These days... can you stay for these days?
Prefiro contar os detalhes em outro post, mas por enquanto só citarei o fato que resumiu a semana que passou e que vai me marcar pra sempre. Afinal, é algo que eu não sentia há cinco anos.
Chorei por uma garota.
Ontem, houve o Diclassetadas, que é uma despedida do terceiro ano (obs.: eu estou no primeiro, mas o colégio libera para as outras séries). Mais ou menos às 22h, eu resolvi sentar na última fila, para ouvir meu discman sem tanto barulho (sim, meus gestos autistas continuam). Eu estava sozinho, não havia ninguém por perto. Foi quando, mais ou menos umas dez filas à minha frente, eu a vi. Não revelarei o nome dela para evitar problemas, mas acho que a maioria dos leitores sabem quem é a garota pela qual eu estou apaixonado.
Ela estava com uns amigos dela do cursinho, que estudaram com ela no ano passado. Eu fiquei de longe, observando-a. Liguei o discman e coloquei na "The Blower's Daughter", do Damien Rice. Fiz o possível para segurar, mas não deu. Comecei a chorar. Olhando para ela e ouvindo essa linda e triste música, não pude evitar as lágrimas. E também a confirmação do que eu mais temia: eu não consigo esquecê-la. Estou loucamente apaixonado, e nem minhas árduas tentativas de distanciamento dela deram certo. Essa é, definitivamente, minha segunda desilusão amorosa. A primeira foi tão intensa quanto esta, entre 1999 e 2000. Sim, antes mesmo da pré-adolescência eu já sofri por alguém. E agora, após meia década sendo anti-social, frio e duro em relação às pessoas e aos sentimentos, volto a me apaixonar.
Não me digam que eu estou sendo fraco e que deveria tentar esquecer isso. Está sendo muito difícil. E o pior é que eu não sou nem um pouco discreto, e todos no colégio (e até familiares) já perceberam que estou gostando (muito) dela. Putz , a Indie Youth foi feita bem na época que eu descobri esse sentimento. E mesmo deletando a mesma do blog (mas guardando no Word, um dia voltarei com a "série") como prova de que eu faria o possível para voltar "ao normal" e desistir dessa besteira chamada amor, não deu. Falhei.
E ela nunca saberá o que eu sinto por ela. Ao contrário de mim, ela tem vida social. Ela é feliz, e eu sou amargo. Fico me isolando da humanidade, me escondendo do mundo real. Nisso a paixão ainda não conseguiu mudar. Ainda sou anti-social. Mas dessa vez o motivo para isso não é a solidão intencional. Mas sim a timidez e o desespero por estar apaixonado por uma garota que nem tem esse mesmo sentimento por mim. Pouco me importa se eu estou sendo aberto demais em relação a isso, e que muita gente se incomode com essa minha indiscrição. Eu estou sendo sincero. É como se eu entrasse em um novo momento da minha vida. Da pior maneira possível.
P.S. feito em 14/11.: prometo que vou me acalmar e sair desse desespero assim que puder falar com ela em particular.