Balanço de 2005...
Ainda quer ler? Poxa, você é realmente muito à toa então, "querido" (a) leitor (a).
- Literatura pra pseudo-intelectual: li muito Nietzsche ano passado. Além de escrever muito bem (apesar de resolver dar uma de indecifrável às vezes...), ele é um dos escritos mais sarcásticos, sem papas na língua e anti - falso moralismo que eu já conheci. Desde 2003 sou ateu, mas com esse bigodudo eu ganhei muito mais argumentos para criticar o cristianismo. Antes, eu ficava na defensiva quando haviam discussões religiosas. Agora, posso atacar.
Nem me incomodo com o pessoal que chama os leitores de Nietzsche de pseudo-intelectuais arrogantes. Eles não sabem o que estão perdendo. Mas parece que eles preferem vangloriar o Código da Vinci, tadinhos...
Também foi o ano de Orwell, Dostoievski e Aldous Huxley - talvez os 3 que eu mais li (não os destaco porque já falei demais deles no blog, se quiser vasculhe os posts antigos!). E, quando eu menos esperava ler um livro bom, veio Jack Kerouac salvar meu final de ano...
- This is the way, step inside: 2005 também foi o ano em que eu conheci o underground do Rock. Se até o início do ano eu só curtia Rock clássico (Beatles, Pink Floyd, Led Zeppelin, Rolling Stones e Nirvana, por que não?), graças a indicações de amigos e também de dois sites (Dying Days e Omelete) eu conheci Pixies, The Smiths, Joy Division e Sonic Youth, e a partir delas entrei de cabeça no mundo do Rock Alternativo. Nisso o Dying Days e, principalmente, o eMule, me ajudaram muito. Achei muitas bandas obscuras e excelentes nesse percurso, e virei um entusiasta de shoegazing, post-punk e indie rock americano. Felizmente não virei um desses indies que conhece uma música de uma banda e já se considera fã. Mas tudo bem, eu perdôo os coitadinhos que acham que Strokes = "Last Nite", Franz Ferdinand = "Take Me Out", Killers = "Somebody Told Me"...
- Menos TV: em comparação aos outros anos, o último foi o que eu menos assisti televisão. Motivos não faltam. Além de mais tempo dedicado à internet, os horários dos programas também atrapalharam. Seinfeld no horário de aula, South Park no sábado à noite, Cavaleiros do Zodíaco às 1h da manhã, Pokémon só às 22h... mas deu pra assisti-los nas férias, e aproveitar as séries com 'bons horários': That '70s Show, Desperate Housewives e Friends.
- Let's talk about politics: nos oito primeiros meses, um esquerdista hesitante, frustrado por não conseguir conciliar socialismo com democracia e por achar mais qualidades do que defeitos na direita. Depois de alguns livros e brigas, opção por ser livre pensador. Já no final do ano, uma leve tendência para o liberalismo econômico e o libertarianismo político é revelada. Enfim, foi um ano de evolução política.
- Vida social? Hahahaha: mais anti-social do que nunca. Isolação do primeiro ao último dia. Entre outubro e novembro, Kaio se apaixonou por uma garota, mas felizmente foram apenas 3 semanas sofrendo inutilmente. Nada realmente importante. Solidão e solteirice combinam melhor com esse cara. Amigos? Só os mais fiéis. Pseudo-amigo é coisa de gente pop. E essa é a última coisa que KF é.
- Escola? Well, that was easy: a oitava série continua sendo a mais fácil de todas, disparada. Mas o 1º ano não deveu nada no quesito "ridículo de fácil". Parei de estudar para as provas em setembro (e antes disso só revisava rapidamente na véspera da prova), sabendo que estava perdendo tempo. E as notas não caíram. Tirando Educação Física, por motivos óbvios, todas as minhas médias foram de 95 pra cima. Graças ao baixo nível das provas (e nem assim a média de doze alunos que ficam de recuperação final por sala cai... tsc, tsc) e, claro, aos simulados. Fiquei no top 4 em todos. Vou me vangloriar por isso? Não mesmo. Se as provas e conteúdos fossem difíceis, sim. E se eu fosse menos arrogante, também.
- Navegando na velocidade da luz: como disse no tópico da TV, passei muito tempo na internet. Conheci amigos virtuais, me viciei no Orkut e no MSN, criei blogs estúpidos, acumulei centenas de centenas de mp3, ampliei meu gosto musical e literário, li muitas inutilidades, ri dos trotes e textos sarcásticos do Cocadaboa, e por aí vai. E tudo no meu querido Mozilla Firefox. Internet Explorer é pros fracos.
- Conclusão: confesso que NÃO vivi. Mas do pouco que aproveitei do último ano, deu pra me divertir.