje valorizo a amizade que tenho com ele. Enfim, melodramas e justificativas à parte, vamos ao texto. Amanhã o entregarei e ele será avaliado e devolvido ainda no dia 29.)

Não é tarefa fácil para um egocêntrico escrever e refletir sobre o valor da amizade; corre-se o risco de ser hipócrita ou cair na auto-indulgência. Tendo isso em mente, utilizar-me-ei de um recurso típico de quem quer esconder a falta de uma opinião concreta sobre um certo assunto: citar filósofos e ser prolixo.
Os gregos e romanos, aparentemente, exaltavam muito a amizade. Aristóteles, por exemplo, afirmava que o homem era um "animal político". Isso indica que ele acreditava que nossa espécie é sociável por natureza, e que fazer amigos tem um papel importante até mesmo na formação e organização política do Estado. Outros, como Cícero e Sêneca, tinham uma visão bem idealista e positiva sobre o assunto.
A Idade Moderna iniciou a ruptura de vários valores, e Thomas Hobbes simbolizou bem isso, em razão de suas idéias realistas e céticas. Ele, por exemplo, afirmava que a sociabilidade do homem não é natural como nos outros animais, mas sim artificial e repleta de segundas intenções. Sua famosa e supracitada frase "O homem é o lobo do homem" é uma síntese disso.
Várias outras correntes filosóficas discorreram sobre a amizade, mas, no geral, ou a consideravam algo "belo, nobre e sincero", ou "a pacífica e agradável convivência entre dois ou mais humanos" ou até mesmo um mero "contato orgânico que se estabelece com alguém cujos interesses e/ou características são comuns à outra pessoa". Nenhuma das três visões está absolutamente correta, até mesmo porque cada um de nós baseia a sua opinião em sua próprias experiências (e essência) de vida. No meu caso, a propósito, não sinto tanta necessidade de ter vários amigos; dois ou três que sejam verdadeiros companheiros já há um longo tempo são mais do que o suficiente.
Considero inviável querer definir "como escolher um amigo", pois cada novo colega que fazemos pode ser "obtido" das mais diversas maneiras, desde um gosto musical em comum até personalidades opostas, porém complementares. O valor da amizade é demasiadamente subjetivo, e eu estaria mentindo se dissesse que concordo com o bom senso (ou seria um senso comum?) de que "amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito". Enfim, se há uma beleza em tal sentimento, menosprezo-a.

 

Comentários:

 

 

já leu os textos do alan pierre do bbb??

kra ele se parece um pouco com vc, com oq vc pensa, sério!

entra lá depois e confirme oq eu to falando:

http://bbb.globo.com/BBB7/0,,LBB0-7797,00.html


Mais um texto bom, e me faz pensar, qnd eu achava q ia ser sua amiga pra sempre, e até te conhecer =/


Postar um comentário

[ << Home]