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Kaio

 

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12 fevereiro 2011

Control Freak

"A sua adolescência passou sem nenhuma loucura e trangressão, nada mais espontâneo que decidir fazer uma maratona de Dawson's Creek com coca-cola e bolacha recheada durante a madrugada, e tudo indica que a sua vida adulta vai ser da mesma forma, o que indica que vc não é normal."

Uma amiga minha disse-me isso dia desses, enquanto argumentava que eu não era uma pessoa tão bem-resolvida quanto achava que era. Well, what can I say? Ela tem razão. A minha vida é a saga de um rapaz excessivamente sistemático e metódico, desprovido de espontaneidade e "senso de aventura". O único período em que tive alguma emoção foi durante meu único namoro até hoje (meados de 2009), e ainda assim porque minha ex era meio maluca, rs.

Porém, ainda assim, não posso dizer que não gosto de como minha vida é. Pelo contrário: acho até que sou bem feliz com essa "estabilidade entediante". A ausência de vida amorosa e sexual em 99% de minha existência terráquea não chega a ser um grande incômodo. Talvez só virá a ser daqui a 10, 12 anos, caso eu não consiga arranjar esposa e filhos(as). Porém, por pelo menos por mais uma década, estou bem contente por estar devotado a um mundo repleto de livros, CDs, internet e festinhas indie. Por enquanto, tudo o que planejei para o meu futuro está correndo como esperado. A próxima meta, aliás, é o mestrado. Let's see if I can get it...

Será, no entanto que devo me contentar com isso? Oferecerá a vida mais do que simplesmente se focar em uma carreira de professor universitário e escritor? Deveria eu me importar mais em fazer coisas "fora do plano"? Afinal, mesmo as festas e baladas nas quais vou seguem sempre o mesmo script, quase nada sai do esperado: chego cedo, danço, encontro os amigos(as) e converso com eles(as), danço, bebo Coca-Cola, danço mais um pouco e vou embora às 5 da manhã.

Creio que minha personalidade e caráter já estão muito consolidados para que eu "descubra" novas facetas para Kaio F. Mesmo no meu único relacionamento, havia uma rotina (e eu mesmo me empenhei para mantê-la); não mudei quem eu era por causa de uma garota. Se isso é intransigência e egocentrismo, não sei ao certo. Não sou alguém muito "chato" (várias pessoas já me disseram que superei as expectativas que elas tinham em relação a mim, considerando a má 1ª impressão que passo), não tenho inimigos ou rivais, tampouco guardo ressentimentos de algo ou alguém. Então, o que há de errado em ser como eu sou?

Eu mesmo admito que os momentos mais divertidos de minha vida foram aqueles que não planejei. Aquele fim de semana em São Paulo, 3 meses atrás, p.ex. Ou o 'sabadomingo' depois do último simulado da 8ª série, em que fiquei perambulando pelo Setor Bueno com meus colegas. E por aí vai. O que fazer, então? Como ser mais espontâneo, "aberto" ao que a vida tem a me oferecer? Por que temo tanto a imprevisibilidade?

Por enquanto, resta-me rir dessas besteiras com que me atormento. Nisso Michel de Montaigne foi especialmente útil enquanto "conselheiro": não vale a pena ficar deprimido ou chateado com as próprias limitações. "Aceite quem você é, tenha auto-estima". Afinal, eu lido tão bem com a solidão (embora não deixe de ter uma vida social), sou uma pessoa até alegre, sei bem o que quero (inclusive o que quero "ser")... logo, não há motivo para fazer drama.

Nevertheless, espero que, na semana que vem, durante minha estadia de 9 dias em São Paulo, eu tenha novas experiências e insights. Porém, só encontrarei tais respostas no final deste mês. Enquanto isso, resta-me aproveitar este Fevereiro!

P.S.: Musa inspiradora: Marina & the Diamonds.

"I know exactly what I want and who I want to be. (...) I'm now becoming my own self-fulfilled prophecy."


 

Comentários:

 

 

bem vindo aos vinte e poucos anos, kaio.


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