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Kaio

 

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22 setembro 2006

Dois são um

A sexta tese anfisista poderá soar extremamente pessoal e intimista, mas servirá mais como uma sugestão do que cada um pode fazer - auto-análise. Não no sentido psicanalítico, mas sim em aproveitar seus devaneios e pensamentos para filosofar sobre sua existência, e ir até a raiz de tudo - quem sabe até mesmo apontar que em você exista mais de uma personalidade. Eis o meu caso.

Vejo-me como uma pessoa que nunca muda - sempre fui, sou e serei o mesmo, porém, meu comportamento pode variar dependendo de qual das minhas duas faces predominar. Sim, constatei ontem que existem dois Kaio:
1. O Kaio frio: cético, pessimista, arrogante, pretensioso, que se recusa a amar alguém. Profundamente egoísta e sisudo, e até amargo quanto à sua existência - ele não vê nada de grandioso para o seu futuro.
2. O Kaio quente: romântico, sonhador, idealista, simpático... Além do mais, ele deseja, um dia, encontrar a garota dos seus sonhos, e amá-la intensamente. Ele se sente bem em compartilhar conhecimento com os outros. Ele vive devaneiando, criando um mundo mágico - bandas de Rock imaginárias, sitcoms imaginárias, times de futebol imaginários... isso sem falar nos ideais relacionados a amor, amizade, intelecto e até sucesso profissional.
Notem que a própria maneira como eu abordei cada um deles reflete como eles são. O Kaio frio é adjetivado, conciso e direto - apenas 2 linhas foram suficientes para descrevê-lo. Já o quente é mais detalhado (até prolixo em certos momentos).
O primeiro tem consciência de sua situação - a reclusão, os fracassos amorosos, os tormentos por causa de qualquer coisa e o ceticismo quando a qualquer possibilidade de prazer e felicidade.
O segundo é (bem) mais otimista. Se tranqüiliza com o fato de ser inexperiente no amor. Vê a loucura e a exaltação dos sentidos de maneira positiva. Não liga para o que os outros pensam dele, e se diverte ao conversar por horas a fio com alguém. E, acima de tudo, tem certeza de que ainda terá a liberdade pela qual tanto anseia.
Ainda assim, esses dois não se opõem. Não há dualismo.
Pelo contrário - um completa o outro. Nunca eu serei 100% frio ou quente. Sempre haverá um pouquinho de cada um. Note que ambos são idealistas e realistas ao mesmo tempo. Um, porque é frio e dedutivo quanto à sua realidade, porém foi através das experiências que ele passou a ver o mundo como ele é. O outro se baseia muito em seus ideais, mas utiliza bastante seus sentidos.
Ambos, com suas respectivas idéias e opiniões, são uma bela demonstração de que, sim, é possível a união entre o ideal e o real, entre o romântico e o cínico, entre, enfim, o sentimental e o racional.
É possível achar uma conclusão para tudo isso? Não. Até porque, caso houvesse uma resposta para essa e todas as outras perguntas, eu não continuaria nessa interminável busca por uma verdade, mesmo sabendo que, provavelmente, jamais a encontrarei.

 

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