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Kaio

 

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27 julho 2006

Judy is a punk, Sheena is a punk rocker...

Falta pouco para que eu conclua a leitura do volume 1 de "Mate-me por favor" (Please Kill Me), livro cuja temática é a história do punk, através de relatos dos envolvidos com a cena.
No prólogo, a carreira dos pais de todo o rock alternativo pós-1967, o Velvet Underground, é relatada. Você fica sabendo que Nico era uma verdadeira (perdão pelo vocabulário) putona, Lou Reed era um andrógino bissexual, egomaníaco e brilhante, John Cale era o doidão experimental, Andy Warhol era um marqueteiro metido a vanguardista, e por aí vai.
Daí em diante, é só proto-punk e punk rock: Iggy Pop, MC5, New York Dolls, Patti Smith, Television, Ramones, Sex Pistols... mas a música não é o único protagonista - obviamente, sexo e drogas completam a trilogia, e "detalhes" não faltam. Groupies, orgias, "speed", heroína, overdoses e todo o tipo de excesso marcam presença maciça nas entrevistas.
Algumas passagens são chocantes, outras de deixar qualquer um enojado, e a maioria delas são simplesmente hilárias (por exemplo, quando Dennis Thompson, do MC5, respondeu às provocações do seu empresário John Sinclair: "Bem, John, você não passa de um hippie beatnik que foi preso duas vezes pelo mesmo tira com um bigode diferente. Ha, ha, ha.").
Outro fato notório é a vontade que o leitor passa, algo do tipo "Porra, eu queria estar lá com esses malas, sendo hedonista, revolucionando a sociedade e esbanjando loucura". Creio que, sem dúvidas, Jack Kerouac influenciou gerações e gerações com seu estilo de vida ora libertário / mochileiro, ora zen, provando que a vida era curta e deveria ser aproveitada. Claro que isso não vale para pseudo-intelectuais, pedantes e egomaníacos metidos a solitários como eu, mas, bem... hã, várias outras pessoas com (bem) mais atitude do que Kaio Felipe mudaram o mundo ao botarem na prática o que lhes desse na telha. "Eu não sei o que quero, mas sei como obtê-lo", diriam os Sex Pistols, "As crianças estão perdendo as suas mentes", segundo os Ramones", mas "As pessoas têm o poder", de acordo com Patti Smith.
Recomendo "Mate-me por favor" para todos aqueles que gostem de rock, cultura, comportamento social, história ou, enfim, queiram ler um livro divertido, interessante e viciante. São dois volumes (o segundo cobre o período 1976-1992, dos Sex Pistols ao Nirvana), cada um custando por volta de R$ 18,00. A editora é a L&PM Pocket, uma das minhas preferidas no ramo de livros de bolso.

P.S.: Mais detalhes do (s) livro (s) quando eu o (s) terminar.

 

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