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Kaio

 

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03 fevereiro 2007

A agenda (neo) liberal que deu certo

Na época das privatizações, quase todo mundo as odiou, mas hoje pode-se ver que muito do sucesso do governo Lula depende diretamente das políticas neoliberais do Collor e do FHC. Aliás, todos eles fizeram muitas besteiras, mas o Brasil nunca se modernizou tanto como nos governos dos três. Por quê? Porque eles souberam seguir um roteiro linear – um fez um choque na economia e iniciou o processo de abertura, o outro continuou e acelerou esse processo, e o terceiro colheu os resultados e manteve tal conduta econômica.
Exemplos de como eles reciclaram a economia brasileira? Deixando as telecomunicações nas mãos da iniciativa privada (o que melhorou muito a telefonia no Brasil e permitiu que muito mais pessoas comprassem telefones e celulares); a Petrobras ficou muito mais eficiente desde que só 51% dela são estatais; a Vale do Rio Doce se tornou recentemente a 2ª maior mineradora do mundo (o crescimento dela nos últimos anos foi colossal); o desemprego está caindo (era esperado que isso ocorresse, pois a economia está estável e as empresas que já se modernizaram não precisam mais demitir tantos funcionários); o país está pronto pra retomar o crescimento econômico (aliás, foi até bom ficarmos esse tempo todo sem crescer mais de 4%, pois não tínhamos base e estrutura pra um crescimento desses até agora); a economia brasileira vai se fortalecendo no mercado internacional, cada vez mais competitiva; o consumo interno está aumentando, etc.
Ou seja, independente das diferenças entre cada um dos nossos presidentes nos anos 90 e 00, eles não resolveram fazer ousadias que interrompessem esse processo. Eu posso achar o Collor muito pretensioso, o FHC muito moroso e o Lula muito demagogo, mas ao menos nenhum dos três deu a louca e resolveu atrapalhar tudo. Caso o Brasil continuasse com o modelo getulista (ou seja, Estado forte e protecionista) que havia até o final da década de 80, seria impossível estar em uma boa situação econômica agora em 2007. Não fosse o neoliberalismo, estaríamos excluídos do processo de globalização. E isso se refletiria em coisas mínimas da vida de cada um. Se a inflação estivesse elevada e a economia não fosse aberta, a empregada doméstica, por exemplo, não poderia pagar uma cesta básica a um preço relativamente acessível, tampouco teria um celular.
E pensar que tudo começou com um confisco, hehe.

 

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