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Kaio

 

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08 agosto 2006

É só uma fase... será?

Pelo visto, entrei definitivamente na pior etapa da vida do ser humano - os anos pessimistas.
Não gosto da divisão tradicional criança / adolescente / adulto / idoso, considero-a mais biológica que psicológica. O Kaionismo (sim, sempre ele) propõe a seguinte classificação:
- Os Anos Instintivos: geralmente dos 0 aos 3 anos, o nome já diz tudo - predominam os instintos animais e a falsa ingenuidade.
- Os Anos Inocentes: toda aquela carga sexual da fase anterior vai se diluindo com o passar do tempo, e os seres humanos passam a desenvolver gradualmente a sua racionalidade e suas noções de mundo.
- Os Anos Curiosos: provavelmente, a época mais feliz de nossas vidas. Ficamos mais sociáveis, o sexo oposto começa a nos despertar uma maior atração (mesmo que seja esta só para amizade), formamos grande parte de nossa personalidade, etc. No meu caso, essa fase acabou aos 10 anos, graças à minha desilusão amorosa, mas a média é até os 11 ou 12.
- Os Anos Incríveis: não me apropriei do nome daquele (ótimo) seriado por acaso. Até os 14, 15 anos, passamos por situações que irão terminar de compor o nosso psíquico. A sexualidade volta a aflorar, há uma certa tendência em buscar tribos e rótulos.
- Os Anos Idealistas: os jovens que tanto anseiam por mudar o mundo, seja pela música, pela política ou mesmo pelo seu jeito de se vestir, estão nessa etapa. Sonhos, esperanças e projetos são constantes por aqui. A minha foi de setembro/03 até novembro/05, com alguns poucos resquícios até abril desse ano. Nesse período, voltei minhas atenções para o Rock, uma literatura mais profunda e o nefasto "socialismo democrático e humanista". Argh.
- Os Anos Pessimistas: "the dream is over". Quando os hippies viraram yuppies, os revolucionários tornaram-se reacionários ou mesmo no momento em que o punk deu uma guinada para o gótico, a desesperança entra em cena. O pessimismo não tem hora para chegar, mas ele atacará quando todos os sonhos juvenis do indivíduo estiverem falidos. No meu caso, ele veio um pouco mais cedo devido a: 1. Descrença crescente quanto à política; 2. A falta de perspectivas quanto ao meu futuro; 3. Solidão e ceticismo quanto ao amor. Eu poderia ser mais esperto e escolher alternativas mais fáceis, como "me vender" ao way of life do capitalsimo, me "filiar" a alguma tribo urbana ou mesmo ser um playboy fútil. Infelizmente, preferi ser um egoísta contraditório e paranóico, viciado em problemas imaginários e inexistentes. Meu destino?
- Os Anos Indefiníveis: Eis meu futuro. Descrição em aberto.
- Os Anos Redentores: se eu escolhesse a tal "alternativa fácil", poderia virar um adulto bem-sucedido. Talvez teria grande sucesso financeiro, ou seria um membro contente da classe média, ou mesmo seria feliz com pouco ou quase nada. Aliás, essa etapa da vida é duradoura, e acabará quando a sua vida for arruinada pelo divórcio, filhos problemáticos, dívidas sem fim e desemprego (ou emprego tedioso).
- Os Anos Decadentes: após o fracasso, você irá para essa etapa, estando senil ou não. Parabéns, você está no fundo do poço.
- Os Anos Tranqüilos: agora, se você for uma pessoa iluminada [risos], e manter uma certa estabilidade nos Anos Redentores, desfrutará, obviamente, de uma velhice confortável. Sortudo (a)...

 

Comentários:

 

 

De acordo com sua descrição eu já estou nos "Anos Decadentes"!
Oh! Que irei fazer?


É cara depois que Kerouac morreu alcoólatra e Syd Barret cuidando de um jardim,ambos morando com a mãe.
O sonho realmente acabou, o problema é que muitos ainda não acordaram.
Descobri teu blog na comunidade da dying days e venho lendo há alguns dias, teu gosto musical é de qualidade.Fiz um blog há pouco tempo se puder passa lá. Valeu!
www.marquisedalua.blogspot.com


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