21 novembro 2005
Já disse certa vez que adoro me identificar com personagens de livros e filmes. Com "Feriado de Mim Mesmo", não foi diferente. O protagonista, Miguel, me parece uma antevisão do meu futuro: individualista, solitário e com dupla personalidade.
Não, eu não estou dizendo "ah, eu me acho o louco". É que eu realmente considerei o personagem muito parecido comigo. Assim como eu, ele é completamente anti-social, e se recusa a fazer algo para mudar isso. O estilo de vida dele é o que eu sempre 'idealizei' para o meu futuro certas vezes: Miguel vive sozinho em um apartamento, e é completamente entediado. É autônomo e independente - trabalha como tradutor.
Mas as coisas começam a se agravar. O personagem começa a achar que há alguém além dele no seu apê, e fica desesperado quando encontra uma escova de dentes nova no seu banheiro, e que alguém comeu o seu frango e matou uma barata que havia na cozinha, entre outros fatos. Ele começa a delirar, e daí para a frente é tomado pela ansiedade, pela monomania e quase por um autismo. Seria ele esquizofrênico e teria criado uma pessoa fictícia, que na verdade seria o próprio Miguel? Ou seria um invasor, alguém que entrava na casa dele sem o conhecimento do protagonista? Quem ler descobrirá.
Eu não vou contar o final do livro, só digo que é imprevisível e inusitado. Santiago Nazarian, o autor, realmente é muito talentoso, e montou uma bela trama nesse thriller de suspense (ou seria isso uma redundância?).
Adorei "Feriado de Mim Mesmo", já entrou para minha lista de livros favoritos no orkut =D. Eu demorei apenas oito horas para lê-lo: comecei hoje, às 7 da manhã, e terminei há poucos minutos atrás, às 15h25. Pouco me importa se não prestei atenção nas aulas por estar concentrado no livro. Grandes obras valem muito mais do que perder meu tempo vendo conteúdos fáceis e fazendo pose de aluno exemplar. (Não se preocupem, não virei rebelde, é só uma questão de prioridades; e os livros estão acima! Hehe).