Show de trapalhadas
- Geraldo Alckmin apanhou. Foi ridículo ver um cara que se julga tão sério se enrolando tanto. Se ele queria passar a imagem de gestor público transparente e bem informado, esta foi desmontada. Já é um que eu não apoio mais.
- Heloísa Helena foi falastrona, abusou da utopia e foi evasiva nas questões que certamente a derrubariam, como economia e reforma agrária. Entretanto, ela foi irônica em alguns momentos, provando que, de tão louca que é, ela também sabe divertir. Bonner e Fátima tiveram o seu pior dia, e fizeram várias colocações e perguntas tolas.
- Cristovam Buarque só falou de educação. "Qual a sua segunda prioridade?" - "O resto, mas a primeira é educação!" Concordo com ele que a educação tem papel fundamental na formação de qualquer país, mas, por favor, ele é só um "intelectualóide respeitadíssimo", e não tem capacidade de apresentar mais projetos além da educação, a não ser que ele realmente queira ser um rebeldezinho, uma candidatura de protesto. Além do mais, só assistencialismo não basta para melhorar a situação educacional.
- Lula entregou os pontos ao admitir que Dirceu e Pallocci estavam envolvidos com os esquemas de corrupção. Ele também se fez de não-entendido com aquele tanto de 'Eu não sabia', o que acaba comprovando que a oposição estava corretíssima - ou ele é corrupto passivo, ou um governante ausente - isso baseado na bondade que é descartar a hipótese e corrupção ativa. O fato de a maior parte do tempo ter sido usada para falar de mensalão prejudicou-o, e ele também cometeu erros hilários como "Salário é única coisa que caiu".
Em suma, precisamos fugir desses quatro malas, e eu não descarto o Luciano Bivar, que, na minha opinião, é o "menor dos males" entre os 3 nanicos, já que o Rui Pimenta é mais lunático que a Heloísa e o Eymael só está fazendo turismo. O candidato do PSL propõe o imposto único (o que é uma medida maravilhosa contra a burocracia. Além do mais, mesmo quando eu era esquerdista, apoiava essa unificação), um Estado gerenciador (e não interventor, como o dos governos social-democráticos do PSDB e do PT, sendo este ainda por cima assistencialista) e a privatização das penitenciárias (não sei quanto a vocês, mas eu fiquei especialmente interessado nisso). Eu considero esse plano de governo até razoável, ainda mais se tratando de um nanico. Já que anular o voto é mesmo uma falsa sensação de desobediência civil em um país com voto obrigatório, eu, se votasse nessa eleição, escolheria o Bivar.