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Kaio

 

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08 julho 2012

Vacation

(Post iniciado em 8 de Julho, mas concluído na madrugada do dia 14)
Meus últimos dias no Rio antes de voltar para Goiânia/Brasília foram bons. Como já contei no post anterior sobre o meu aniversário, falarei de outros assuntos. 
No dia 30, em busca de um anime para assistir depois de ter terminado de (re)ver "Serial Experiments Lain", desobri "Ergo Proxy". Ele une um estilo cyberpunk com um enredo distópico, lembrando um pouco clássicos do gênero, como "Admirável Mundo Novo" e "1984".
 A história é bem densa e envolvente; episódios como o 9º e o 11º me daram enormes mindfucks. A própria estética soturna contribui para aumentar o clima de thriller psicológico. Como se não bastasse tudo isso, sabem qual é a música de encerramento desse anime - e que tem tudo a ver com o enredo (inclusive nas críticas ao consumismo)? "Paranoid Android", do Radiohead.

No domingo 1º/7 houve a final da Euro, na qual infelizmente a Itália foi goleada. A Espanha finalmente desencantou nessa Eurocopa, e massacrou os italianos na final: 4 a 0. É uma pena encerrar a campanha levando goleada, mas ao menos a Azzurra superou as expectativas; a vitória na semi contra a Alemanha (e, com isso, a vaga para a Copa das Confederações) já valeu a pena. Agora cabe à Itália aprender com os acertos e erros, manter este estilo menos retranqueiro e continuar se preparando, para voltar a ganhar títulos.

No dia seguinte terminei de ler "O Mundo como Vontade e Representação", a magnum opus de Arthur Schopenhauer. Foram quase três meses para concluir esta leitura, constantemente interrompida, mas no último dia ela fluiu facilmente: li as 90 páginas finais.
O trecho a seguir, retirado do parágrafo final, é sublime. Há quem diria que isso é uma apologia ao niilismo, mas considerando o que Schopenhauer fala sobre santidade e beatitude nas páginas anteriores (ele inclusive elogiou a doutrina cristã de Agostinho e Lutero!), não concordo tanto com essa visão... Enfim, tirem suas próprias conclusões:
"Devemos dissipar a lúgubre impressão daquele nada, que como o último fim paira atrás de toda virtude e santidade e que tememos como as crianças temem a obscuridade. E isso é preferível a escapar-lhe, como o fazem os indianos através de mitos e palavras vazias de sentido, como reabsorção no Brahma ou o Nirvana dos budistas. Antes, reconhecemos: para todos aqueles que ainda estão cheios de Vontade, o que resta após a completa supressão da Vontade é, de fato, o nada. Mas, inversamente, para aqueles nos quais a Vontade virou e se negou, este nosso mundo tão real com todos os seus sóis e vias lácteas é - Nada." (p. 519)

No dia 3 houve a última aula do Ricardo Benzaquen no IESP. Como sempre, foi excelente, e realmente eu e os demais alunos sentiremos falta deste professor tão erudito. Aliás, o final da aula foi meio emocionante; a turma até bateu palmas para o Benzaquen. Ainda estou tentando que ele seja meu co-orientador (afinal, ele é o único professor que encontrei até hoje que também estuda Bildung e Thomas Mann). Quando eu voltar de férias conversarei com ele e com o Fred para ver se é possível fazer um esquema desses.

Quando cheguei em casa deparei-me com meus auto-presentes de aniversário. Até me escrevi um bilhetinho: 


 

Ah, o que o egocentrismo e a carência afetiva não fazem, rs!

Na quarta-feira 4/7, tive que engolir o título do Corinthians na Libertadores. Quem ficou feliz com esse caneco foi a corinthiana Jana, uma das minhas melhores amigas de Brasília. Naquela noite também aproveitei para arrumar o quarto, e me surpreendi com o tanto de coisas que tive que limpar, organizar e/ou jogar fora. Porém, com uma boa e cômica trilha sonora (Mamonas Assassinas, Ultraje a Rigor, Pânico '96...), fiz a faxina numa boa.

Na manhã do dia seguinte, com tudo pronto, peguei um táxi para o aeroporto. Enquanto estava esperando o embarque, continuei a ler "Os Buddenbrooks" (Thomas Mann), leitura que havia iniciado no dia anterior. Ao longo do vôo fiquei jogando "Pokémon HeartGold", e finalmente enfrentei a Elite Four e o Lance. Foi uma batalha duríssima, que consagrou meu Red Gyarados (e seu Ice Fang) como um carrasco de Dragonites, rs.
Quando cheguei em Brasília, uma má notícia: as "zebrinhas" estavam de greve. Para piorar, um táxi para a Asa Norte custaria 40 reais. O jeito foi ligar para a Janaína, e ela me buscou no aeroporto. Fomos almoçar no Marvin do Terraço Shopping. Em torno das 17h ela me deixou na minha antiga kitnet (o Gino ainda mora lá).
À noite jantei com Atadeu e Fernando Teles, dois amigos da Ciência Política, no Burguer Gourmet, vulgo Stevie's. Voltei para casa em torno das 21h50, na hora certa para ver o jogo do Palmeiras. Partida duríssima, mas o Verdão conseguiu superar o Coritiba por 2x0. Será que na semana seguinte o time conseguiria segurar o Coxa no estádio do mesmo?

Sexta-feira acordei só lá pelas 10h, e venci a Liga Pokémon mais 2 vezes, para treinar meus monstrinhos. À tarde peguei um ônibus e depois o metrô para ir ao Park Shopping, mais especificamente ao Outback. Foi a 2ª vez que encontrei a Jana, afinal ela teve um "aniversário de cigana", com várias festas e saídas com os amigos/as, rs. Nunca tinha comido nessa steakhouse, e gostei bastante. É caro, mas vale a pena.
Em torno das 20h30 fiz o caminho de volta para a Asa Norte, pois tinha combinado de encontrar a Luana no PDS. Passamos a noite conversando, e de lá fomos para a Cult 22 (nem chegamos a entrar, pois vimos que tinha vindo pouca gente, "miou") e depois para uma festa de intercambistas. Lá fiquei conversando sobre feminismo e literatura com uma ex-colega de POL.

7 de Julho. Após "internetar" até umas duas da tarde, fui ao Big Box, comprei os pãos de cachorro-quente que a Jana pediu e fui para a festa de aniversário dela. No metrô fiquei lendo "Os Buddenbrooks", o que foi bem prazeroso. Ah, e na festa eu conhecia a família dela, além de suas amigas dos tempos de Sigma. Ah, e o bolo estava uma delícia!
Às 20h já estava de volta à 412 Norte, e fui jantar com a Laura (minha 1ª ex-namorada), o Gabriel (atual namorado dela, e sociólogo) e o Gusmão (um professor nosso, aliás um dos melhores que tive na UnB, e que inclusive lançou recentemente o livro "O Fetichismo do Conceito"). Fomos a uma pizzaria muito boa na Asa Sul, e o papo foi ótimo. A conversa foi predominantemente sobre assuntos acadêmicos, do jeito que eu gosto, hehe. E fiquei feliz comigo mesmo por não lidado bem tranqüilamente com um jantar com uma ex e o atual dela. Sinal de amadurecimento, quem sabe.
Me deixaram na kit em torno da meia-noite e meia, e pouco depois vi, numa transmissão capenga na internet, a luta da UFC (òbvio que também vi o VT "ao vivo" da Globo, meia hora depois). MMA não é exatamente uma luta das mais elegantes, mas mesmo assim o combate Silva x Sonnen foi legal de se ver.

 Mal acordei no domingo e já fui ver a corrida de F1. O GP da Inglaterra foi vencido pelo Webber, um piloto que não é genial mas ao menos é regular e competente. Ainda acho que o Alonso e o Vettel têm maiores chances de ganhar esse título, mas o Webber não pode nem deve ser subestimado.
Encerro este post feliz, afinal esses 3 dias e meio em Brasília foram ótimos!

 

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