Resenha - filme A Noiva-Cadáver
O filme é mais uma prova do talento de Tim Burton. Não vou nem comentar o visual genial da obra, construído pela técnica do slow-motion (assim como, por exemplo, Fuga das Galinhas). Muito menos as músicas - muito boas, por sinal. O que importa é o filme em si, que é impecável. Não sei quanto a vocês, mas eu adoro me identificar com os protagonistas das películas que vejo. Com o noivo Victor, não foi diferente: sensível, inseguro, sensato... (hoje é dia de auto-elogio!). A noiva "viva", Victoria, já é uma personagem bem estereotipada: delicada, bondosa, quer que seu casamento seja um conto-de-fadas, etc. E, claro, temos a noiva-cadáver, Emily, que não pode ser descrita por adjetivos de tão fascinante que é. Destaque também para os coadjuvantes, todos eles extremamente carismático, como o Napoleão "esquelético".
O desenrolar da trama é bem montado, sem nenhum momento chato ou entediante. Aliás, é importante ressaltar como A Noiva-Cadáver consegue manter um bom ritmo durante todos os seus (curtos) 77 minutos. O bom humor fica por conta das sátiras, que atacam desde os casamentos arranjados até as dúvidas das pessoas em relação ao mundo dos mortos. O final é lindo - admito que quase chorei. Pois é, estou muito sensível nos últimos dias. Nada como uma paixão (mesmo que não-correspondida) para quebrar o gelo do meu coração.
Recomendo o filme, não deixem de vê-lo. Você vai se divertir e emocionar com mais essa obra-prima de Burton.