[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

12 setembro 2006

Eis o Anfisismo

Ah, dúvidas, por que vocês têm que povoar e enlouquecer a minha tão reduzida mente?
Passei boa parte do dia de hoje ocupado com dilemas filosóficos, e resolvi escrever este post.
Estou entre duas correntes, entre duas tendências - a realista e a romântica. Um lado de mim quer ser pessimista, pragmático e cínico; o outro quer ser libertário, idealista e sonhador.
A partir de situações mínimas eu inicio devaneios bizarros. Lendo um artigo do Arnaldo Jabor sobre o desencanto e a fúria dele com a esquerda, dando uma folheada na Folha de S. Paulo falando sobre uma pesquisa que indicou que o brasileiro se considera feliz, lendo o Fragmentos de um Discurso Amoroso do Barthes, ouvindo Nirvana, ouvindo Slowdive, assistindo a um filme no qual o cara cita Werther e questiona uma possível "decadência social, política, moral e cultural do Ocidente" (provavelmente, o filme é francês. Eles que adoram esses papos existencialistas), ouvindo de todo mundo (tanto na escola, quanto no cursinho de inglês e em casa), há 3 semanas, que meu cabelo precisa ser cortado, que eu fiquei estranho, que eles não gostaram...
Enfim, são coisas aparentemente tolas. E são mesmo. O problema é que eu me preocupo até com tolices. Uma banalidade pode ser motivo de uma confusão mental intensa, para mim. E nem precisa ser uma epifania.
Eu resolvi, portanto, tentar minimizar esses dilemas. Criarei minha própria filosofia. Sistematizarei minhas idéias. O projeto do Kaionismo se concretizará.
Criei há poucos minutos atrás o nome: Anfisismo.

Anfi é um prefixo grego que indica "duplicidade, o que vem de dois lados" - indica o caráter dividido das minhas idéias, entre a razão e a emoção.
S foi um mero conectivo.
Ismo vem de "partidário de", "defensor de", "trabalha com".

Como anfisista, poderei me utilizar de pontos de vista que não visarão a serem absolutos. Em outras palavras, adotarei reflexões que busquem paralelos, conexões entre os sentidos e o raciocínio. Ligar o perfeito com o imperfeito, a experiência e a idéia.
Não é dualismo, pois não separa, mas sim une. Não é (necessariamente) contraditório, pois trabalha com duas visões opostas e tenta mesclá-las, até achar um ponto de equilíbrio. É pessimista, pois vê dor, o sofrimento de viver. É otimista, já que espera encontrar algo que seja útil, agradável e prazeroso. Também é racional, pois organiza metodicamente as idéias em busca daquela que seja mais adequada. Assim como é emocional, porque valoriza o que se passa pelo coração, pelos sentidos.
O Anfisismo não quer se resumir a um único seguidor, mas, ao mesmo tempo, espera evitar que sua filosofia não seja distorcida por aqueles que são ou sectários, ou desinteressados. E, acima de tudo, eu, como fundador do Anfisismo, colocarei algo como uma opinião pessoal, mas que pode valer como uma das primeiras teorias - a valorização do indivíduo. É preferível ser um egoísta a negar a si mesmo por uma "causa maior". Cabe à filosofia, à posição político-partidária ou mesmo à religião apenas orientar e confortar, e não resignar, submeter a algo.

Aguardem por mais.

 

Comentários:

 

 

Interessante, mas no momento pra mim, parece pura perda de tempo... Quando vc colocar mais de suas idéias, quem sabe minha opinião mude...


Suas teorias sobre anfisismo são bem parecidas com os pensamentos de Max Stirner, sobre o individualismo.
A diferença, é que Max é contra tudo que atrapalha o desenvolvimento do eu (religião e estado).
A sua 1º teoria de afisismo me soou até um pouco anarquista.

Gostei bastante!

A propósito quanto tempo não leio seus textos, hahahha =)

=*


Postar um comentário

[ << Home]