Double failure
Tema: Fazer o que se gosta ou o que dá dinheiro
Tipo de texto: Artigo de opinião
Nota obtida: 87
Por que não fui melhor: arrogância, pedantismo, auto-indulgência, uso do exemplo pessoal não foi coerente com o resto do texto e inadequação e excesso do pronome "você" (deixei tais erros intactos nessa 'passagem a limpo', inclusive colocarei alguns em itálico).
O que eu achei do texto: estupidamente divertido e sem nenhum propósito de ser realista!
Sei que isso pode soar pretensioso, mas usarei a minha própria pessoa como exemplo de quem dá preferência ao que gosta. Desde os 13 anos eu me interesso bastante por política, literatura e filosofia, e pretendo cursar Ciência Política na universidade. Por já ter me decidido tão cedo, minha carreira poderá ser mais abrangente - terei a oportunidade de trabalhar não só como cientista político, mas também como economista, assessor parlamentar, professor universitário, jornalista na área de política e/ou até dar palestras e escrever livros. Opções não faltam a mim, e farei o possível para usufruir delas.
Deixando um pouco o egocentrismo de lado, algo é inegável: praticamente todos os profissionais bem-sucedidos trabalham com o que lhes satisfaz. A maior parte deles focaram-se na área de interesse e empenharam-se consideravelmente nela. Vou além - não conhecço nenhum gênio ou grande personalidade que não deixou de fazer o que gostava, mesmo que isso exigisse algum sacrifício. O próprio Albert Einstein aceitou o emprego de perito técnico de 3ª classe no instituto de patentes da Suíça para estar mais próximo do seu real interesse, a física. Apenas quatro anos depois, ele publicou seu primeiro artigo sobre a Teoria da Relatividade.
A visão dos idealistas de que os gostos são desenvolvidos parece-me correta, já que enfatiza que não basta o mero pragmatismo de querer retorno financeiro, mas também a perseverança e a auto-satisfação. É muito mais provável que alguém lute por algo que lhe agrade do que o que apenas dá dinheiro. Os seguidores desta segunda opção podem até fazer fortunas, mas são, na maioria esmagadora das vezes, yuppies infelizes que desistiram de seus sonhos e serão eternamente frustrados em razão disso.
Também há muita racionalidade em optar pela sua área de maior interesse, afinal, em algo que você está consciente das suas capacidades, você as aplicará com bem mais afinco. Mesmo que você seja obrigado a fazer algo que não lhe atraia tanto, analisar bem o setor de atuação com o qual você mais se identifica e tem maiores chances de prosperidade é fundamental.
A escola desempenha, aliás, um papel essencial, pois ajuda o aluno a construir sua liberdasde e a execução de suas escolhas.
O sucesso profissional, em suma, depende de vários fatores, mas, indubitavelmente, o "amor à camisa" é um dos principais deles.
Redação II
Tema: Como reestabelecer o equilíbrio ecológico sem que isso prejudique o desenvolvimento econômico?
Tipo de texto: Artigo de opinião
Nota obtida: 90
Por que não fui melhor: poderia ter sido mais crítico e irônico, levando em conta que é um artigo de opinião.
O que eu achei do texto: a idéia do "benefício facultativo" é até legal...
O motivo disso é que discute-se demais os fins, e não os meios. É mais do que óbvio que deve-se combater o aquecimento global; o que quase nunca se fala é como fazê-lo. A economia, sem dúvidas, deve ser o foco deste debate, já que não se pode alcançar objetivos sócio-ambientais que não pensem no desenvolvimento econômico.
Uma idéia que pode ser interessante é a seguinte: o que é uma empresa bem-sucedida mais quer? "Menos impostos, o que geraria maiores lucros e mais livres iniciativas." Então, que tal estadistas desenvolverem um programa de cooperação com tais empresários? Em outras palavras, a empresa que desenvolvesse projetos de responsabilidade ambiental teria direito a uma redução de 5 a 10% em sua carga tributária. Isto seria uma espécie de "benefício facultativo".
Outra proposta é uma reorganização do papel do Estado: reduzir gastos públicos exessivos (diminuição da burocracia e revisão orçamentária, por exemplo) e utilizar uma parte da receita para aplicar algumas medidas importantes, como o reflorestamento de algumas áreas desmatadas e um forte investimento em combustíveis alternativos e fontes energéticas pouco ou não-poluentes. Aliás, parcerias com a iniciativa privada para produzir e popularizar tais combustíveis e fontes seria benéfico para ambos os lados.
Existem outros meios para a resolução do problema, como legislações ambientais mais rígidas (e um poder Executivo que as cumpra) e, em âmbito individual, buscar reduzir, nas pequenas coisas, a emissão excessiva de gás carbônico para a atmosfera, visando a não prejudicar nem a saúde, nem o bolso - o que é bem possível, já que os próprios automóveis bicombustível são um exemplo disso.
É bem possível que a situação ambiental da Terra jamais voltará a ser o que era, por exemplo, há 20 anos, mas quanto mais cedo e eficientemente trabalhar-se, em todo o planeta, para evitar o desequilíbrio ecológico, menores serão os impactos para a nossa geração, e claro, as futuras.
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